ANO
8 |
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EDIÇÃO
2683
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Foi uma quarta-feira de 27
horas, das quais 22 foram literalmente em trânsito Annemasse/Genebra/ Paris/São
Paulo/Porto Alegre, sendo que 15 destas foram em três voos. Talvez, devesse
dizer, que o maior estranhamento, do primeiro dia pós-férias, foi a forte
luminosidade meteorológica. Foi difícil acostumar-me.
Como no meu primeiro dia tive
atividades na UFRGS e no CUM-IPA andei de ônibus e caminhei pela cidade. Duas
diferenças, comparando França e Suíça com Porto Alegre: a primeira: lá, destaque para a qualidade e pontualidade dos transportes
coletivos; a segunda: lá, se coloca o
pé na faixa de segurança e os veículos param. Isto já foi tentado aqui, mas não
houve sucesso. Pedestres é que devem parar.
Em minha circulada nesta quinta-feira,
vi (e, encantei-me) com protestos contra a Copa. Eis um exemplo na foto no viaduto Tiradentes na rua
Protásio Alves. Hoje, uma colega contou-me que, por determinação da FIFA, nos
dias de jogos automóveis não poderão circular, já que será feriado municipal em cada
um dos dias de jogos. A charge seginte é de Rafael Costa.
Ao ler ontem notícias que a FIFA
estuda a transferência dos jogos previstos para Curitiba, lembrei-me da
pergunta que me fez, na quarta-feira, no aeroporto Charles De Gaulle, um
cidadão de Comores ao saber que eu era brasileiro: o Brasil está pronto a Copa?
Lembrando do que propôs aqui o Antonio
Jorge Furtado, um quarto período de viagens aos três referidos por Onfray: o Antes; o Durante; e o Depois. Ele adita as Lembranças,
eis uma destas evocações.
Como na sabia nada sobre o país do meu
interlocutor a partir das informações aprendi que a União das Comores (ou mais
simplesmente Comores, ou Comoros), capital Moroni, é uma
república federal insular, que compreende três das quatro ilhas principais do
Arquipélago das Comores, entre a costa oriental de África e Madagáscar. O país é
banhado à norte pelo Oceano Índico e compreende as ilhas Grande Comore, Mwali e
Anjouan.
As ilhas Comores foram
"descobertas" em 1505 pelos portugueses para depois serem colonizadas
e administradas pela França. A partir do século 19 foram negligenciadas pelo
colonizador. Em 1975, tornaram-se independentes e passaram a formar a República Federal Islâmica das Comores.
Em 1997, as ilhas de Nzwani e Mwali
declaram independência, desencadeando conflitos entre tropas do governo e
separatistas de Nzwani. Após negociações, em 1999 é assinado um acordo que
institui um governo rotativo entre as três ilhas. No mesmo ano, porém, é
registrado o 19º golpe de Estado no país em 25 anos. Em 2001, 77% dos eleitores
aprovam a nova Constituição que muda o nome do país para União de Comores e
garante mais autonomia para as ilhas. Um dos maiores problemas do país muito
pobre é água.
Como mancheteei ontem: feriae sunt. Este recomeço implica em
dar conta, para os próximos 30 dias de 8 palestras para professoras e
professores de redes estadual e municipais de mais de uma dezena de munícipios
do Rio Grande do Sul. Tenho, no mesmo período, duas bancas. Assim, há um bom
começo pós-férias.
Bem-vindo de volta a lide, como bem constatado, aqui os carros não respeitam o povo, o governo faz copa em vez de hospital. E como já disse Cícero, "devemos amar a pátria acima de tudo", mas tá difícil!
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirOh! egrégio mestre seja bem vindo
De volta e este Patropi tão lindo
Aqui, plantando tudo dá
É onde canta o sabiá
Aqui até desgraça enfrentamos rindo.
BRASIL DA COPA
ResponderExcluirPanem et circenses transmuda a nação
Invadido pelo futebol este Pindorama
Todos com bola no pé e gol no coração
Nunca deixando se apagar essa chama.
A FIFA transformou até as leis, afinal
Pois a Copa significa muito dinheiro
Não existe necessidade de hospital
Porém que nos veja o mundo inteiro.
Que no placar cada gol anunciado
Encha os brasileiros de justo orgulho
Enquanto esquecemos o triste fado
E promovemos um saudável barulho.
Mas vou manter televisor desligado
Me recuso a participar desse esbulho.
Sobre a copa, basta uma reflexão sobre a as fotos expostas.
ResponderExcluirProfessor,
ResponderExcluirli em seu blog hoje: vi (e, encantei-me) com protestos contra a Copa. Não lhe parece que o senhor — que usualmente tem minha adesão aos seus escritos — está fora de tom! Por que se encantar com pichadores?
Por que insuflar protestos que são geradores de violência? É certo que a Copa será no Brasil, logo só nos resta, agora, apoia-la.
Com continuada admiração,
Marilia Zimmer
Marília, muito atenta leitora,
Excluiragradeço a oportunidade de dizer aqui, que não prego a violência. Ao contrário. Sou pacifista, mas não um omisso. Há quase quatro anos (desde a Copa na África do Sul venho protestando contra a Copa, no Brasil. Sei que a situação (parece) irreversível, mas há que protestar! No domingo, suplementarei esta resposta,
com admiração,
ac