Ano
7*** PORTO ALEGRE ***Edição 2015
Na
última quarta-feira, dia 28, comentei aqui as duas horas forçadas de
abstinência de Google que vivemos. Imagine ficar sem Internet. Afinal, quem é o
dono da rede?
Não é sem preocupações que representantes
de 193 governos, incluindo o Brasil, estão reunidos a desde ontem, dia 3, em
Dubai para discutir normas que padronizem e regulamentem as telecomunicações,
em meio a temores de que os resultados afetem a liberdade da Internet.
Já a ONU, organizadora da conferência
em Dubai, alega que seu objetivo é apenas "mitigar tais temores" e
afirma que é preciso "ampliar o acesso à rede".
"A verdade brutal é que a
internet permanece sendo em grande parte um privilégio de ricos. Queremos mudar
isso", disse Hamadoun Touré, secretário-geral da União Internacional de
Telecomunicações (UIT), braço da ONU responsável pelo evento.
Na abertura do seminário, Touré
declarou que a liberdade da internet "não será coibida ou controlada"
e afirmou que o argumento é uma forma "barata" de criticar a
conferência.
As origens da UIT remontam a 1865,
antes mesmo da ONU. Na época, o foco eram os telegramas, mas nas décadas
seguintes os governos estenderam sua atuação para outras tecnologias de
comunicação, como padrões internacionais de redes de telefonia.
Agora, um evento internacional — a
Conferência Mundial em Telecomunicações (Wcit, na sigla em inglês) —- tentará
supervisionar uma regulação internacional no setor, algo inédito desde 1988. Há
cerca de 900 propostas em discussão, incluindo o bloqueio de spams, cortes em
taxas de roaming de celulares e formas de priorização de ligações de
emergência.
Os EUA — atualmente o país apontado
como o mais influente na regulamentação da internet — disse que algumas das
propostas em debate são "preocupantes" por sugerirem que a UIT
participe da governança da web (hoje a cargo da ONG Icann, que tem vínculos com
o Departamento de Comércio estadunidense; a UIT nega ter interesse em
participar do gerenciamento da web).
Outra preocupação levantada pela
conferência é que sites com grande volume de acessos sejam obrigados a pagar
taxas para usar a rede de operadoras de telecom. A Associação Europeia de Redes
de Operadoras de Telecom, que representa multinacionais como Telefónica, Orange
e Deutsche Telekom - tem feito lobby por um modelo para taxar transmissões de
vídeos online, por exemplo.Kramer indicou que "vários Estados árabes"
apoiam a ideia. Mas os EUA e a União Europeia são contra.
O Google, por sua vez, criticou também
o fato de "apenas governos terem voz na UIT. Engenheiros, empresas e as
pessoas que construíram e usam a web não têm voto". A crítica foi
rejeitada por Touré, alegando que todos estão participando da conferência (que
se estende até 14 de dezembro).
Trocado em miúdos tudo se resume numa única preocupação; o interesse do capital em procurar mais formas de auferir lucros. E como sempre a ponta final paga a conta.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Ola Chassot
ResponderExcluirTambem concordo com o Antonio sobre a preocupaçao do lucro cada vez mais evidente por parte do Capital. Mas em participar das decisoes como apela o Google é deixar o queijo por conta do rato, ou a linguiça por conta do cachorro, tendo em vista que esta empresa já está Trilhardária em suas atividades. Eu que já me utilizei dessa empresa para divulgar meus trabalhos, notei o quanto se pode ganhar com publicidade. Somente nos pedágios das rodovias gaúchas se ganha dinheiro em espécie tão fácil e com parcos investimentos.
JB
Limerique
ResponderExcluirNem tanto à terra tampouco ao mar
Pois estamos certos na hora e lugar
É era da comunicação
Sem peias e sem noção
Porque a internet veio para ficar.