ANO
8 |
EDIÇÃO
2818
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É um sábado copeiro. Definirá o estado de
espíritos de brasileiros pelo menos nas próximas duas semanas.
Não esposo um senso comum muito badalado
para hoje: “200 milhões de brasileiros unem-se em uma só mente torcendo pelo
Brasil, para que vença o Chile!” Também não sei dizer se será 99,98% deste valor
— como propagam pseudocultores de estatísticas — ou será em torno de 50%? Mas,
em meu findi haverá algo mais que
quatro partidas de copa do mundo.
Na manhã deste sábado participo, no Centro
Universitário Metodista do IPA, dos processos seletivos dos Programas de Mestrado
Reabilitação e Inclusão e Biociências e Reabilitação. Isso confere sabor diferente às horas que muitos
estarão exercitando o pensamento mágico ao enviarem eflúvios ao Mineirão.
Mas o sábado se fará diferente na Morada dos
Afagos quando, à tarde, chegar um trio de netos desde Estrela: o Guilherme (9
anos), Felipe (quase 4) e Lucas Francisco (três meses) ficarão com a Gelsa e comigo
(e seremos coadjuvados pela Keci) enquanto a Ana Lúcia e o Eduardo cumprem
compromisso. O avonar se intensificará com a chegada hoje de Cabo Frio da Maria
Clara (8) e da Carolina (3). A convergência é para o aniversário do Pedro, que
amanhã, faz cinco anos.
O dia de São Pedro, celebrado amanhã, tem
uma evocação de copa do mundo. Em 1958, nesta data, houve a inauguração do
prédio do Colégio Júlio de Castilhos na praça Piratini. Eu era aluno do 1º científico,
meu primeiro ano de Porto Alegre. Fora pela manhã assistir a missa de
inauguração do colégio e na volta, depois de vir de bonde desde a Azenha até o
centro, fui à praça Parobé para tomar outro bonde (o São João) para ir até à
avenida Eduardo (esquina Ernesto Fontoura) onde morava.
No trajeto soube, por transmissões de rádio
(ainda não havia televisão) que o Brasil estava ganhando. Recordo que antes do
meio-dia se começou a festejar a vitória de 5 x 2, sobre a Suécia, país sede da
copa. Era primeiro título mundial no futebol do Brasil. Recordo que há 56 anos,
pintei no vidro da vitrine do Bar Caçula, onde eu trabalhava: “Brasil, Campeão”.
No esteirar de evocações de Copas, algo
significativo. Na edição seguinte, em 1962 a copa foi no Chile, então se assistia
os videoteipes (trazidos pela Varig), no dia seguinte ao jogo. Mesmo que já se
soubesse o resultado, havia reuniões em residências de mais abonados, que então
já tinha televisão preto e branco.
Assim, com olhares a um passado que acumula
histórias e embalando perspectivas de fruído avonar, esta blogada é um agora — parêntesis
no fluir da vida.
Recordar é viver! Com os netos reunidos mira-se o passado e o futuro em uma só olhada.
ResponderExcluirAbraços
O que, mesmo, é viver?
ResponderExcluirViver...é isto aí. Curtir tais inesquecíveis momentos: é VIVER.