ANO
9 |
MACAPÁ – AP
|
EDIÇÃO
2907
|
Mais uma cidade e um estado inéditos em postagem deste blogue.
Também para mim é a primeira vez neste estado. Agora, das 27 unidades
brasileiras só não estive no Acre.
Cheguei à Macapá, na manhã de ontem, dezenove horas depois de
sair de sair de Barra do Garças, com direito a oito horas de espera na noite de
terça/quarta no aeroporto de Brasília. Macapá tem algumas originalidades, como
ser a única capital, que não tem comunicação rodoviária com qualquer capital
brasileira.
No aeroporto era aguardado pelo professor Ramon Santana, da
Universidade Estadual do Amapá. UM sergipano que conheci enquanto ele cursava
mestrado na UFS em Aracaju.
Pela manhã o Ramon transmutou-se em meu cicerone, fizemos duas
visitas: a Fortaleza São José (detalhes adiante), do século
18, tida como a maior da América Latina e o Marco Zero (comentários a
seguir), onde tirei fotos com um pé no hemisfério Norte e outro no Sul.
Na
noite de ontem, fiz uma fala para cerca de 180 pessoas. Hoje à noite, falo para
o mesmo grupo. Na manhã desta quinta, dou um minicurso acerca de História e
Filosofia da Ciência.
A
seguir, algumas informações sobre s dois pontos turísticos que merecem ser
conhecidos: Fortaleza de São José e Marco Zero.
Ramon e eu na porta da capela da fortaleza |
Fortaleza
de São José de Macapá localiza-se numa ponta de terra à margem esquerda do
rio Amazonas, na antiga Província dos Tucujus, atual cidade de Macapá. Testemunha
do vasto projeto de defesa da Amazônia desenvolvido pelo marquês de Pombal, as
suas dimensões são comparáveis às do Real Forte Príncipe da Beira.
A sua construção, iniciada em 1764, segundo a Wikipédia, empregou,
além de oficiais e soldados, canteiros, artífices e trabalhadores africanos e
indígenas. Eram pagos 140 réis diários aos primeiros contra apenas quarenta
réis para os segundos. Os trabalhos distribuíram-se entre as pedreiras da
cachoeira das Pedrinhas, no rio Pedreiras, a cerca de 32 quilômetros de
distância de Macapá (extração e cantariação), os fornos de cal, as olarias
(tijolos e telhas), a logística (transporte fluvial e terrestre), além do
próprio canteiro de obras em Macapá.
Com o Ramon na porta da fortaleza |
O bispo D. Frei Caetano da Anunciação Brandão, que passou por
Macapá em viagem pastoral em 23 de março de 1785, registou em seu diário de
viagem a observação de que a fortaleza era "(...) regular, segura e
espaçosa ao gosto moderno, que importou ao rei Dom José três milhões (...);
porém acha-se mui falta de gente para defender."
Desde a sua inauguração em 1782, a fortificação cumpriu a sua
finalidade dissuasiva, jamais tendo necessidade de entrar em combate, para
defender o Brasil português de invasões francesas. O imenso conjunto arquitetônico
está muito bem restaurado, sendo que vários espaços são hoje aproveitados para
exposições, concertos e auditórios.
Meu pé direito no Hemisfério Sul e o pé esquerdo no Hemisfério Norte. |
O Marco Zero
é um monumento localizado na capital do Amapá. Construído junto ao Estádio
Milton Corrêa para marcar a passagem exata da Linha do Equador em Macapá, o
Marco Zero tornou-se um dos mais importantes pontos turísticos da capital do
meio mundo.
O monumento é constituído de uma edificação de 30 metros de
altura dotada de um círculo na parte superior, através do qual é possível
visualizar o Equinócio ao menos duas vezes por ano. Entre 20 e 21 de março e
também entre 22 e 23 de setembro, o Sol alinha-se perfeitamente no círculo do
monumento e proteja um raio de luz sobre a Linha imaginária do Equador.
O Zerão ao fundo |
Os rituais dos dois equinócios anuais são celebradas com muitas
comemorações e apresentações tribais.
Um estádio esportivo localizado em Macapá: o Milton Corrêa,
também conhecido como Zerão.
O apelido do estádio se deve ao fato de que a
linha de meio-de-campo coincide exatamente com a linha do Equador, segundo
sistema de coordenadas geodésicas em uso no Brasil, fazendo com que cada lado
do gramado seja em um hemisfério.
Andanças
ResponderExcluirSe ainda faltava, agora o mestre foi lá
Com maestria e muita competência
Desembarcou ele na capital do Amapá
Onde sério, derramou sua sapiência.
O gaudério da terra do quero-quero
Com lucidez que não há quem vença
Também colocou o pé no marco zero
Deixou vera indelével sua presença.
Esse mestre desconhece fronteiras
Pois destituído de limites seu andar
Seu quintal, as lonjuras brasileiras
As quais percorre por terra, mar e ar.
Com assertivas corretas e certeiras
O mestre sempre um prócer singular.
Maravilhas e curiosidades de nossa terra que fazem do aprender uma aventura.
ResponderExcluir