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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

06.- ADVERTÊNCIAS EM MAÇOS DE CIGARROS


Ano 7***  Porto Alegre   ***Edição 2196
Nesta primeira segunda-feira de agosto, quando o segundo semestre letivo já inicia sua segunda semana, notícia colhida em jornal na última sexta-feira, catalisa comentário relacionado às lides acadêmicas.
Em disciplina de ‘Iniciação à Pesquisa’ em cursos de graduação, há uma usual insistência acerca da importância primordial da definição de um ‘Problema de Pesquisa’ e do quanto este deve ser adequadamente sintetizado em relevante ‘Questão de Pesquisa’.
Nesta busca se insiste do quanto este Problema deve ser algo que esteja instigando o pesquisador e do quanto o mesmo deve ser algo que este desconheça a resposta. O que não significa que não possa ter hipóteses acerca de possíveis respostas.
Quando faço esta iniciação, ao me referir a interrogações que temos e não sabemos resposta, em mais de uma oportunidade já referi: “Se desejo saber o quanto, as advertências apostas nos maços de cigarro inibem o hábito de fumar, preciso perguntar a fumantes”.
Eu, particularmente, quando vejo algumas figuras dantescas, pergunto-me como o dependente de nicotina, que pelo menos vinte vezes depara com esta figura no consumo de um maço de cigarro, reage. Pois uma notícia de jornal me responde um pouco a minha curiosidade.
Imagens agressivas que ocupam os maços de cigarros funcionam e podem ajudar o fumante a largar o vício, aponta uma pesquisa do Projeto Internacional de Avaliação de Políticas de Controle do Tabaco, feita no Uruguai. Naquele país, as fotos de advertência — que ocupam até 80% da embalagem, frente e verso, e são as maiores do mundo — foram eficazes em aumentar a conscientização dos riscos do tabagismo.
A pesquisa foi feita no país em três etapas, entre 2006 e 2011. Segundo o relatório da entidade internacional, o aumento do tamanho das imagens, em 2009, aumentou a probabilidade de os fumantes afirmarem que as fotos os faziam pensar sobre os riscos do tabagismo à saúde e em largar o cigarro.
Mais pessoas também citaram as imagens como motivo para abandonar o vício depois da mudança nos maços — de 21,6% para 32,4%.
A medida faz parte de um plano de ação colocado em prática no Uruguai que inclui a proibição do fumo em lugares públicos fechados e de publicidade de cigarros, além do aumento dos impostos.

3 comentários:

  1. Concordo plenamente. Aproveito e faço aqui uma crítica. Enquanto o governo promover campanhas de prevenção a SIDA (AIDS) com comerciais de festinhas, abordando o tema de forma branda, nunca surtirá o efeito pretendido. Eu como profissional da saúde que fui durante vinte e cinco anos, vi muitas pessoas iniciarem tratamento mas mesmo assim terem suas vidas ceifadas definhando como uma planta sem agua. Hoje em dia o tratamento evoluiu e a sobrevida é maior,mas mesmo assim a moléstia é mortal.

    Abraços

    Antonio Jorge

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  2. Limerique

    Existe o fumante que as vezes tenta
    E aquele que sem fumar não aguenta
    Continuam fumando
    Se suicidando
    Ambos condenados a uma morte lenta.

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  3. Caro Chassot,
    lembro do tempo em que o desestímulo ao fumo era uma tarefa solitária das Igrejas evangélicas (algumas). As advertências era recebidas como pieguice e a maioria, mesmos entre os evangélicos, não dava bola. Hoje se compreende como um assunto de Economia Nacional: tu e eu, não fumantes, com nossos impostos estamos subsidiando o tratamento dos atingidos por essas enfermidades.
    Um abraço,

    Garin

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