Ano
7*** PORTO ALEGRE Morada dos Afagos ***Edição 2029
Ontem,
à hora que uma vez se dizia ser aquela que os ponteiros perfilados apontam para
infinito (hoje os relógios digitais registram com menos poesia 18:00) descia
pela última vez (este ano) o morro milenar do IPA rumo a minha casa. Nestes 6,5
anos de Centro Universitário Metodista IPA, estas descidas foram bons momentos
de reflexões. Talvez, se farão saudades.
Então,
pensava: Por que lemos jornais
(ouvimos rádio / vemos televisão)?
Por que estamos conectados ao mundo? Certamente não é para sofrermos, como
ocorreu na sexta-feira com as notícias (ainda controvertidas) de Newton! Mas há
notícias boas que nos confortam. Ontem, no caderno Cotidiano da Folha de S.
Paulo, li a notícia que transcrevo. Ela podia chamar-se ‘notícia-esperança’.
Usando
apenas seus pensamentos, uma mulher tetraplégica conseguiu controlar um
braço-robô com aquela que é considerada a prótese de mão mais avançada já
desenvolvida e testada.
Segundo
os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, o dispositivo permite
um "grau de controle e liberdade de movimentos" que nunca havia sido
atingido com esse tipo de prótese. Eles dizem que o aparelho tem amplitude e
variedade de movimentos similares aos de uma mão natural.
O
braço-robô foi testado por uma voluntária de 52 anos, que há 13 foi
diagnosticada com degeneração espinocerebelar, que a fez perder os movimentos
do pescoço para baixo.
Os
cientistas fizeram uma cirurgia para a implantação de eletrodos conectados ao
córtex motor, área ligada aos movimentos, da paciente. Depois de duas semanas,
eles começaram uma espécie de fase de treinamento de estimulação para que ela
pudesse operar a prótese.
O
braço mecânico ficou próximo à cadeira de rodas da paciente. Mas, a rigor, ele
poderia também estar fisicamente distante.
O
treinamento durou 13 semanas, mas a voluntária já foi capaz de executar
livremente movimentos em três dimensões já no segundo dia de testes com o
braço-robô. Na décima terceira semana, ela já conseguia fazer tarefas bem mais
complexas, como empilhar objetos.
"O
grande diferencial desse trabalho é a variedade e a complexidade dos movimentos
alcançados pela voluntária", avalia Daniel Rubio, fisiatra e diretor
clínico da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, unidade Morumbi.
"A
mão humana tem muitas complexidades. Conseguir afinar todas essas capacidades
com os impulsos elétricos é o grande desafio".
Andrew
Schwartz, professor da Universidade de Pittsburgh e autor principal do
trabalho, publicado hoje na revista especializada "Lancet", destacou
sua metodologia.
"A
maioria das próteses controladas pela mente atingiram seus objetivos usando um
algoritmo que envolve o trabalho de uma 'biblioteca' complexa de conexões entre
o computador e o cérebro. No entanto, nós tentamos uma abordagem completamente
diferente", explica.
"Usamos
um algoritmo de computador baseado em um modelo que mimetiza de maneira muito
próxima o jeito como um cérebro intacto controla o movimento do membro. O
resultado é uma prótese de mão que pode ser movida de forma bem mais acurada e
natural do que em esforços anteriores", conclui.
O
tratamento ainda está em fase experimental, mas os cientistas já pensam na próxima
etapa: eles querem que a prótese tenha alguma resposta sensorial, como ao calor
ou ao frio.
Apesar de vivermos a era do capital, do lucro imediato, do quem ganha mais, existem esforços na ciência para minorar as dificuldades humanas.
ResponderExcluirPorém mesmo assim ainda há um abismo muito grande entre estas inovações e a população carente. Pensar em um mundo mágico e justo ainda é utópico.
De uns poucos anos pra cá convivemos com uma endemia de fungos, abafada convenientemente pelos nossos governantes. A Fundação Oswaldo Cruz pioneiramente partiu a frente do controle e passou a tratar a população carente com antifúngicos o que deu a população enferma uma sobrevida saudável. São farmácos caros totalmente inacessíveis ao povo. Frequentemente nossas autoridades do governo não provem de recursos a farmácia dessa instituição fazendo com que a população fiquem sem acesso ao medicamento vital, levando muitos a óbito.
Essa é a triste realidade.
Abraços
Antonio Jorge
Caro Chassot,
ResponderExcluirtemos, aqui no Brasil, um importante centro nesta área, sediado em Natal e dirigido pelo Nicolelis.
Inclusive existe um projeto interessante: fazer com que o chute inicial da Copa de 2014 seja dado por um tetraplégico. Aqui em Recife estudantes de escola pública estão produzindo exoesqueletos robóticos de baixo custo (menos de dois mil reais cada um), que permitem a locomoção de paralíticos.
Certamente a tecnologia será uma ferramenta que nos auxiliará nestas tarefas, com o inconveniente de aumentar a profundidade do fosso entre a pobreza e quem domina a tecnologia.
Grande abraço,
Paulo Marcelo
Limerique
ResponderExcluirEsse possível feliz casamento
Da fria máquina com pensamento
Dá a justa medida
De como será a vida
Onde a ciência é um portento.