Ano 7*** Porto Alegre
***Edição 2196
Nesta primeira
segunda-feira de agosto, quando o segundo semestre letivo já inicia sua segunda
semana, notícia colhida em jornal na última sexta-feira, catalisa comentário
relacionado às lides acadêmicas.
Em disciplina
de ‘Iniciação à Pesquisa’ em cursos
de graduação, há uma usual insistência acerca da importância primordial da
definição de um ‘Problema de Pesquisa’
e do quanto este deve ser adequadamente sintetizado em relevante ‘Questão de Pesquisa’.
Nesta busca se
insiste do quanto este Problema deve
ser algo que esteja instigando o pesquisador e do quanto o mesmo deve ser algo
que este desconheça a resposta. O que não significa que não possa ter hipóteses
acerca de possíveis respostas.
Quando faço
esta iniciação, ao me referir a interrogações que temos e não sabemos resposta,
em mais de uma oportunidade já referi: “Se desejo saber o quanto, as advertências
apostas nos maços de cigarro inibem o hábito de fumar, preciso perguntar a
fumantes”.
Eu,
particularmente, quando vejo algumas figuras dantescas, pergunto-me como o
dependente de nicotina, que pelo menos vinte vezes depara com esta figura no
consumo de um maço de cigarro, reage. Pois uma notícia de jornal me responde um
pouco a minha curiosidade.
Imagens agressivas que ocupam os maços de cigarros funcionam e
podem ajudar o fumante a largar o vício, aponta uma pesquisa do Projeto
Internacional de Avaliação de Políticas de Controle do Tabaco, feita no
Uruguai. Naquele país, as fotos de advertência — que ocupam até 80% da
embalagem, frente e verso, e são as maiores do mundo — foram eficazes em
aumentar a conscientização dos riscos do tabagismo.
A pesquisa foi feita no país em três etapas, entre 2006 e 2011.
Segundo o relatório da entidade internacional, o aumento do tamanho das
imagens, em 2009, aumentou a probabilidade de os fumantes afirmarem que as
fotos os faziam pensar sobre os riscos do tabagismo à saúde e em largar o
cigarro.
Mais pessoas também citaram as imagens como motivo para abandonar
o vício depois da mudança nos maços — de 21,6% para 32,4%.
A medida faz parte de um plano de ação colocado em prática no
Uruguai que inclui a proibição do fumo em lugares públicos fechados e de
publicidade de cigarros, além do aumento dos impostos.
Concordo plenamente. Aproveito e faço aqui uma crítica. Enquanto o governo promover campanhas de prevenção a SIDA (AIDS) com comerciais de festinhas, abordando o tema de forma branda, nunca surtirá o efeito pretendido. Eu como profissional da saúde que fui durante vinte e cinco anos, vi muitas pessoas iniciarem tratamento mas mesmo assim terem suas vidas ceifadas definhando como uma planta sem agua. Hoje em dia o tratamento evoluiu e a sobrevida é maior,mas mesmo assim a moléstia é mortal.
ResponderExcluirAbraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirExiste o fumante que as vezes tenta
E aquele que sem fumar não aguenta
Continuam fumando
Se suicidando
Ambos condenados a uma morte lenta.
Caro Chassot,
ResponderExcluirlembro do tempo em que o desestímulo ao fumo era uma tarefa solitária das Igrejas evangélicas (algumas). As advertências era recebidas como pieguice e a maioria, mesmos entre os evangélicos, não dava bola. Hoje se compreende como um assunto de Economia Nacional: tu e eu, não fumantes, com nossos impostos estamos subsidiando o tratamento dos atingidos por essas enfermidades.
Um abraço,
Garin