Ano 7***
Porto Alegre *** Edição 2199
Nesta quinta-feira,
quando for ainda madrugada, estarei partindo de Porto Alegre para o Rio de
Janeiro. Ao chegar ao Galeão, pelas 8 horas, devo logo cruzar a Guanabara para
ir a Niterói, onde no final da manhã tenho uma fala na Universidade Federal
Fluminense.
Minha
participação na XXIII Semana Acadêmica
da Química e no IV Encontro Anual de Alunos de Pós-Graduação em Química da UFF tem
uma forte torcida — pensamento mágico — para que não haja a usual neblina nas
manhãs invernosas no Salgado Filho.
No ano passado participei dos mesmos dois eventos apresentando a palestra
“A Ciência é masculina?”; o convite
para hoje é que discuta “Das disciplinas
à indisciplina: um caminho inverso para a leitura do mundo natural”. Também
por ser um convite bisado, a expectativa desta fala aumenta.
Ontem, a quarta-feira foi vivida na preparação da apresentação da UFF e
de outros textos. Mas, especialmente, por estar com sérios problemas
operacionais no meu notebook — que parece pedir jubilação — vou hoje
acomodar-me na sugestão do leitor que ontem me pediu para apresentar algo mais
de um prefácio muito especial que estou escrevendo.
Assim com a indulgência de meus leitores às lamurias, trago mais alguns
excertos. Repito o assunto, mas não o texto.
As
exigentes não-rotinas nos fazem a cada dia neo-aprendentes. É deste constante
(re)iniciar que a Marilisa e o Leandro acenam na sua abertura do livro.
Isso
aparece fortemente quando se fazem autores dos textos pesquisadores da área de Ensino de Biologia que atuam na
graduação, na pós-graduação, na Educação Básica e recém-licenciados. Esse amplo
espectro na formação profissional dos autores garante uma tessitura muito
variada aos textos que se tramam para fazer o livro Docência: um continuado
(re)iniciar.
Quando redijo esse texto, não posso me furtar
em imaginar-te – e permita-me, leitor / leitora acidental desse prefácio, ser
redundante e recordar que imaginar é
fazer imagens – algo que para mim é dos fazeres mais gratificantes:
garimpar, sem conhecer relógio, livros em uma livraria ou em uma biblioteca. Atividade
que sonhamos não se perca em tempos de e-books – não tão sucedidos quanto foram
badalados – ou de compras internéticas – sem a lubricidade oferecida por uma
livraria ou um sebo não-virtuais. Aliás, é em uma situação de (in)decisão pela
eleição de um livro, amável leitor / leitora, que imagino o cenário onde serão
um dia lidas essas linhas, que ouso chamar de aperitivo. Vejo-te como um leitor
em potencial que ora folheia ‘Docência: um continuado (re)iniciar’ em uma livraria ou em biblioteca.
Talvez vivas a indecisão compro/não compro ou leio/não leio este livro. Chegas
aqui e me encontras a conjecturar sobre o mesmo. Claro que podes bem imaginar a
direção que vou dar a esse texto. Já acenei que meu propósito neste texto é
capturar-te.
Vou
executar essa epifania em três movimentos. Eles se farão num crescendo – e aqui uso a acepção de uma
composição musical – do macro ao micro. Assim, no primeiro movimento visito o
lócus de gestação da obra, em um segundo entram em cena os organizadores do
livro, para finalizar há um convite para a mirada dos autores e dos nove textos
amealhados neste livro.
Caro mestre Chassot é com muita alegria que recebo a notícia que nos dará a honra de te-lo em nossa Niterói, tão massacrada pelo caos do abandono político, pelo menos terá este privilégio. Recordo-me tambem que a partir da palestra anterior que tive o primeiro contato com sua obra. Bem Vindo a Niterói!
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirChassot, prefaciador sagaz, ativo
Convence o leitor dando-lhe motivo
Como anfitrião
Serve-o no balcão
Atraente, vistoso aperitivo.
Caro Chassot,
ResponderExcluirmeus votos de que tenha uma ótima estada em Niterói e que as tuas falas por lá sejam bem acolhidas; também desejo que possas dar muitos autógrafos.
Um abraço,
Garin
Bem-vindo ao Rio, prezado amigo!
ResponderExcluirEspero que a conturbada greve dos Policiais Rodoviários Federais não o atrase para seu compromisso, travando a Ponte Rio-Niterói.
Muita paz!