Ano
7*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2210
O domingo se esvaía
quando encerrava uma viagem de quase 24 horas, iniciada com a partida de
Parintins na abertura do domingo, uma estada em Manaus de cerca de 12 horas, seguida
de uma viagem à Campinas, de onde depois de duas horas parti para Porto Alegre.
Na estada em
Manaus, vivi uma experiência diferente. Ao invés do ambiente asséptico de hotel
frui da generosidade da família do colega e amigo Eduardo Segura, que me
acolheu em sua casa. Esta acolhida não se resumiu em dar um pouso com banho e
cama confortáveis. Teve marcas de continuadas generosidades iniciadas com a
espera no aeroporto na madrugada e encerradas com a trazida ao aeroporto na
hora do meio-dia.
Pela manhã com
a Elsa e com o Pedro, o Eduardo levou-me a algo que se diz ser típico, já há
mais de um quarto de século entre os manauaras: o café regional. Este é uma
versão recontextualizada do badalado café colonial, da serra gaúcha. Esta
comilança sulina já critiquei muitas vezes, especialmente quando faço a
palestra “Para formar jardineiros para cuidar do Planeta”. Meus argumentos vão
deste o esbanjamento de alimentos que ocorre em um país onde tanta gente tem
fome até não refletir nada o dito ‘café dos colonos’ quando iam as lides agrícolas.
O café
regional amazônida, mesmo que também tenha variedades que os caboclos
ribeirinhos jamais comeram, parece ter mais sentido, pois se traduz num grande
momento de confraternização familiar aos sábados e domingos quando se faz o
dejejum em conjunto. Há inclusive aqueles que vão a este ágape depois dos
ofícios religiosos, não se traduzindo em algo para turista ver.
Eu pude
provar, entre dezenas de variedades, alguns manjares típicos como sanduíche de
tucumam, bolo de macaxeira, tapioca com queijo e castanha, mingaus de tapioca,
mingau de banana e de canjica, cará rosa, milho, banana frita e uma gama de
diferentes sucos.
O preço por
pessoa é de R$ 22,00, com uma multa que incide sobre sobras. A propósito de
preços cabe um registros: Manaus tem os preços mais caros de hotéis do Brasil e
um restaurante de self-service, nada sofisticado, onde almoçamos antes de
viajar, tem o preço do quilo de alimentos na ordem de R$ 50,00; os taxi são
caros: por exemplo do aeroporto a cidade o custo é cerca de 80 reais.
Nas minhas
horas em Manaus tive um sumarento diálogo com o Eduardo, o filósofo. Aprendo
sempre com ele e nas terceira vez, em menos de um ano, não foi diferente. A
fala que tenho na semana que vem na Feira do Livro em Santa Cruz do Sul se
adensou. Desenhamos um artigo que queremos produzir juntos.
Esta
conversação foi entremeada por uma visita: a Ana Cláudia Maquiné. Que não pode
estar comigo nas duas atividades de quinta-feira, veio para um oizinho, muito
atencioso.
E a blogada
desta segunda-feira se teceu com o registros destes diários amazônicos, quando
ainda tenho duas visitas a região este ano: outubro (Manaus) e novembro (Boa
Vista).
Um posfácio
relevante: Nas duas horas que fiquei em Campinas, falei pela primeira vez, por
Skipe, com a Gelsa em Aalborg, na Dinamarca. Onde ela estará pelos próximos 100
dias. Chegar há não muito em Porto Alegre, fez a saudade ser maior.
Caro Chassot,
ResponderExcluiro teu retorno de Paritins foi, de fato, uma viagem. Interessante esse costume do Café Regional: também considero um despropósito os cafés coloniais servidos na nossa serra gaúcha. Levei minha nora (que não conhecia a iguaria) com meu filho, em janeiro e ela ficou tão impressionada que fotografou tudo e colocou nas rede sociais. Na minha Igreja temos uma versão desse Café Colonial, mas é servido na forma de buffet para evitar o desperdício.
Um abraço,
Garin
Mestre Attico nas suas sendas educacionais observa-se que tambem que o professor forma uma grande família. Minha mãe procuradora federal aposentada, advogada, psicóloga nos seus noventa anos com muita lucidez lhe manda um justo elogio ao terminar a leitura do seu : "A ciencia é masculina? É sim senhora"
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirRetornou o"Globbe Trotter" à estância
Cumprido o périplo, a grande errância
Viagem de grande porte
Que o levou ao norte
Onde usufruiu costumes com elegância.
Que bom professor tê-lo em Manaus! Seja sempre bem-vindo!
ResponderExcluir