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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

20.- UMA SEGUNDA-FEIRA PÓS-AMAZÔNIA


Ano 7*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2210
O domingo se esvaía quando encerrava uma viagem de quase 24 horas, iniciada com a partida de Parintins na abertura do domingo, uma estada em Manaus de cerca de 12 horas, seguida de uma viagem à Campinas, de onde depois de duas horas parti para Porto Alegre.
Na estada em Manaus, vivi uma experiência diferente. Ao invés do ambiente asséptico de hotel frui da generosidade da família do colega e amigo Eduardo Segura, que me acolheu em sua casa. Esta acolhida não se resumiu em dar um pouso com banho e cama confortáveis. Teve marcas de continuadas generosidades iniciadas com a espera no aeroporto na madrugada e encerradas com a trazida ao aeroporto na hora do meio-dia.

Pela manhã com a Elsa e com o Pedro, o Eduardo levou-me a algo que se diz ser típico, já há mais de um quarto de século entre os manauaras: o café regional. Este é uma versão recontextualizada do badalado café colonial, da serra gaúcha. Esta comilança sulina já critiquei muitas vezes, especialmente quando faço a palestra “Para formar jardineiros para cuidar do Planeta”. Meus argumentos vão deste o esbanjamento de alimentos que ocorre em um país onde tanta gente tem fome até não refletir nada o dito ‘café dos colonos’ quando iam as lides agrícolas.
O café regional amazônida, mesmo que também tenha variedades que os caboclos ribeirinhos jamais comeram, parece ter mais sentido, pois se traduz num grande momento de confraternização familiar aos sábados e domingos quando se faz o dejejum em conjunto. Há inclusive aqueles que vão a este ágape depois dos ofícios religiosos, não se traduzindo em algo para turista ver.
Eu pude provar, entre dezenas de variedades, alguns manjares típicos como sanduíche de tucumam, bolo de macaxeira, tapioca com queijo e castanha, mingaus de tapioca, mingau de banana e de canjica, cará rosa, milho, banana frita e uma gama de diferentes sucos.
O preço por pessoa é de R$ 22,00, com uma multa que incide sobre sobras. A propósito de preços cabe um registros: Manaus tem os preços mais caros de hotéis do Brasil e um restaurante de self-service, nada sofisticado, onde almoçamos antes de viajar, tem o preço do quilo de alimentos na ordem de R$ 50,00; os taxi são caros: por exemplo do aeroporto a cidade o custo é cerca de 80 reais.
Nas minhas horas em Manaus tive um sumarento diálogo com o Eduardo, o filósofo. Aprendo sempre com ele e nas terceira vez, em menos de um ano, não foi diferente. A fala que tenho na semana que vem na Feira do Livro em Santa Cruz do Sul se adensou. Desenhamos um artigo que queremos produzir juntos.
Esta conversação foi entremeada por uma visita: a Ana Cláudia Maquiné. Que não pode estar comigo nas duas atividades de quinta-feira, veio para um oizinho, muito atencioso.
E a blogada desta segunda-feira se teceu com o registros destes diários amazônicos, quando ainda tenho duas visitas a região este ano: outubro (Manaus) e novembro (Boa Vista).
Um posfácio relevante: Nas duas horas que fiquei em Campinas, falei pela primeira vez, por Skipe, com a Gelsa em Aalborg, na Dinamarca. Onde ela estará pelos próximos 100 dias. Chegar há não muito em Porto Alegre, fez a saudade ser maior.

4 comentários:

  1. Caro Chassot,
    o teu retorno de Paritins foi, de fato, uma viagem. Interessante esse costume do Café Regional: também considero um despropósito os cafés coloniais servidos na nossa serra gaúcha. Levei minha nora (que não conhecia a iguaria) com meu filho, em janeiro e ela ficou tão impressionada que fotografou tudo e colocou nas rede sociais. Na minha Igreja temos uma versão desse Café Colonial, mas é servido na forma de buffet para evitar o desperdício.
    Um abraço,

    Garin

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  2. Mestre Attico nas suas sendas educacionais observa-se que tambem que o professor forma uma grande família. Minha mãe procuradora federal aposentada, advogada, psicóloga nos seus noventa anos com muita lucidez lhe manda um justo elogio ao terminar a leitura do seu : "A ciencia é masculina? É sim senhora"

    abraços

    Antonio Jorge

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  3. Limerique

    Retornou o"Globbe Trotter" à estância
    Cumprido o périplo, a grande errância
    Viagem de grande porte
    Que o levou ao norte
    Onde usufruiu costumes com elegância.

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  4. Que bom professor tê-lo em Manaus! Seja sempre bem-vindo!

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