Hoje
a dica sabática está num espraiamento dos envolvimentos que tivemos — uns mais,
outros menos — com os continuados surpreenderes do jesuítico-franciscano. Passada
já uma novena da bombástica fumaça branca, a fuligem parece assentando. Espera-se
sopros removedores / renovadores.
Trago
comentários de livro que li há mais de cinco anos: A viagem de Théo - Romance das religiões
de Catherine Clement foi, há um tempo , apontado como
o homólogo de O mundo de Sofia. O
que este
representou para a Filosofia ,
aquele significa para
as religiões . Esta resenha a escrevi
originalmente para o extinto sítio ‘Leia Livros’ da Secretaria de Cultura do
Estado de São Paulo.
CLEMENT, Catherine A viagem
de Théo - Romance das religiões . São
Paulo: Companhia das Letras , 1999, 626 p. ISBN 85-7164-819-0
Em A viagem
de Théo, Catherine Clement (foto), uma francesa nascida
em 1939, que
estudou Filosofia e Ciências
Humanas.
Autora de mais de 30 livros traduzidos em 24 idiomas. Hoje mora na África, nos
leva a fazer
uma viagem maravilhosa
pelo Planeta ,
com dois personagens centrais
– Théo e Tia Marthe –para
conhecer as relações
de homens e mulheres
com o sagrado.
Théo
é um jovem
adolescente francês ,
que mora
em Paris, vive com
o pai , a mãe
e duas irmãs e tem uma namorada
senegalesa. Gosta daquilo que os adolescentes
gostam música , computador ,
namorar ; mas também gosta muito de livros
e de estudar sobre
religiões . Repentinamente ,
Theo é acometido de grave e desconhecia enfermidade . Vem em
seu socorro ,
tia Marte . Ela é uma figura
extravagante , quando
jovem casara-se com
um japonês
na Tailândia e cinco anos depois se
separa para tornar-se mulher
de um banqueiro
australiano, do qual depois se torna
uma rica viúva
e uma dama cosmopolita ,
que esbanja vitalidade .
Quem ganha
com isso
são os sobrinhos .
E nesse contexto que
tia Marthe salva
Théo.
A
proposta da tia
é tirar o menino
da cama e lhe
mostrar ao vivo
aquilo que
só vira
nos livros .
Empreendem uma viagem que começa em Jerusalém e segue-se por
muitas outras cidades das quais algumas são
Cairo, Tóquio, Jacarta, Nova York, Roma,
Delfos, Dacar, Moscou, Istambul. Nessas diferentes
estadas , mesmo
que a centralidade seja a religião , a autora vai nos
envolvendo com outras produções culturais locais
e nós leitores
nos tornamos viajores partícipes das emoções de Théo e Marthe. Ocorre que
esta não é apenas
uma grande conhecedora da geografia e da história
dos locais visitados, mas também tem conhecimentos acerca
das diferentes religiões ,
trazendo respostas muito
enriquecedoras às continuadas interrogações do sobrinho .
Identifiquei uma semelhança ao estilo do blog do Mestre Chassot, em suas sendas sempre nos traz algo de curioso e novo do local visitado.Quanto ao tema do livro, já disse Seneca que "o homem é o único animal com consciência de finitude", daí a necessidade que temos de acreditar em algo que nos dê uma esperança de eternidade.Interessante que diante deste comentário muitos retorquiram alegando que os elefantes seguem para um lugar específico quando sentem que vão morrer, ou que os bois no matadouro entoam um lamento de despedida com mugidos tristes. Eu lembraria ainda "O canto do cisne" expressão muito usada na medicina que classifica aquele doente muito grave que tem um melhora repentina se despede da familia e morre. Essa expressão tem origem no fato de que os cisnes não emitem som algum durante sua existência, só emitindo um triste canto antes de morrer. Porém tais explicações não contradizem Seneca, pois é diferente saber que vai morrer, e nascer com a consciência de que a vida tem início, meio e fim, esta é apenas inerente ao homem.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirProselitista, professor, bom cristão
Dica Chassot uma vez mais no sabadão
Promessa de leitura
Rescendendo cultura
Bom livro desta vez sobre religião.