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domingo, 2 de fevereiro de 2014

02.— DESPEDINDO JERUSALÉM RUMO À JORDÂNIA


ANO
 8
JERUSALÉM

EDIÇÃO
 2671

Um domingo para despedir de Jerusalém, mas não de Israel. Foram quase cinco dias magníficos. Vamos, nas primeiras horas desta manhã, à Jordânia. Na noite de terça-feira, o plano é retornarmos a Israel, chegando a Telavive. Na manhã de sábado, algo inédito para nós: Não havia possibilidade de ter leite quente no café do hotel, pois devido ao shabath não  poderia ser usado ‘chama’ para aquecê-lo. Também, devido ao shabath, nos integramos a uma celebração de chineses pelo inicio seu novo ano (do cavalo), pois não havia restaurantes abertos, salvo chineses, nas imediações do hotel.
Nossa despedida da cidade foi de gala: um inenarrável espetáculo noturno de luz e som, na Torre de Davi. O lindíssimo espetáculo de cerca de 45 min, ocorre em uma antiga cidadela localizada próxima à entrada do Portão de Jaffa na Cidade Velha de Jerusalém. Foi talvez o mais lindo espetáculo audiovisual que já assisti em toda minha vida. Mesmo cansados de uma dupla jornada turística, lamentamos quando a apresentação terminou, com uma apoteose pedindo Paz sobre Jerusalém.
Mas pela manhã e à tarde tivemos dois pontos dentro de nossa programação que foram excepcionais. Trago algo de um e outro, completamente díspares entre si.
Pela manhã, visitamos à exposição The Book of Books no Bible Lands Museum Jerusalem. A exposição busca traçar as raízes do judaísmo e do cristianismo e a difusão da fé monoteísta. Apresenta, entre outros documentos muito raros, os manuscritos do Mar Morto, fragmentos da Septuaginta, o mais antigo livro que contem as escrituras Novo Testamento, requintados manuscritos com iluminuras de diferentes épocas, fragmentos raros de papiros do Cairo e páginas originais da Bíblia de Gutenberg. A exposição mostra como a Bíblia foi responsável pela disseminação do judaísmo e do cristianismo a partir da Terra de Israel para o resto do mundo. De Jerusalém a exposição segue para o Vaticano.
Algo acerca do Bible Lands Museum Jerusalem, o único museu do mundo dedicado à história do Oriente Médio a partir de uma perspectiva bíblica. A exposição permanente exibe uma extraordinária coleção de arte antiga e arqueologia rastreando as raízes do monoteísmo desde o alvorecer da civilização para o cristianismo primitivo. Por mais de 50 anos, o Dr. Elie Borowski, co-fundador, reuniu uma coleção de artefatos de valor inestimável. Seu sonho era criar uma instituição universal, onde pessoas de todas as fés viriam a aprender sobre a história bíblica, os princípios morais e éticos que são a base da herança judaico-cristã .
BLMJ foi aberto ao público em 11 de maio de 1992, e, desde então, ganhou reconhecimento internacional como um centro universal para a programação cultural e educativa. O Museu oferece programas criativos para as famílias e uma rica variedade de atividades durante todo o ano.
À tarde fomos a Jericó (em árabe: أريحا, transl. Ārīā; em hebraico: יְרִיחוֹ, transl. Yərio) é uma antiga cidade bíblica da Palestina, situada às margens do rio Jordão, na parte seca do Mar Morto (a quase 240 m abaixo do nível do Mar Mediterrâneo) e aproximadamente a 27 km de Jerusalém.
Descrita no Velho Testamento como a "Cidade das Palmeiras", abundantes campos ao redor de Jericó das deliciamo-nos com as melhores tâmaras. Ela é conhecida na Tradição judaico-cristã como o lugar do retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué, o sucessor de Moisés. Há o morro das Tentações onde se diz ser o local onde Jesus foi tentado pelo demônio e o local onde Jesus curou o cego Bartimeu.


Uma vez mais, vimos a situação de apartheid que vivem os palestinos nesta região, em consequência dos continuados novos assentamentos israelis. Aquilo que trouxe ontem aqui foi, nesta nova incursão palestina, ratificado de maneira dolorosamente triste. Nossa pergunta contínua é: o que mundo está fazendo para que se possa evitar a repetição de uma nova intifada? A pólvora está acumulada. Parece próxima uma revolta social. 

3 comentários:

  1. Mestre Chassot, como bem relatado, pobreza e miséria não é privilégio nosso, há no mundo inteiro. Mas há um tema que tem recorrentemente sido discutido em nossos cafés após a leitura de suas blogadas. A Ley insiste que eu o pergunte sobre a criminalidade por aí. Se possível satisfaça a curiosidade de minha jovem esposa, minha parceira cultural.
    Abraços

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  2. Meu caríssimo Antônio Jorge,
    Respondo a curiosidade de Ley, desde Jerash, na Jordânia, onde estou a cerca de duas hora ser um dos países mais seguro do mundo! Os islâmicos sao 97% da população.
    Abraços jordaneses, Ac

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  3. Chassot,

    é maravilhoso conhecer a Terra Santa pelos teus olhos.
    Abraços

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