Ano
7*** PARINTINS *** Edição 2207
Cheguei há não muito a Parintins em voo procedente de Manaus, que durou um pouco mais de uma hora. Mas, a vida não é monótona: pela primeira vez usei máscara defensiva a gases resultante de combustão. Ao chegarmos ao aeroporto Eduardo Gomes, de Manaus, este estava interditado: houve um incêndio em uma loja. Ao sermos admitidos, havia, ainda, risco de intoxicação. Ao fim terminamos partindo no horário previsto, mas sem possibilidade de consumo de qualquer alimento pois as lojas permaneciam fechadas.
Minha quinta-feira manauara foi plena e transcorreu como a agenda desenhada aqui ontem. Vale evoca-la.
Adito ao prognosticado ontem, os muitos acarinhamentos recebidos. Estes podem ser traduzidos na acolhida no aeroporto na madrugada oferecida pelo professor Augusto Fachín Terán, coordenador Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia e pelo seu filho Dani. Os atentos colegas que cuidavam de atentamente me transportar aos eventos. Os autógrafos nos livros — obrigado Aldalúcia, mais uma vez minha competente livreira, que reduziu em muito o volume de livros.
Minha quinta-feira manauara foi plena e transcorreu como a agenda desenhada aqui ontem. Vale evoca-la.
Adito ao prognosticado ontem, os muitos acarinhamentos recebidos. Estes podem ser traduzidos na acolhida no aeroporto na madrugada oferecida pelo professor Augusto Fachín Terán, coordenador Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia e pelo seu filho Dani. Os atentos colegas que cuidavam de atentamente me transportar aos eventos. Os autógrafos nos livros — obrigado Aldalúcia, mais uma vez minha competente livreira, que reduziu em muito o volume de livros.
No registro imagético, com fotos de
Hileia Maciel, uma frase do encerramento da fala da mestranda, que na outra
foto aparece comigo.
A palestra da tarde — co-promoção do PPG em
Educação e Ensino de Ciências na Amazônia e da Rede Amazônica de Educação em
Ciências e Matemática – REAMEC foi sucesso, pelo menos de público.
Minha
sexta-feira em Parintins terá três tempos: manhã e tarde duas bancas e noite
uma palestra para um público mais amplo: “A Ciência como instrumento de leitura
para explicar as transformações da natureza”
Nas duas defesas fazem parte comigo da banca examinadora os professores doutores: Augusto
Fachín Terán – Orientador; e Evelyn Lauria Noronha
Pela manhã o mestrando David Xavier da Silva, aluno do Programa de
Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia, no Auditório do
Centro de Estudos Superiores de Parintins faz a defesa de dissertação com o
tema: “Educação Científica a partir de
atividades de conservação de quelônios amazônicos em comunidades ribeirinhas do
baixo Amazonas”.
Davi se
reporta em sua dissertação a projetos de conservação sobre quelônios amazônicos
vêm sendo realizados na Amazônia desde a década de 70. Este esforço de
conservação tem apresentado resultados positivos no que se refere à proteção
das praias de desova dos quelônios e sucesso na eclosão e devolução dos
filhotes para o seu ambiente natural; entretanto, não se conhece o impacto do
projeto na educação científica dos estudantes participantes. Para tanto o
problema de pesquisa foi buscar saber qual é a influência do projeto
“Pé-de-Pincha” na educação científica dos estudantes das séries iniciais das
escolas municipais de três comunidades no município da Parintins – AM. A
pesquisa que envolveu 58 pessoas das quais: 48 alunos, 04 professores, 03
coordenadores de projeto e 03 comunitários evidencio o quanto moradores das
Comunidades ribeirinhas de Aninga, Parananema e Macurany envolvem-se na luta e
resistência na defesa dos quelônios amazônicos, construindo sua trajetória na
busca de uma educação plena como condição de vida, com a ciência e seus benefícios
a serviços dos homens e mulheres moradores da floresta.
À tarde o mestrando João Marinho da Rocha, aluno do
mesmo Programa, no mesmo local defende a dissertação com o tema: “Programa de manejo de quelônios amazônicos
“pé-de-pincha”: Articulando a Alfabetização científica em Comunidades Rurais do
Baixo Amazonas”.
João Marinho
mostra em sua dissertação que, historicamente a região amazônica foi marcada
por processos de diálogos violentos nas ações que exploraram e usufruíram de
seus recursos naturais. Atualmente, no entanto, existem iniciativas que de fato
demonstram que as populações locais também olham para o mundo e dizem o que, e
o como veem seu mundo, auxiliam no cuidado e usufruto de seus recursos. Uma
dessas iniciativas é o programa “pé-de-pincha” que promove o manejo de
quelônios amazônicos em parceria com Comunidades, Escolas e a Universidade
Federal do Amazonas – UFAM no Baixo Amazonas. Em sua dissertação ele mostra
como esse diálogo vem auxiliando processos de Alfabetização Científica nos sujeitos
que participam das ações desse programa. Utilizando-se de recursos como
observação participante e entrevistas, em séries iniciais de três escolas das
comunidades de Nossa Senhora de Nazaré do Lago do Zé-Açú, Nossa Senhora
Aparecida do Miriti e São Sebastião do Lago do Máximo que deram o suporte
necessário para realizar este estudo por meio de sujeitos como: os agentes de
praia, professores e os alunos e do 4º e 5º anos das séries iniciais. As
análises de seus relatos apontam para uma enorme sensibilidade sobre o manejo,
suas relações com a vida comunitária e, sobretudo com ações educativas a partir
de espaços não formais de educação, gerados pela ação comunitária de lidar com
os recursos amazônicos. Sinalizam-se com isso, indicativos de Alfabetização Científica
em comunidades rurais amazônicas, não apenas a partir de dentro da escola, mas
dos inúmeros espaços não formais comunitários e das vivências cotidianas dos
homens e mulheres desses ambientes amazônicos.
Caro Mestre Chassot, ratifico comentário anterior de que sua próxima obra deveria ser chamada de "Pelo Mundo", pois estas sendas adquirem um aspecto mágico e lúdico. Quanto ao trabalho na amazônia acredito que a conscientização da proteção à Gaia só virá pela educação.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge.
Limerique
ResponderExcluirEm Manaus Chassot abduzido foi
A Parintins para dizer um oi
"Caprichoso" por ter ido
Com retorno "Garantido"
Afinal aportou na terra do Boi.
Caro Chassot,
ResponderExcluirbonito ver que esse pessoal do norte está bem engajado com a causa ambiental. As abundantes águas não são mais apenas ambiente de exploração, mas de cuidados.
Forte abraço desde Porto Alegre com 30º C em pleno agosto.
Garin