ANO
8 |
JERUSALÉM
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EDIÇÃO
2671
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Um domingo para despedir de Jerusalém, mas não de Israel.
Foram quase cinco dias magníficos. Vamos, nas primeiras horas desta manhã, à
Jordânia. Na noite de terça-feira, o plano é retornarmos a Israel, chegando a
Telavive. Na manhã de sábado, algo inédito para nós: Não havia possibilidade de
ter leite quente no café do hotel, pois devido ao shabath não poderia ser usado ‘chama’ para aquecê-lo. Também, devido ao shabath, nos
integramos a uma celebração de chineses pelo inicio seu novo ano (do cavalo), pois não
havia restaurantes abertos, salvo chineses, nas imediações do hotel.
Nossa despedida da cidade foi de gala: um inenarrável espetáculo
noturno de luz e som, na Torre de Davi. O lindíssimo espetáculo de cerca de 45
min, ocorre em uma antiga cidadela localizada próxima à entrada do Portão de Jaffa
na Cidade Velha de Jerusalém. Foi talvez o mais lindo espetáculo audiovisual
que já assisti em toda minha vida. Mesmo cansados de uma dupla jornada
turística, lamentamos quando a apresentação terminou, com uma apoteose pedindo
Paz sobre Jerusalém.
Mas pela manhã e à tarde tivemos dois pontos dentro de
nossa programação que foram excepcionais. Trago algo de um e outro,
completamente díspares entre si.
Pela manhã, visitamos à exposição The Book of Books no Bible Lands Museum Jerusalem. A exposição busca traçar as raízes do judaísmo e do
cristianismo e a difusão da fé monoteísta. Apresenta, entre outros documentos
muito raros, os manuscritos do Mar Morto, fragmentos da Septuaginta, o mais
antigo livro que contem as escrituras Novo Testamento, requintados manuscritos com
iluminuras de diferentes épocas, fragmentos raros de papiros do Cairo e páginas
originais da Bíblia de Gutenberg. A exposição mostra como a Bíblia foi responsável pela disseminação do judaísmo e do cristianismo a partir da Terra de Israel para
o resto do mundo. De Jerusalém a exposição segue para o Vaticano.
Algo acerca do Bible
Lands Museum Jerusalem, o único museu do mundo dedicado à história do
Oriente Médio a partir de uma perspectiva bíblica. A exposição permanente exibe
uma extraordinária coleção de arte antiga e arqueologia rastreando as raízes do
monoteísmo desde o alvorecer da civilização para o cristianismo primitivo. Por
mais de 50 anos, o Dr. Elie Borowski, co-fundador, reuniu uma coleção de artefatos
de valor inestimável. Seu sonho era criar uma instituição universal, onde pessoas
de todas as fés viriam a aprender sobre a história bíblica, os princípios
morais e éticos que são a base da herança judaico-cristã .
BLMJ foi aberto ao público em 11 de maio de 1992, e,
desde então, ganhou reconhecimento internacional como um centro universal para
a programação cultural e educativa. O Museu oferece programas criativos para as
famílias e uma rica variedade de atividades durante todo o ano.
À tarde fomos a Jericó (em árabe: أريحا,
transl. Ārīḥā; em hebraico: יְרִיחוֹ, transl. Yəriḥo) é uma antiga cidade bíblica da
Palestina, situada às margens do rio Jordão, na parte seca do Mar Morto (a
quase 240 m abaixo do nível do Mar Mediterrâneo) e aproximadamente a 27 km de
Jerusalém.
Descrita no Velho Testamento como a "Cidade das
Palmeiras", abundantes campos ao redor de Jericó das deliciamo-nos com as
melhores tâmaras. Ela é conhecida na Tradição judaico-cristã como o lugar do
retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué, o sucessor
de Moisés. Há o morro das Tentações onde se diz ser o local onde Jesus foi
tentado pelo demônio e o local onde Jesus curou o cego Bartimeu.
Uma vez mais, vimos a situação de apartheid que vivem os
palestinos nesta região, em consequência dos continuados novos assentamentos
israelis. Aquilo que trouxe ontem aqui foi, nesta nova incursão palestina, ratificado
de maneira dolorosamente triste. Nossa pergunta contínua é: o que mundo está fazendo para que se possa
evitar a repetição de uma nova intifada? A pólvora está acumulada. Parece
próxima uma revolta social.
Mestre Chassot, como bem relatado, pobreza e miséria não é privilégio nosso, há no mundo inteiro. Mas há um tema que tem recorrentemente sido discutido em nossos cafés após a leitura de suas blogadas. A Ley insiste que eu o pergunte sobre a criminalidade por aí. Se possível satisfaça a curiosidade de minha jovem esposa, minha parceira cultural.
ResponderExcluirAbraços
Meu caríssimo Antônio Jorge,
ResponderExcluirRespondo a curiosidade de Ley, desde Jerash, na Jordânia, onde estou a cerca de duas hora ser um dos países mais seguro do mundo! Os islâmicos sao 97% da população.
Abraços jordaneses, Ac
Chassot,
ResponderExcluiré maravilhoso conhecer a Terra Santa pelos teus olhos.
Abraços