ANO
8 |
www.professorchassot.pro.br
|
EDIÇÃO
2696
|
Dois registros antes
do assunto que se faz manchete:
O primeiro, muito lutuoso:
soube ontem que a professora
Doutora Mariluce Bittar, 54 anos, faleceu na tarde terça-feira (18) na cidade
de Campo Grande (MS). Ela estava em coma há oito dias, vítima de um câncer no
cérebro. A Mariluce era professora da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB),
em Campo Grande. Fomos colegas muito parceiros como membros do Fórum de
Coordenadores de Programas de Pós Graduação em Educação, ela pela UCDB e eu
pela UNISINOS. Mais de uma vez a seu convite estive em Campo Grande. A notícia
me fez triste.
O segundo, participo esta manhã da defesa da
dissertação de mestrado de Cleonice Maria Silveira Dias, que no Mestrado Profissional
de Reabilitação e Inclusão do Centro Universitário Metodista do IPA a presenta
a pesquisa: A segurança dos alimentos no supermercado: uma prática de inclusão.
O trabalho é orientado pela Prof. Dra. Marlis Morosini Polidori. Tive o
privilégio de ler acerca de tema que pouco conheço.
Eu e milhares de
educadores de vários países ibero-americanos, recebemos ontem, da Fundación
Telefónica da Espanha o resultado daquilo que a megaempresa de telefonia
encontrou como resposta ao desafio de responder a questão: como deve ser a Educação em 2020.
Para buscar esta
resposta, muitos de nós nos envolvemos em debates abertos, através de
atividades na rede internética e eventos presenciais em 9 países diferentes
(Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru e
Venezuela).
As discussões foram
dirigidas por numerosos especialistas internacionais e aberta à comunidade
educativa para debater durante 18 meses em 2012 e 2013. Depois de 200 aulas
virtuais, com mais de 50.000 professores em 9 países, 70 eventos ao vivo, com
mais de 9.000 participantes, e as contribuições de 300 palestrantes
internacionais, foram extraídas 20 chaves
que foram consideradas fundamentais para o sucesso na Educação dos próximos
tempos.
Acerca da trazida
deste assunto, aqui e agora, dois comentários preambulares: um,
não tenho condições de avaliar o processo, pois minha participação foi de um
olheiro curioso muito eventual, que acompanhou, sem muito palpitar, alguns debates;
outro,
o produto final é extenso e muito significativo. Pode ser apreciado em http://www.fundacion.telefonica.com/es/arte_cultura/publicaciones,
em versões em espanhol, inglês e português.
Um e outro destes
comentários, também querem significar que eu não estou aderindo, in totum, a
proposta que uma grande empresa dizer dizer como deve ser a Educação, até porque
ela envolveu centenas de educadores com expertise.
Assim, selecionei,
depois de uma vista d’olhos no material disponibilizado ontem, algumas
afirmações que me parecem pertinentes. Perdoem-me antes a falta de modéstia, mas
muitos pontos já tenho antecipado há muito tempo, em minhas falas.
“Temos que acabar com o estereótipo que supõe que todos os jovens na faixa
dos 15 anos compartilham, de modo homogêneo, os atributos de “nativos
digitais”. E é fundamental acabar com a confusão de que os docentes não têm
nada a ensinar aos aprendizes do novo milênio e que só lhes restam aprender
deles (Francesc Pedró).
"Formar cidadãos para a sociedade dos
novos séculos é um desafio que devemos assumir hoje. É importante formar
pessoas críticas, conscientes das suas responsabilidades, empreendedoras e
capazes de enfrentar a incerteza que gera a globalização." Mariana Carrillo
Mosquera
O aprendizado não está nos conteúdos, mas sim
nas interações que se produzem ao redor deles. O aprendizado em rede através de
interações deve consistir em agregar, misturar e colocar em prática os
conhecimentos para termos certeza de que funciona.
A construção do currículo que deverão consumir
os novos perfis que demanda a sociedade deverá ser feita entre todos os agentes
envolvidos em seu desenvolvimento. A sociedade e as escolas devem colaborar
para adaptar a formação às demandas sociais do século XXI.
Há muitas propostas,
onde a recomendação de sermos curiosos está presente de uma
maneira muito continuada. Agora, quando muitos de nós se envolvem com um ano
letivo, vale visitar o endereço indicado.
O curioso é observar que, apesar de ser um tema a muito discutido, pouca coisa muda na prática.
ResponderExcluirMuito estimado mestre Chassot,
ResponderExcluirSolidário com sua tristeza pela perda da colega e amiga, preciso dizer que já me deliciei um pouco com a página indicada da Telefônica. Concordo com o Antônio Jorge Furtado, discute-se muito e apresenta-se muito pouco novo.
Excelente blogada
Michaela
Muito da pouca evolução sobre o debate em educação se deve ao fato de que esta serve, também, a interesses.
ResponderExcluir