ANO
8 |
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EDIÇÃO
2656
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A blogada
sabática tem a tessitura de Luciane Roxo Sanchez, que foi
minha aluna no curso de Pedagogia do Centro Universitário Metodista do IPA. Ela
fez um alerta à postagem no Facebook. Eu sou muito grato à Luciane.
O texto me fez refletir acerca do meu ativismo. Por tal, comparto a mensagem
com minhas leitoras e meus leitores neste sábado que se anuncia canicular. Suprimi
no final algumas diretrizes para reflexões. O amadurecimento de cada uma e cada
um dispensa ‘citação moral’ do tipo ‘quem tudo quer, tudo perde’!
FILHO:
"Pai, posso fazer uma pergunta?"
PAI:
"Sim, claro, o que é?"
FILHO:
"Pai, quanto você ganha em uma hora?"
PAI:
"Isso não é da sua conta, por que você pergunta uma coisa dessas?"
FILHO:
"Eu só quero saber! Por favor, me diga, quanto você ganha em uma
hora?"
PAI:
"Se você quer saber, eu ganho R$ 100 por hora."
FILHO:
"Oh (cabisbaixo)! Pai, posso pedir, por favor, R$ 50?"
O pai se
enfurece.
PAI:
"A única razão que você perguntou é essa: conseguir algum dinheiro para comprar
mais um brinquedo ou alguma outra coisa sem sentido?
PAI: “Vá
direto para o seu quarto, para sua cama, e pense o porquê você está sendo tão
egoísta. Eu trabalhando duro todos os dias para ver tal comportamento infantil.”
O menino
foi calado para o seu quarto e fechou a porta. O homem sentou e começou a ficar
ainda mais nervoso sobre as questões do menino. Como ele ousa fazer tais
perguntas só para conseguir algum dinheiro?
Depois de
cerca de uma hora, o homem tinha se acalmado e começou a pensar: Talvez
houvesse algo que ele realmente precisasse comprar com esses R$ 50, e ele
realmente não pedia dinheiro com muita frequência. O homem foi até a porta do
quarto do menino e abriu a porta.
PAI:
"Você está dormindo, meu filho?"
FILHO:
"Não pai, estou acordado".
PAI:
"Eu estive pensando, talvez eu tenha sido muito duro com você antes. Tive
um longo dia, e não deveria ter descontado meu stress em você. Aqui estão os R$
50 que você pediu..."
O menino
se levantou sorrindo.
FILHO:
"Oh, obrigado pai!"
Então,
chegando a seu travesseiro ele puxou alguns trocados amassados. O homem viu que
o menino já tinha algum dinheiro, começou a se enfurecer novamente. O menino
lentamente contou o seu dinheiro, e em seguida olhou para seu pai.
PAI:
"Por que você quer mais dinheiro se você já tem? "
FILHO:
"Porque eu não tinha o suficiente, mas agora eu tenho”.
FILHO:
"Papai, eu tenho R$ 100 agora. Posso comprar uma hora do seu tempo? Por
favor, venha para casa amanhã cedo. Gostaria de jantar com você."
O pai foi
esmagado. Ele colocou os braços em volta de seu filho, e pediu o seu perdão.
Há algumas coisas mais importantes.
Em tempos em que se vive uma lógica utilitarista, materialista e de muitas ocupações, diga-se, criadas pelo homem com o fim de, na maioria das vezes, apenas ocupar-se, há forte tendência a esquecermos aspectos relativos à essência humana. Especificamente ao que se refere na blogada de hoje, nós pais, entendemos, sabemos e nos identificamos com o conteúdo. Bom Sábado, principalmente, aos pais(mães) "junto" a seus filhos. Grande abraço!
ResponderExcluirA blogada de hoje remete-nos à uma antiga composição de Chico Buarque, "Roda Vida", onde em um dos seus versos cantava assim : "Na volta do barco é que sente, o quanto deixou de cumprir". É na volta do barco ao porto, quando já estamos envelhecendo é que nos damos conta de quanta coisa deixamos de fazer, e quantas outras desnecessárias fizemos.
ResponderExcluirAbraços
Muito querido Antônio Jorge e Ley!
Excluirnesta manhã de sábado , antes de chegar teu comentário, fui pretencioso. Imaginava-me tomando café com vocês.
É isso aí... e o barco voltou... e deixamos de fazer algo importante.
A amizade e a admiração do
attico chassot
Querido Chassot, já fazes parte de nossas manhãs, e quando temos alguem no almôço, os debates se estendem pelo dia afora, como diriam os antigos "Suas orelhas devem arder toda manhã".
ExcluirAbraços
RODAVIVA
ResponderExcluirNuma sociedade que a mente satura
E o corpo é constantemente exigido
Inexiste espaço pra qualquer ternura
E atenção ao filho perde todo sentido
O pai não dispende tempo para o clã
Enquanto corre em busca do dinheiro
Atenção à sua prole adia pra amanhã
Na triste luta mergulhado o ano inteiro
Consumismo, esse motor do avanço
Aos humanos impinge uma roda-viva
O que importa é um positivo balanço
E à frente estar sempre da iniciativa
Comezinhos, doar amor e sentimento
Jamais considerada boa expectativa.
"Querido Mestre fiquei muito emocionada com sua lembrança. ...Não teria nem como mensurar a alegria, honra e carinho que senti vindo do Senhor...o meu sempre estimado e admirado Mestre Chassot! Obrigada."
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