ANO
8 |
A
M M A N - Jordânia
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EDIÇÃO
2672
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Estamos em Amman, capital da Jordânia. Depois de ter
deixado Jerusalém às 9h, ingressamos, pela primeira vez no Reino Hachemita da
Jordânia, quase às 12 horas, depois de percurso na sua a maior
parte em território palestino. Chegamos à capital ao entardecer e nos
surpreendemos com uma cidade de mais 2 milhões de habitantes, em um país de
mais de 6 milhões de habitantes, aos quais se aditam cerca de 1 milhão de
refugiados sírios.
Amman ou Amã é uma das
mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo. Talvez o mais
impactante, quando se olha a imensa cidade de um belvedere que oferece uma
visão panorâmica, é a quase ausência de árvores, a exceção de um verdejante
bosque onde fica a residência da família real.
Mas tudo que pudesse falar de Amã ou mesmo da Jordânia ficaria deslustrado
se não falasse de uma pérola quase desconhecida para Gelsa e para mim e também
para duas chinesas, duas argentinas e um casal inglês que compartilham conosco
este tour de três dias.
Logo que fizemos o trâmite de fronteiras por cerca de uma hora
percorremos uma região onde os quase desertos se converteram em zonas de
agricultura. Chegamos a uma cidade cujo nome tem várias grafias em caracteres
latinos: Jerash, Jerasa, Jarase, Gerase ou Gerasa.
Então, fomos convidados a
conhecer aquela que se intitula ‘A
Pompéia do Oriente’, tida como a cidade greco-romana-bizantina mais bem
conservada. Durante mais de duas horas, tivemos surpresas com o que encontramos
não apenas o que foi restaurado, mas muitos monumentos originais. Ilustro com
algumas fotos, o que vimos hoje.
Escavações recentes mostram que Jerash já foi habitada durante a Idade
do Bronze e da Idade do Ferro (5.200 3.200 antes do Presente). Após a conquista
romana em 63 aC. Jerash e seus arredores foram anexados à província romana da
Síria, e mais tarde se juntou a Decápolis. Em 90 d. C. foi incorporada à
província da Arábia, o que incluiu a cidade de Filadélfia (agora Amman). Os
romanos garantiram a paz e a segurança na região, o que permitiu ao seu povo dedicar
seu tempo e energias para o desenvolvimento econômico e construção de uma
grande e magnifica cidade.
Na segunda metade do primeiro século, a cidade de
Jerash alcançou grande prosperidade. Em 106 o Imperador Trajano construiu
estradas que atravessam as províncias, aumentando as atividades comerciais da
cidade. Adriano visitou Jerash nos anos 129-130. A inscrição em latim registra
uma dedicação religiosa feita por membros da guarda imperial que o inverno lá.
O arco triunfal — o Arco de Adriano foi erguido para celebrar a visita.
Um forte terremoto em 747 d. C. destruiu grande parte de Jerash,
enquanto terremotos subsequentes ao longo dos tempos, guerras e tumultos
contribuíram mais para a destruição. Ruínas permaneceram enterradas por
centenas de anos, até que foram descobertas pelo alemão orientalista Ulrich
Jasper Seetzen em 1806, para então iniciar a escavar e restaurar a antiga
Jerash.
A cidade tinha um atamanho de 800 mil metros quadrados intramural.
Durante a época das Cruzadas, alguns dos monumentos foram convertidos em
fortalezas, incluindo o Templo de Artemisa.
Os monumentos mais importantes da cidade, que podem ser vistos, são:
Arco de Adriano, um circo / hipódromo, dois templos imensos dedicados a Zeus e Artemisa,
o Fórum, a ágora, cercada por uma bela colunata, uma rua longa com colunas,
dois teatros (o grande teatro do Sul e do Norte menor), duas termas para
banhos, vários templos menores com paredes quase completos. Há cerca de 16
igrejas cristãs do entorno do século 6º.
Pela qualidade e grau de conservação de restos arqueológicos é a
segunda atração turística principal na Jordânia depois de Petra, que
visitaremos hoje e amanhã. Este primeiro dia de Jordânia, especialmente Jerash,
foi muito impactante.
Sensacional. É história para apreciar e pensar na contribuição do homem no que tange à adaptação do lugar para seu babituar...
ResponderExcluirCalorosos abraços daqui (40º).
Ao Mestre Chassot: Um lugar muito interessante e sensacional. Parabéns por nos brindar com essas informaçôes e fotografias onde cada pedra tem sua história. Um abraço Ley
ResponderExcluirO que me chamou mais a atenção na narrativa de hoje, é a demonstração de que o ser humano é o mesmo aqui ou em qualquer parte do mundo. Na milenar Amã o povo desprovido da companhia das salutares árvores, já a família real...
ResponderExcluirAbraços
Limerique
ResponderExcluirChassot viajando para onde for
Por ser químico, é catalisador
Viajamos com seu olhar
Para onde ele viajar
Então eu afirmo: valeu professor!
Chassot,
ResponderExcluirimpressionantes as ruínas de Jersash. Desconhecia.
Ficou a vontade.
Abraços