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domingo, 27 de julho de 2014

27.- PARA UMA REFLEXÃO DOMINICAL

ANO
 8
A G E N D A  em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2847
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou na noite desta sexta-feira (25) que o banco Santander pediu desculpas pelo texto distribuído para correntistas em que descreve a reeleição da presidente Dilma Rousseff como uma ameaça à economia. Ele disse que foram feitas demissões na instituição.
"Já houve um pedido de desculpas formal enviada à Presidência. [...] A informação que deram é que estão demitindo todo o setor que foi responsável pela produção do texto. Inclusive gente de cima. E estão procurando uma maneira resgatar o que fizeram", disse Falcão.

O presidente do PT afirmou que o Santander informou que 40 mil pessoas receberam o texto. Ele disse que o comunicado prejudica a campanha da presidente e comparou a iniciativa a críticas de economistas em 2002 à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
"Já vimos esse filme no passado. Eles criaram o Lulômetro para medir como a bolsa oscilava. Agora mesmo a Bolsa sobe e d
esce, e deve estar beneficiando quem não está interessado no resultado eleitoral, mas em ganhar dinheiro com ação", disse o presidente do PT.
A militantes do PT do Rio, Falcão classificou o caso como "terrorismo eleitoral". Mas afirmou que aceita as desculpas do banco.
"Aceito as desculpas do banco, mas isso não elide o que aconteceu. Isso é proibido. Instituições bancárias ou financeiras não podem fazer manifestações que interfiram na decisão do voto."
Reprodução do extrato enviado pelo Santander a clientes de alta renda
Esse tipo de comportamento do mercado não é novo. Desde a primeira eleição direta pós-ditadura ocorrem interpretações nesse sentido. Em 1989, o empresário Mário Amato deu uma entrevista dizendo que se o petista Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse naquele ano, 800 mil empresários deixariam o Brasil.
Em 2002, quando o mercado financeiro novamente ficou apreensivo com uma possível vitória de Lula, o analista Daniel Tenengauzer, do banco Goldman Sachs, chegou a inventar o "lulômetro", que previa a cotação futura do dólar caso o petista fosse eleito. Tenengauzer acabou repreendido pelo banco, que considerou "leviano" e de "mau gosto" o nome de seu modelo matemático.
Em nota, o Santander disse adotar critérios "exclusivamente técnicos" em suas análises econômicas, "sem qualquer viés político ou partidário".
O banco reconhece que o texto enviado a seus clientes "pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz" (de se ater a análises mais técnicas). A instituição emitiu uma nota na qual pede desculpas ao seus correntistas e diz que adotará providências internas.
De capital espanhol, o Santander é o 5º maior banco e o 1º estrangeiro em atuação no Brasil. Fica atrás de Banco do Brasil, Itaú, Caixa e Bradesco. Em 2000, massificou sua operação de varejo ao comprar o Banespa, o antigo banco estatal que pertenceu ao governo paulista.
Abaixo, a íntegra da nota do Santander:
"O Santander esclarece que adota critérios exclusivamente técnicos em todas as análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. O texto veiculado na coluna 'Você e Seu Dinheiro', no extrato mensal enviado aos clientes do segmento Select, pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz. A instituição pede desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação." 


5 comentários:

  1. Mas é incrivel a necessidade que algumas pessoas ( e as vezes representando empresas, ou a mando de quem as comanda) tem de realizar acusações sem fundamento para prejudicar quem está realmente trabalhando pelo bem da população. Tenho dúvidas se realmente o país merece uma governante com a presidente Dilma, uma mulher de grande retidão de caráter e uma dedicação incrível ao bem público.
    Abraço de um JB indignado com tudo isso.

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  2. Quando não há muito o que ser criticado, quando o povo está melhorando de vida e quer ficar com a mesma gestão, resta aos chacais do capitalismo fazer terrorismo. Lembro-me daquela horrenda e embaraçosa propaganda em que uma atriz dizia: "Eu tenho medo!". Medo tenho eu, de ver o país cair nas garras de gente como Aécio ou, ainda pior, Marina Silva…
    E, cá pra nós, vindo deste jornal não é de surpreender…
    Abraços revoltosos

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  3. É a estratégia "limpa", "transparente" e "imparcial" do grande capital para frear qualquer eventual empecilho ao seu acúmulo de riqueza, privilégios e da renda. Chama a atenção o fato de que, mesmo com altíssimos lucros nos últimos governos, não escondem certo rancor ideológico.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Me perdoem os intelectuais, os mais entendidos de política, mas no país que vivo minha presidente acabou de financiar uma copa milionária deixando a saúde com os hospitais sucateados, a educação com professores desmotivados e rotulados de terroristas entre outras mazelas.

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