.
Neste
primeiro sábado de março a usual dica de leitura se transmuta. Ela se faz com
um convite.
O
vídeo www.l3.ulg.ac.be/adichie/
exibe a parte inicial de uma palestra ministrada pela romancista nigeriana Chimamanda
Adichie, nascida em 1997. Filha de um professor de Estatística da University of
Nigeria e sua mãe a primeira mulher que integrou os quadros dessa instituição.
Considerada
pela crítica como um dos nomes mais importantes da nova geração de autores de
seu país, seus livros retratam a vida de seu povo, as misérias da guerra, a
opressão vivida pelas mulheres daquela sociedade, de hoje e de ontem. Assume
que sua obra desempenha um papel político, pois “se varrermos o passado para
debaixo do tapete, nós não apenas corremos
o risco de repetir a história, mas
também de sermos míope sobre o nosso presente”.
Esse
papel político se estende para o trabalho que atualmente realiza em diferentes
lugares de seu país através de oficinas de escrita, que funcionam como um
estímulo para aqueles que se interessam em adentrar o mundo da literatura.
Ao
longo de sua trajetória de escritora recebeu inúmeros prêmios literários e esse
reconhecimento a tem levado a trabalhar em universidades estadounidenses de
renome. Sua página http://www.l3.ulg.ac.be/adichie/ é rica em detalhes sobre
sua vida e de sua obra, que inclui dois livros traduzidos para o português:
Autor:
ADICHIE, CHIMAMANDA NGOZI
Tradutor: ROMEU,
JULIA
Idioma:
PORTUGUES
Editora:
COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: ROMANCE
ESTRANGEIRA
MEIO SOL AMARELO
Autor:
ADICHIE, CHIMAMANDA NGOZI
Tradutor:
VIEIRA, BETH
Idioma:
PORTUGUES
Editora:
COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: ROMANCE
ESTRANGEIRO
No
vídeo Chimamanda apresenta-se como uma
“contadora de histórias” e narra episódios de sua vida ocorridos em
tempos-espaços muito distintos: em seu tempo de criança, quando de seus
primeiros escritos, de sua experiência como estudante estrangeira nos Estados
Unidos... Pouco a pouco, percebe-se que
a narrativa “bem humorada”, em muitos momentos interrompida por risos de seus
ouvintes, em muitas passagens comovente, serve-se desses episódios para dizer
do “perigo de uma história única”, quer seja de uma pessoa, de um povo, de um país... o que nos leva a
pensar, também, no perigo de construir uma história única em nossas
pesquisas... simplificando, através dessa unicidade, a complexidade — e riqueza
— do mundo pesquisado.
Com
votos de um sábado fruído, o convie para se encantarem com Chimamanda Adichie
em www.l3.ulg.ac.be/adichie/
Limerique
ResponderExcluirDevolve à sociedade Chimamanda
O que esta, repressora, demanda
Seus livros são sendeiro
Que conduzem a outeiro
Onde vemos o mundo como anda.
A dica sabática é extremamente lúdica. Me relembrou uma blogada passada na qual o Mestre comenta exatamente um fato curioso citado pela escritora. A crítica dela refere-se ao detalhe de nos referirmos muitas vezes a África como um pais. Já a do Mestre Chassot, se não me falha a memória, chamáva-nos a atenção da referência "americano" ser usada geralmente ao estadunidense do norte. Voltando a jovem escritora, exemplo da mulher do século XXI, bonita, decidida e culta.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Eu gostaria de saber como faço a referência desse vídeo.
ResponderExcluirObrigada
Citando a página de Chimamanda Ngozi Adichie
ResponderExcluirhttp://www.l3.ulg.ac.be/adichie/images/adichie_title.jpg
Devo fazer a referência em uma resenha.
ResponderExcluirPreciso saber aonde foi gravado.
Por enquanto ela está assim: ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo da história única. Julho de 2009.
Desculpe o incômodo, mas se puder ajudar será muito útil. Obrigada