ANO
8 |
B
E R N A – Suíça
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EDIÇÃO
2678
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Esta edição ocorre desde Berna. Com esta blogada, se
adita mais um país de onde já houve postagem nestes 7,5 anos. No começo deste
périplo eram 17 países (não
nesta sequência): Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, México,
Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido, Holanda, Bulgária, Croácia, Eslovênia,
Dinamarca, Suécia e Rússia. Agora foram aditados Israel, Palestina e Jordânia e
a Suíça passa ser o 21º país. A contabilização de meus 46 países visitados não
aumenta aqui, pois desde 1989 já vim mais de uma vez à Confederação Helvética,
nome mais apropriado à Suíça.
Berna — a capital da Suíça — nos seduziu à primeira vista.
É uma cidade predominantemente de fala alemã. Isto vimos logo ao chegar pelas
12h30min (estamos a cerca de 180km de Annemasse) quando fomos a um restaurante
e saboreamos o mais típico daqui: salsichas com chucrute (o sauerkraut, de
minha infância) com chope, é claro. Junto ao restaurante era para vermos os
ursos — que dão o nome à cidade — mas como é inverno, eles não aparecem, pois
estão hibernando.
A cidade conta com cerca de 130 mil habitantes e é
atravessada pelo rio Aar — conhecido pelo menos dos aficionados por palavras
cruzadas (= rio mais importante da ApenasSuíça). Esta manhã, ao numa muito movimentada
e bem sinalizada autoestrada afloraram conhecimentos remotos de geografia ao
ver os nomes de Neuchatel, Fribourg, Interläken, Bassel, Zurich... Apenas um destaque às rodovias, para algo que jamais observara: diferentes protetores sonoros, para proteger vilas e cidades dos ruídos dos automóveis, ônibus e caminhões (estes mais raros pela restrição ao transporte rodoviários de cargas, que deve ser ferroviário).
Berna está inscrita no Patrimônio Cultural Mundial da
UNESCO, graças ao patrimônio medieval de sua Cidade Antiga (na foto), que atravessando
séculos continua muito bem preservado.
Entre os berneses ilustres há dois que pertencem as nossas
bibliotecas: o pintor Paul Klee e o físico Albert Einstein. Neste sábado
aprendemos mais sobre o primeiro, visitando por algumas horas a Fundação Paul
Klee, onde há uma excelente exposição temporária: Paul Klee — Vida e Obra.
Não apenas seus desenhos e pinturas nos encantaram, mas detalhes de sua vida,
que trago em seguida. Neste domingo, vamos visitar a casa onde viveu Einstein.
Paul Klee [Münchenbuchsee (próximo à Berna), 1879 —
Muralto, 1940) foi um pintor e poeta suíço naturalizado alemão. O seu estilo,
grandemente individual, foi influenciado por várias tendências artísticas
diferentes, incluindo o expressionismo, cubismo, e surrealismo.
Klee era um desenhista nato que realizou experimentos e,
consequentemente, dominou a teoria das cores, sobre o quê ele escreveu
extensivamente. Suas obras refletem seu humor seco e, às vezes, a sua
perspectiva infantil, seus ânimos e suas crenças pessoais, e sua musicalidade. Dedicou
muito de sua produção a crianças.
Ele e seu amigo, o pintor russo Wassily Kandinsky, também
eram famosos por darem aulas na escola de arte e arquitetura Bauhaus.
Uma das pinturas de Klee, Angelus Novus, 1920 (ao lado), foi alvo de interpretação pelo
filósofo alemão e crítico literário Walter Benjamin, quem comprou a pintura em
1921. Em sua Tese Sobre A Filosofia da
História, Benjamin sugere que o anjo ilustrado na pintura possa ser visto
como algo representando o progresso na história.(a seguintereprodução é Poliphonie, 1932)
Em 1938, a Steinway fabricou uma série de pianos em
homenagem a Paul Klee, e comemorando a forma com a qual Klee havia unido as
formas de arte musical e visual. Apenas 500 pianos foram produzidos nesta série.
Paul Klee descreveu a série como “uma grande honra e privilégio. Esta homenagem
afirmou o trabalho de minha vida.”.
Hoje, uma pintura de Paul Klee pode ser vendida por mais
de $7.5 milhões de dólares estadunidenses.
Um museu (na foto) dedicado a Paul Klee foi construído
pelo arquiteto italiano Renzo Piano em Berna, Suíça. O Zentrum Paul Klee foi
inaugurado em junho de 2005 e agrupa uma coleção de cerca de 4.000 obras do
artista.
Uma dádiva poder conhecer o habitat onde se preserva a história e contribuição desses imortais.
ResponderExcluirAquele abraço.
Caro Mestre Chassot
ResponderExcluirLeio com empolgação tua jornada por terras do Oriente Médio e agora a esplendorosa e tão propalada Suiça. Me ponho curioso a saber como deve ser esta terra, pois tem um dos menores índices de pobreza mundiais. Quem sabe possamos aprender muito dessa realidade e implantarmos em nosso país.
Aqui estive envolvido na perda de um Tio meu nesta última semana, que teve seu quadro bastante acelerado depois da perda de minha mãe. Já estava bastante enfraquecido e isso o deixou bastante fragil, nao resistindo. Também perdemos o grande artista da Sbornia, Nico Nicolaiewsky.
Abraço do JB
BERNA
ResponderExcluirCurva do Aar, cidade quase eterna
Curiosa relíquia que já foi romana
Suíça ilustríssima cidade de Berna
Acolhedora, tradicional e humana
Com justiça, um patrimônio cultural
Pelo mundo civilizado reconhecida
Estando no topo do ranking mundial
Mostra uma humildade agradecida
Lá Einstein trabalhou em patentes
Também nasceu Paul Klee, o pintor
Berçário dessas tão ilustres gentes
Que mostraram ao mundo seu valor
Os que para lá vão ficam contentes
E trazem na bagagem melhor sabor.