ANO
8 |
JERUSALÉM
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EDIÇÃO
2668
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Esta blogada se faz com um pálido relato de nosso
primeiro dia completo em Jerusalém. Estes comentários se aditam às primeiras
impressões trazidas aqui ontem.
Somos alienígenas de maneira muito diversificada em
diferentes países. A mim a língua é um fator discriminador. Ser estrangeiro em Portugal
ou em qualquer país de língua hispânica ou mesmo latino é diferente do que
estar em um país anglo-saxão. Agora se compararmos este, por exemplo, a Israel,
aqui a discriminação é maior. Não apenas porque não entendo nada de hebraico,
mas especialmente, porque não sei ler uma palavra. Aqui sou radicalmente
analfabeto, pois não identifico um Aleph ou um Beth. Até na Grécia lia algumas
palavras.
Hoje o primeiro sentir-se exótico começou o desjejum. Diferentes
peixes em conserva, como também vários tipos de legumes como variados
pimentões, berinjelas etc. fazem parte do cardápio.
A grande síntese turística do dia foi fazermos por duas
vezes ida e volta um percurso de 4 x 1,5 km na Jaffa Street a mais importante
rua de Jerusalém. No trecho que caminhos ela, mesmo muito larga, é exclusiva
para ‘longos e modernos traim.
Nas duas vezes — manhã e noite — nosso destino foi o
mesmo: portão de Jafa para entrar na Velha
Jerusalém. Estar aí é algo inenarrável. Na jornada da manhã (9h-13h),
primeiro participamos de ou tour de três horas onde percorremos parte da área
amuralhada em forma retangular com 0,9 km².
A área é rodeada por uma muralha
mandada construir em 1538 pelo sultão otomano Solimão, O Magnífico. Oito portas
permitem o acesso à Cidade Antiga, dividida em quatro bairros: o Bairro
Muçulmano, o Bairro Judeu, o Bairro Cristão, e o Bairro Arménio. Uma
curiosidade que vi respondida, porque dos quatro quarteirões rateados entre as
três religiões há um específico para os armênios. A explicação da guia: como estes
se dizem a primeira etnia convertida ao cristianismo, historicamente reivindicaram
para eles uma fração da cidade dita santa.
Neste tour — pelos quatro bairros — pudemos ver, numa
mirada muito panorâmica vários locais de fundamental importância religiosa,
como o Monte do Templo e Muro das Lamentações para os judeus, a Basílica do
Santo Sepulcro para os cristãos e o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa para
os muçulmanos.
Depois desta recorrida por um tempo estivemos nos
diferentes mercados de cada um dos bairros. Destes mercados dois detalhes: um, a centena de lojinhas, que vendem de
tudo: de souvenires a grandes tapetes, que em tudo se assemelham às medinas que vimos em Marrocos, Tunísia,
Egito e Turquia.
Outro, seja qual o
bairro, a venda dos objetos religiosos são de livre trânsito; isto é pode-se
comprar quipá de um vendedor islâmico, um crucifixo, de um judeu ou uma lembrança
de uma mesquita, de um cristão.
Depois de um repouso, à noite (17h às 20h) voltamos uma
vez mais a Velha Jerusalém. O
espetáculo era outro. Primeiro muito mais gente, especialmente grupos
religiosos (especialmente cristãos) em peregrinação.
Percorrendo as labirínticas ruelas, às vezes formadas por
escadarias íngremes. Quase ao acaso chegamos a complexo religioso mais
importante do mundo cristão: a igreja do Santo Sepulcro (que pela manhã viramos
externamente). A visita interna noturna foi algo impressionante. Tivemos o
privilégio de ouvir um coral ortodoxo entoando melodias sacras. Não me aventuro
a descrever as cenas de fé e religiosidade comoventes que vimos.
Depois ainda passeamos em lojinhas e vimos fora da Cidade
Velha, uma exposição de globos temáticos que percorrem o mundo.
Este é um narrar muito resumido de algo que fruímos neste
nossa quarta-feira, aqui. Agora, já planejamos a nossa quinta-feira.
A impressão que se tem, de fora e de longe, é de que a histórica, santa e turística Jerusalém abarca uma efervescente diversidade (religiosa e étnica) que não se mistura. Confirmada no relato do mestre: "...Cidade Antiga, dividida em quatro bairros: o Bairro Muçulmano, o Bairro Judeu, o Bairro Cristão, e o Bairro Arménio." Exceto no quesito 'comércio'. Daí tudo se funde.
ResponderExcluirTodos nós, seus leitores, somos gratos por usufruirmos desta magnífica viagem-aula.
Um grande abraço.
Na blogada de hoje um comentário do Mestre me levou a refletir. Como se sentirão então nossos reais milhões de analfabetos em nosso país? Em pleno século 21, quando temos oportunidade de acompanhar em tempo real esse passeio no outro lado do mundo, é estranho admitir que ainda tenhamos analfabetos entre nós.
ResponderExcluirAbraços com votos de excelentes experiências!
Muito prezado Mestre Chassot,
ResponderExcluirratifico uma vez mais a mensagem do Vanderlei. Cada edição é uma aula. Esta série de férias e algo muito especial.
Já curtido a edição de amanhã.
A admiração da
Michaela
Muita estimada Michaela e
ResponderExcluirmuitos estimados Vanderlei e Antônio Jorge
aqui deste singular Jerusalém agradeço o reconhecimento que fazem desta blogadas de férias.
É sabe-los meus leitores,
achassot
Gostei!
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