Ano
7*** WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR
***Edição 2022
Na
evocação do aniversário de uma das fotografias mais importante, a edição desta segunda-feira
se tece com o texto A frágil Esfera Azul
de Marcelo Gleiser, publicado ontem na p. C5 da Folha de S. Paulo, onde o professor
de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) mantem coluna
dominical. O autor de "Criação Imperfeita” discorre acerca da imagem
clássica da Terra vista do espaço marcou transição entre exploração cósmica
tripulada e robótica.
A frágil Esfera Azul Sexta-feira passada, dia 7, foi o aniversário de 40 anos
de uma foto histórica da Terra inteira, vista pela tripulação da Apollo 17. A
foto [acrescentei ao texto], tirada de uma distância de 45 mil quilômetros, mostra o planeta em
"fase cheia", isto é, com o Sol iluminando-o por trás da Lua, no
arranjo Sol-Lua-Terra; para vermos a Lua cheia, o arranjo é invertido:
Sol-Terra-Lua.
Vemos a África, parte da Antártida e muitas nuvens. Foi a
última vez que humanos pisaram num mundo que não o nosso, a sexta missão Apollo
a conseguir tal feito.
A foto, uma das mais reproduzidas da história, marca um
momento de transição: por um lado, a percepção de nosso planeta como uma frágil
esfera flutuando na vastidão cósmica deu grande força ao movimento ecológico
nos anos 1970.
Por outro, a própria exploração do espaço também se
transformou, já que tripulações humanas ficaram restritas a órbitas
"baixas", isto é, próximas da órbita da Terra. Esse é o caso da
Estação Espacial Internacional, por exemplo.
Outros mundos, como Marte e os outros planetas e luas do
Sistema Solar, passaram a ser explorados por máquinas, devido a avanços de
tecnologia em robótica e computação. Estendemos nosso alcance ao espaço e
aprendemos muito, mesmo que perdendo um pouco do lado heroico que sempre marca
viagens ao desconhecido.
No início deste ano, comemorando os 40 anos da foto
histórica, a Nasa lançou uma nova versão da Esfera Azul -compilada remotamente
pelo satélite meteorológico Suomi NPP, no dia 4 de janeiro.
Desta vez, foi uma máquina, e não os olhos humanos, que
controlou a câmera. E são muitas fotos retratando a Terra em hemisférios e
ângulos diferentes. Na primeira semana desde seu lançamento no portal Flickr, a
imagem -chamada de "Esfera Azul 2012" (a tradução literal é Bola de
Gude Azul, mas fica horrível em português), foi vista por mais de 3 milhões de
visitantes.
Do ponto de vista econômico, não há dúvida de que enviar
robôs a Marte ou pelas vizinhanças de Saturno é bem mais barato e
"safo" [usado]. Do ponto de vista científico, que não pode ser separado
da questão econômica — missões muito caras são, obviamente, muito mais raras —,
o ganho tem sido enorme.
É o que vemos com a incrível sonda Opportunity, que
continua explorando a superfície marciana desde 2004, mesmo que projetada para
fazê-lo por apenas 90 dias; e mais recentemente com sua "prima"
maior, o jipe-robô Curiosity.
Segundo a Nasa, o Curiosity acaba de completar sua
primeira análise da composição química do solo marciano, encontrando uma rica
variedade de compostos, incluindo alguns com carbono. Mas nenhum sinal de vida;
não se sabe se esse carbono é nativo de Marte ou se veio de meteoritos ou
cometas.
Apesar dos avanços, nada se compara à presença humana; o
que a sonda faz, com grande lentidão, humanos poderiam fazer rapidamente. Se
quisermos manter vivo o espírito da exploração, temos de continuar enviando
humanos a outros mundos. Talvez a solução esteja em colaborações internacionais
ou na iniciativa privada. Mesmo com sérios riscos, tenho certeza de que não
faltariam candidatos. Grandes exploradores querem voltar, mas sabem que nem
sempre voltam.
O eterno dilema "de onde viemos, para onde vamos?" continua sendo o propulsor da raça humana. E com nosso imaginário caem os grilhões de nossas limitações, e assim tudo podemos. Somos deuses, amantes ideais, heróis, conquistadores somos "o cara". Sócrates antes de beber sua sicuta condenátória fez uma última afirmação - O meu pensamento é livre. E com essa fórmula de curiosidade, pensamento e coragem que o homem supera-se a cada dia.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Chassot,
ResponderExcluirNada que desmereça o texto, mas a foto da Terra que você apresenta não mostra a África. Destaca-se na foto a América do Norte (não podia ser diferente, visto que os astronautas eram de lá) com o Golfo da Califórnia (que fica no México) bem em evidência como um dedo apontando para baixo. Também não aparece a Antártida, o que se vê (como muito boa vontade) é uma leve insinuação da região ártica bem no alto à direita. O Golfo do México também está retratado quase todo coberto de nuvens esparsas. A Antártica ficaria ao Sul da América do Sul que sequer aprece na foto. Abraços, JAIR.
Limerique
ResponderExcluirAstronautas como meros turistas
Saíram do alcance das nossas vistas
Fizeram fotografia
De tudo que cabia
Para da viagem dar uma boa pista.
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