A
meia noite se avizinha. Mais um pouco soarão as 12 badaladas. A Cinderela, em
fuga, segura, com uma mão, o rodado de seu vestido para não cair na longa escadaria
ao deixar o baile e com outra perde um dos sapatos que descalçara para ser mais
ágil.
E
eu não tenho nada pronto para o blogue.
Parecia
um começo poético. Só que não vingou, dirá alguém. O cansaço me
vence e me joga às cordas. A meia noite passa. A carruagem não vira abobora.
Os
leitores não hão de aceitar explicações: o editor foi vencido e não tinha o que
escrever. É preciso publicar algo. Contar do dia. Aceitemos que o blogue pode
às vezes ser um ‘diário de mestre escola’.
Poderia
contar que de repente, na meia tarde, chegaram os ventos de finados. As plantas
foram desvestidas. O chão toldou-se de folhas. Estas invadiram a casa.
Faltava
assunto para escrever e pior faltava internet para postar um escrito que poderia
surgir de um possível embrião. Não ter internet pode brochar o escritor. Absolve-o
de não ter nada publicar. Não é ele o culpado.
Isso
se parece com algo que hoje é corriqueiro em nosso cotidiano. Desculpe. Não podemos
marcar sua passagem... o sistema está
fora do ar. Os voos não podem decolar...
o sistema está fora do ar. Seu pagamento não pode ser concretizado... o sistema está fora do ar.
Boa
noite, o blogue não pode ser postado hoje... o sistema está fora do ar. Talvez pela manhã, se não tiver tanto
vento, pois agora... o sistema está fora
do ar.
Esta manhã
mensagem assim: [...] e fui direto ao blog, para te ler.
Então, vem a preocupação a edição de quarta-feira não estar no ar. Tomara que
seja mesmo só uma pre-ocupação.
Permito-me o assinte de discorrer sobre o ocorrido. Na realidade o Mestre peca pela excelência, pela vontade de ofertar o melhor aos seus leitores. E nessa busca seu senso crítico é severo. Não vê que suas meditações, como homem sábio, já são mais do que suficientes para suprir qualquer assunto.Lembro-me de expor uma de suas idéias em certa ocasião em sala de aula no intervalo. Em menos de cinco minutos toda sala ardia em ávido debate. Passei a meditar e me veio a conclusão; basta uma boa semente e a colheita é farta.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge