ANO
8 |
ANNEMASSE/GENEBRA/
TEL-AVIV/JERUSALÉM
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EDIÇÃO
2666
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O dia genebrino — na verdade umas
poucas horas — ontem foi muito bom. Se tivemos a gostosa contrariação das previsões meteorológica com sol agradável ao invés
dos anunciados frio e chuva, perdemos um pouco na estada, pois segunda-feira os
museus estão fechados. Aproveitamos para turismo a céu aberto.
O lago Leman com suas pontes das
quais atravessamos várias, a ilha J. J. Rousseau, o chafariz que ejeta 1m3 de
água a cada 2 segundo a uma altura de 140 m, o relógio das flores (detalhe na foto) em homenagem
a produção relojoeira, ainda em alta (ao lado dos famosos canivetes), o imponente
muro aos reformadores [com o imponente lema da Reforma e de Genebra “Post
Tenebras, Lux” (depois das trevas a luz)] (a foto registra a visita), o monumento a J.
Piaget, ‘dito o gigante da Psicologia, por japoneses que doaram a obra, a
catedral de saint Pierre, a igreja da Trindade, a basílica de Notre-Dame, a
Place Neuve, o Monumento Nacional (que celebra a união da Republica de Genebra e
a Helvécia, formando a Suíça.
Claro que ficou muito por ver. No
dia 6, estaremos voltando a Annemasse e, a Suíça e mais particularmente Genebra
e Berna estarão, mais uma vez em nossas agendas.
Quando ainda for madrugada estaremos
no aeroporto de Genebra para viajar a Telavive e da capital política de Israel,
imediatamente seguirmos para Jerusalém. Será a concretização de um sonho.
No final da celebração da Festa de
Pessach faz parte da tradição judaica proferir: "Leshana Habaa B'Yerushalayim - Ano que vem em Jerusalém".
Os judeus sabem por que falam assim. Eles esperam retornar à Eretz Israel
(terra de Israel), esperam a reconstrução do 3º Templo e a vinda do Messias,
dentre outras coisas. Eu altero a reza: Hoje,
em Jerusalém!
Até por ser uma das cidades santas
das três grandes religiões abraâmicas — judaísmo, cristianismo, islamismo — é
muito provável que, no nosso mais recôndito imaginário religioso (no mundo
Ocidental) tenhamos, de vez em vez, sonhado em ir à Jerusalém.
Assim, nesta viagem há também um
imenso potencial religioso a curtir. O Livro anual de
estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas
dentro da cidade. Ajudado pela Wikipédia destaco o significado da cidade que
tem pelo menos seis milênios de história.
Para
os judeus Jerusalém é sagrada desde que o Rei Davi a proclamou como sua
capital no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do
Segundo Templo. Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do
muro que contornava o Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus
perdendo apenas para o Santo dos santos
no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente
construídas com o seu arco sagrado voltado para Jerusalém, e arcos dentro de
Jerusalém voltado para o Santo dos santos. Como prescrito no Mixná e codificado
no Shulkhan Arukh, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao
Monte do Templo. Muitos judeus têm placas de "Mizrach" (oriente)
penduradas em uma parede de suas casas para indicar a direção da oração.
O
cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo
Testamento, mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o
Novo Testamento, Jesus foi levado para o Templo
de Jerusalém logo após seu nascimento. O Cenáculo, que se acreditava ser o local da última ceia de Jesus, é
localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro
lugar reverenciado pelos cristãos em Jerusalém é o Gólgota, o local da crucificação. O local tido como o Santo Sepulcro é considerado um ponto
de peregrinação de cristãos pelos últimos dois mil anos.
Para
o Islamismo, Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada. Aproximadamente
um ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla
(direção da oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da cidade
no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de
Maomé (c. 620 d.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente
transportado em uma noite de Mecca para o Monte
do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar os
profetas anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica o
destino da jornada de Maomé como a mesquita de al-Aqsa (a mais distante), em
referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto
por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome mencionado no Alcorão, e a
Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na qual os muçulmanos
acreditam que Maomé ascendeu ao céu.
É curioso observar o antagonismo da situação, são locais do mais alto grau de religiosidade, e ao mesmo tempo, palco dos mais sérios conflitos. Quem vai entender o homem?
ResponderExcluirAbraços
Limerique
ResponderExcluirÀ santa cidade eles todos vem
Cristãos, judeus e islã também
Sinagogas, sés e mesquitas
Ortodoxos, e fiéis sunitas
É umbigo do mundo Jerusalém.
Concordo em tudo que o Antonio Furtado observou. Acrescido de uma indagação reflexiva: santa?
ResponderExcluirÉ que, hoje, encontro dificuldade quanto ao entendimento sobre o "conceito" santidade.
Grande abraço.
Massa de mais!
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