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segunda-feira, 11 de março de 2013

11.- LIGUE 180



Ano 7***       www.professorchassot.pro.br        Edição 2413
Na última sexta-feira, por ocasião da evocação do Dia Internacional da Mulher vi/ouvi em jornal/rádio comentários do tipo ‘essa data não tem sentido celebrar, pois já somos civilizados; não há mais discriminação’. Houve os mais preconceituosos que diziam ‘como se trata de um dia internacional, deixe-se isso para os países árabes; nós brasileiros somos...’.
Irritaram-me algumas colocações. No dia seguinte, eis a manchete de capa do caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo: País tem 243 denúncias de agressão à mulher por dia. Surpreso, ou melhor, estarrecido, colho mais informações: O número de denúncias diárias de violência contra a mulher recebidas pelo Disque 180 cresceu quase sete vezes em seis anos. No ano passado, o serviço de atendimento do governo federal registrou 243 casos por dia. Em 2006, quando a central telefônica foi criada, a média diária era de 35 denúncias.
Ao todo, o Disque 180 realizou pouco mais de 732 mil atendimentos no ano passado — além de denúncias por agressões físicas e/ou psicológicas, a Central tira dúvidas sobre a legislação e encaminha alguns casos para outras instituições. O número é superado apenas pelo total registrado em 2010: 735 mil atendimentos. Em 70% dos casos, o agressor é companheiro ou marido da vítima.
Para a socióloga Eleonora Menicucci, Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a maior confiança na Lei Maria da Penha — que penaliza o agressor — e a menor sensação de impunidade são fatores que contribuíram para o crescimento dos relatos.
"O caso do goleiro Bruno é emblemático. Foi um dos crimes mais bárbaros que já tive conhecimento, e o impacto da condenação é enorme", afirmou a ministra.
"Temos que desencadear campanhas de sensibilização para que haja uma mudança de mentalidade da sociedade brasileira, que ainda é patriarcal, sexista, muito homofóbica e racista", declarou a ministra.
A intenção agora é ampliar o serviço, ainda neste ano, para mais países. Hoje, a central já recebe ligações de Portugal, Espanha e Itália. A ministra anunciou ainda medida para garantir assistência jurídica gratuita a mulheres presas ou acusadas de tráfico internacional de crianças.
Logo, há que se intensificar alertas em atenção a mulheres. Mesmo no Brasil, elas continuam sendo vítimas.

4 comentários:

  1. Chassot! Mesmo sendo cidadãos do século XXI, onde deveria prevalecer o bom senso e as boas relações sociais e de gênero, ainda o comportamento primitivo e de supremacia masculina parece ser imperativo. Por isso a necessidade de relembrar de forma constante a toda a sociedade as agressões de que são motivo as mulheres. E essa realidade não é exclusividade de países onde predominam costumes e tradições alheias à nossa realidade, como possa parecer. basta que se vejam os números em nosso país, como tu bem trazes em teu periódico. Abraço JB

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  2. Na realidade o preconceito tem a idade da história. Muitas bandeiras ja foram e ainda são levantadas, porem enquanto as palavras estiverem apenas na "boca" e não no "coração", nada mudará. Temos muitas leis em nosso país, a dificuldade é na forma de aplicá-las. Nossa justiça é engessada, e tudo é postergado para o amanhã. O proprio caso do goleiro Bruno nos demonstra isso. Elisa Samudio já havia procurado a justiça anteriormente para queixar-se das atitudes violentas dele e do seu comparsa "macarrão". A justiça com seus passos de tartaruga só chegou a uma atitute quando a moça já estava morta. A mão assassina que matou esta e muitas outras mulheres não foi só a do seus executores, mas tambem a do nosso judiciário.


    abraços

    Antonio Jorge

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  3. Limerique ligue 180

    Dizem, em briga de marido e mulher
    Ninguém deve meter a própria colher
    Mas isso é preguiça
    É caso de justiça
    Ligue se sociedade justa você quer.

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