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sábado, 2 de março de 2013

02.- SOBRE O PERIGO DE HISTÓRIA ÚNICA


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Ano 7***      www.professorchassot.pro.br      Edição 2402
Neste primeiro sábado de março a usual dica de leitura se transmuta. Ela se faz com um convite.
O vídeo www.l3.ulg.ac.be/adichie/ exibe a parte inicial de uma palestra ministrada pela romancista nigeriana Chimamanda Adichie, nascida em 1997. Filha de um professor de Estatística da University of Nigeria e sua mãe a primeira mulher que integrou os quadros dessa instituição. 
Considerada pela crítica como um dos nomes mais importantes da nova geração de autores de seu país, seus livros retratam a vida de seu povo, as misérias da guerra, a opressão vivida pelas mulheres daquela sociedade, de hoje e de ontem. Assume que sua obra desempenha um papel político, pois “se varrermos o passado para debaixo do tapete, nós não apenas  corremos o  risco de repetir a história, mas também de sermos míope sobre o nosso presente”.
Esse papel político se estende para o trabalho que atualmente realiza em diferentes lugares de seu país através de oficinas de escrita, que funcionam como um estímulo para aqueles que se interessam em adentrar o mundo da literatura.
Ao longo de sua trajetória de escritora recebeu inúmeros prêmios literários e esse reconhecimento a tem levado a trabalhar em universidades estadounidenses de renome. Sua página http://www.l3.ulg.ac.be/adichie/ é rica em detalhes sobre sua vida e de sua obra, que inclui dois livros traduzidos para o português:
HIBISCO ROXO
Autor: ADICHIE, CHIMAMANDA NGOZI
Tradutor: ROMEU, JULIA
Idioma: PORTUGUES
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: ROMANCE ESTRANGEIRA
MEIO SOL AMARELO
Autor: ADICHIE, CHIMAMANDA NGOZI
Tradutor: VIEIRA, BETH
Idioma: PORTUGUES
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: ROMANCE ESTRANGEIRO
No vídeo Chimamanda  apresenta-se como uma “contadora de histórias” e narra episódios de sua vida ocorridos em tempos-espaços muito distintos: em seu tempo de criança, quando de seus primeiros escritos, de sua experiência como estudante estrangeira nos Estados Unidos...  Pouco a pouco, percebe-se que a narrativa “bem humorada”, em muitos momentos interrompida por risos de seus ouvintes, em muitas passagens comovente, serve-se desses episódios para dizer do “perigo de uma história única”, quer seja de uma pessoa, de  um povo, de um país... o que nos leva a pensar, também, no perigo de construir uma história única em nossas pesquisas... simplificando, através dessa unicidade, a complexidade — e riqueza — do mundo pesquisado.
Com votos de um sábado fruído, o convie para se encantarem com Chimamanda Adichie em www.l3.ulg.ac.be/adichie/

5 comentários:

  1. Limerique

    Devolve à sociedade Chimamanda
    O que esta, repressora, demanda
    Seus livros são sendeiro
    Que conduzem a outeiro
    Onde vemos o mundo como anda.

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  2. A dica sabática é extremamente lúdica. Me relembrou uma blogada passada na qual o Mestre comenta exatamente um fato curioso citado pela escritora. A crítica dela refere-se ao detalhe de nos referirmos muitas vezes a África como um pais. Já a do Mestre Chassot, se não me falha a memória, chamáva-nos a atenção da referência "americano" ser usada geralmente ao estadunidense do norte. Voltando a jovem escritora, exemplo da mulher do século XXI, bonita, decidida e culta.

    abraços

    Antonio Jorge

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  3. Eu gostaria de saber como faço a referência desse vídeo.
    Obrigada

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  4. Citando a página de Chimamanda Ngozi Adichie
    http://www.l3.ulg.ac.be/adichie/images/adichie_title.jpg

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  5. Devo fazer a referência em uma resenha.
    Preciso saber aonde foi gravado.
    Por enquanto ela está assim: ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo da história única. Julho de 2009.
    Desculpe o incômodo, mas se puder ajudar será muito útil. Obrigada

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