ANO
8 |
P
E T R A – Jordania
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EDIÇÃO
2673
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Estamos em nosso terceiro e último dia na Jordânia. Ao
entardecer voltamos à Telavive, para os dois últimos dias de Oriente Médio.
A blogada desta terça-feira ocorre desde a milenar Petra,
na Jordânia. É realmente emocionante estar aqui. Deixamos Amã por volta das 8h,
e percorremos cerca de 240 km em estradas de paisagens variadas, onde regiões
quase desérticas são alternadas por oásis férteis. Vale recordar que a Jordânia
detém os menores índices de água do mundo.
O que impacta quando se chega à Petra? As montanhas gigantes vermelhas e vastos mausoléus de
uma raça extinta nada têm em comum com a civilização moderna e nada mais suscitam
a não ser contemplação pelo seu valor genuíno: uma das maiores maravilhas da Natureza e dos humanos.
Não obstante muito já se escreveu sobre Petra, mas não há
a pretensão de preparar o leitor para este local impressionante. Só vendo
mesmo. Petra, maravilha do mundo, é, sem sombra de dúvida, o tesouro mais
valioso da Jordânia e a maior atração turística. É uma cidade vasta e singular
esculpida na própria face rochosa pelos Nabateus, um engenhoso povo árabe que
aqui se fixou durante mais de 2000 anos e que a transformou num local
importante para as rotas da seda, das especiarias e outras rotas comerciais que
ligavam a China, a Índia e a Arábia do Sul ao Egito, Síria, Grécia e Roma.
A entrada para a cidade é feita pelo "Siq", um
estreito com mais de 1 quilômetro de comprimento, ladeado por imponentes
penedos com 80 metros de altura. Caminhar pelo Siq é, por si só, uma
experiência única. As cores e as formações rochosas são impressionantes. À
medida que nos aproximamos do fim do Siq, começamos a ver Al-Khazneh (Tesouro).
Esta é uma experiência que suscita a
admiração. Uma fachada
imponente com 30 metros de largura e 43 de altura esculpida na própria face
rochosa de um rosa poeirento e que faz com que tudo a seu lado pareça
minúsculo. Foi esculpida em inícios do século primeiro para ser o túmulo de um
importante rei nabateu e representa o gênio deste povo ancestral.
O Tesouro é apenas uma das maravilhas que compõem Petra.
À medida que entra no vale de Petra, ficamos extasiados com a beleza natural
deste local e com os notáveis feitos arquitetônicos.
Há centenas de túmulos
esculpidos na rocha com gravações ainda indecifradas ao contrário das casas
que, em grande parte, foram arrasadas pelos terramotos, os túmulos foram
esculpidos para durarem até à outra vida e 500 sobreviveram, vazios, mas
impressionantes quando vistos pelas suas escuras aberturas. Aqui há também uma
imponente construção dos Nabateus.
Teatro romano com 3000 lugares sentados. Há obeliscos,
templos, altares para oferta de sacrifícios e ruas com colunatas e, lá no alto,
sobranceiro ao vale, encontra-se o impressionante Mosteiro Ad-Deir — para lá
chegar há uma escadaria com 800 degraus cortados na rocha. Esta optei não
subir.
Um tempo do século 13, mandado construir pelo sultão
mameluco Al Nasir Mohammad para comemorar a morte de Aarão, irmão de Moisés,
pode ser visitado no Monte Aarão na Cordilheira de Sharah.
No local, há vários artesãos da cidade de Wadi Musa e um
acampamento beduíno nas proximidades com bancas montadas e a vender artesanato
local, como por exemplo cerâmica e joias beduínas e garrafas de areia
multicolor e estriada, características da região.
Petra foi fundada por volta do século 6º a.C. pelos
árabes nabateus, tribo de nómadas que se fixaram na zona e construíram um
império comercial que ia até à Síria.
Apesar das sucessivas tentativas do rei Antígono de
Selêucia, do imperador romano Pompeu e de Herodes o Grande para controlarem
Petra nos seus respectivos impérios, Petra ficou praticamente nas mãos dos
nabateus até 100 d.C., quando os romanos a conquistaram. Ainda era habitada
durante o período bizantino, quando o império romano passou para oriente, para
Constantinopla, mas diminuiu de importância daí para a frente.
Os Cruzados construíram lá um forte no século 12, mas em
breve partiram, deixando Petra aos habitantes locais até inícios do século 19,
quando foi descoberta pelo explorador suíço, Johann Ludwig Burckhardt, em 1812.
O Parque Arqueológico de Petra (PAP) compreende uma área
de 264 metros quadrados em Wadi Musa, considerado um local turístico e
arqueológico e Patrimônio Mundial registado na lista de Património Mundial da
UNESCO desde 1985. A área tem uma paisagem de ficar fantasticamente impressionado
com montanhas de cor rosa cujo ponto principal é a fantástica cidade nabateia
de Petra, que foi esculpida na rocha há mais de 2000 anos.
Na escrito apoiado em www.petrapark.com
mestres Attico e Gelsa!
ResponderExcluirObrigada por podermos viajar e conhecer mundos com os olhares de voces...impressioanante estes lugares...so pelos livros ou mesmo internet parece distante, mas dois mestres que sao tao proximos da gente fica outro coisa...Admiro a organizacao de voces para fazer estas viagens....minha continuada admiracao e gratidao...
Elzira deste Maravilha-sc.
Elzira muito atenciosa leitora!
ResponderExcluirEstou na fronteira Jordânia / Israel de onde agradeço tua companhia diária!
Ac
Limerique
ResponderExcluirO Mestre na "pedra" deslumbrado
História pura para todo lado
"Não há mais bonito
porém, tudo fito"
Sem ter o que dizer fica calado.
Uma verdadeira viagem no tempo, na história, na cultura!
ResponderExcluirAdmirado.
Chassot,
ResponderExcluirque coisa magnífica esta cidade! Fiquei curioso pelo teatro romano. Dizem que acústica deles era estupenda.
Adorei os tons de terracota. Ainda farei esta viagem. É um sonho. Estou acompanhando entusiasmado teu périplo.
Abraços da América do Norte.
Aqui fomos premiados pelo primeiro apagão a nivel nacional, e a OI, antevendo o futuro decidiu nos deixar sem internet desde a manhÄ. Com muito custo e usando o celular de minha filha, registro aqui minha leitura, sem no entanto ter condiÇÕes de comentar
ResponderExcluirAqui fomos premiados pelo primeiro apagão a nivel nacional, e a OI, antevendo o futuro decidiu nos deixar sem internet desde a manhÄ. Com muito custo e usando o celular de minha filha, registro aqui minha leitura, sem no entanto ter condiÇÕes de comentar
ResponderExcluirAo Mestre Chassot: Petra Deslumbrante! !!! Cidade cor de rosa, como sempre pegando carona nas suas viagens
ResponderExcluirfico aguardando nosso próximo passeio. Um abraço Ley