ANO
8 |
em fase de transição
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EDIÇÃO
2654
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A quinta-feira,
nas línguas que nos são mais próximas (espanhol,
italiano, francês...), é o dia dedicado a Júpiter. Nas línguas saxônicas esse
dia tem sua dedicação a Thor, o deus do trovão. Os anglo-saxões deram o nome de
Thor ao quinto dia da semana, Thursday ou seja "Thor's day". Thor é o
deus do trovão da mitologia nórdica, aparece produzindo raios com o seu
martelo. Thor é filho de Odin, o deus supremo e da deusa de Midgard (a Terra).
Ele se assemelha em atributos a Júpiter, pois ambos são filhos da Mãe-Terra,
Thor — como Júpiter — é o deus dos raios e trovões; ambos são protetores do
mundo e da comunidade cujo símbolo era o carvalho, representando o tronco da
família.
Não é sem razão que faço esta
evocação. Nesta segunda-feira, falamos de raios e trovões na esteira da blogada
de domingo, onde Benjamin Franklin e seu evento capital, o para-raio, foram
assuntados.
Pois Júpiter — Zeus no panteão grego — e Thor parecem estar
enfurecidos com esta região do Planeta. A imprensa de ontem trazia outra
notícia trágica: Descarga elétrica matou mulher de 36 anos em numa praia em São Paulo. Na foto o raio mortal.
Esta tragédia determina um alerta: o perigo de entrar na água durante
tempestades; em caso de raios, saia do mar.
Os riscos das tempestades nas regiões litorâneas são mais preocupantes
nos meses de verão, quando as praias ficam lotadas. O alerta deve ser maior em
algumas regiões do país, como o Rio Grande do Sul, que ocupa a quarta posição
em incidência de raios por ano, atrás apenas de Mato Grosso do Sul, Pará e
Amazonas. Somente no Brasil, cerca de 130 pessoas morrem atingidas por raios a
cada ano. Os dados, divulgados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), são justificados pela alta
incidência de descargas elétricas registradas no território nacional.
Apesar de a maior incidência de descargas elétricas não ser nas regiões
litorâneas, essas áreas apresentam alto risco por terem algumas condições
peculiares. De maneira usual
são espetáculos naturais de rara beleza como o da foto que está na página 3 da
Zero Hora de ontem. A areia normalmente é um lugar plano e descampado, o
que deixa as pessoas mais sujeitas a serem atingidas por descargas elétricas.
Além disso, a água do mar é ótima condutora de eletricidade. Enquanto no solo
um raio pode matar uma pessoa a até 50 metros de distância, no mar os efeitos
se propagam por até um quilômetro de distância.
Se a pessoa escuta um trovão, é recomendável sair imediatamente da água
ou da areia, pois isso significa que o raio aconteceu a, no máximo, 15
quilômetros. O melhor é buscar abrigo, em um carro ou prédio. Caso não seja
possível, fique agachado, sem se aglomerar em grupos, até a chuva passar.
Adito às dicas de prevenção trazidas abaixo (que por falha técnica não
consegui editar), um saber primevo aprendido de minha mãe. Ao armar-se uma
tempestade: tesouras, facas (objetos metálicos pontiagudos) eram ocultados, pois
atraem raios. Claro que se queimasse uma palma benta no Domingo de Ramos e
rezasse para Santa Bárbara era ainda mais seguro.
Fui fraudado na tentativa de ilustrar esta edição com material acerca da formação e prevenção de raios. Só tenho o documento em .pdf
ResponderExcluir¿Como converte-lo como imagem em .jpg ou .jpeg ou similar que possa ser aditado ao blogspot?
Caro Chassot,
ExcluirTambém tenho essa deficiência, não sei fazer essa conversão. Fico devendo.
JAIR.
RAIANDO
ResponderExcluirSe fechado o céu, com muitos raios
De minha avó, siga velho conselho
Enclausure as crianças nos armários
Não tome banho e cubra o espelho
Porém se fores pessoa bem atenta
Não olvide de queimar palma benta
Oculte objeto metálico como faca
Que letal raio esse utensílio ataca
Porém, isso tudo proveitoso seria
Se raios cressem em superstição
Então nunca mais morte existiria
Causada por raio seguido de trovão
Durante tempestade uma calmaria
Todos se molhando em comunhão
O detalhe da blogada de hoje que me pos a refletir, e os mais antigos me entenderão, é como mudam os costumes. Na foto parece-me ter sido registrado o instante em que o raio acerta a pessoa, podendo até se ver um clarão ao final que seria a pessoa sendo destruída. Nos tempos antigos havia um tremendo tabu com cenas de pessoas mortas ou morrendo, mesmo com o advento da televisão essas imagens eram censuradas e no máximo até bem pouco tempo apareciam com a imagem fora de foco. Quanto a conversão Mestre, nem sei para que lado vai.
ResponderExcluirabraços
Por falar em raios...
ResponderExcluir"O homem medieval era servo e feliz. O homem moderno livre, mas inquieto." (Bobbio)
E o homem antigo(pré-socrático)? Ingênuo, devido à crença exacerbada na mitologia?
E lá se foram mitos, tabus...
Também advogo alfabetização científica.
Grande abraço.
Caro amigo prof. Chassot:
ResponderExcluirNa hora que li a postagem sobre raios, não pude me manifestar mas já fui vitima de uma descarga, num fim de tarde, em Castanhal. Estavamos jogando bola num fim de tarde, num campinho cercado de árvores e começou a chover. De repente, numa fração de segundo, recebemos a descarga, que jogou a todos, cerca de 10 jogadores, ao chão. Lembro-me bem que fui lançado para frente e para cima, caindo sem machucado. Ninguém se machucou. Experiência assustadora.
Grande abraço,
José Carneiro