Ano
7*** CAMPINA GRANDE - PB ***Edição 2295
Estou pela segunda vez em Campina Grande. A
anterior foi na era pré-blogue: assim esta é a primeira blogagem daqui. Da
primeira vez tenho lembrança de ter quebrado um dedo da mão direita ao chegar
em João Pessoa e aqui ter buscado alternativas médicas para sanar consequências
do acidente.
Cheguei ao ALEM (Aeroporto Luís Eduardo Magalhães) dentro
da previsão depois de percorrer, por quase 4 horas o trecho Amargosa/Salvador
em rodovias de diferentes em desenho (os primeiros 50 km são tortuosos) e em distintas
densidades de tráfego (como a morosa BR 101). Em Salvador, enquanto aguardava a
partida para Campina Grande pude responder a mensagens. O voo SSA/CGD dura
apenas 1 hora. Ao chegar no aeroporto Presidente João Suassuna, cerca das 14
horas, era aguardado atenciosamente pelo Professor Juracy, coordenador do
Departamento de Química da Universidade Estadual da Paraíba, pelo Professor
Thiago da Comissão Organizadora e Científica do I ENECT/Área de Ensino de
Química e pelo Acadêmico de Química Jonatas, que será meu assistente nas
atividades que tenho no I ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA:
Educação, ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável. No hotel
almocei em companhia dos colegas Euzébio e João da UFRPE.
No dia 10, sábado, encerrava a edição comentando acerca
da (in)utilidade de minhas aulas de Geografia. Hoje, isso uma vez mais aflorou
ao percorrer cenários que são bastante diferentes de meu cotidiano.
Dou-me conta que tive a disciplina de Geografia em 4 anos
do ginásio, que corresponderia hoje aos 6º ao 9º anos do ensino fundamental e em
3 anos do curso científico (= ensino médio). Não recordo de nada que tenha
aprendido de significativo então. Não me lembro de uma aula de Geografia que
tenha feito diferença em minha história.
Recordo do livro usado: Aroldo de Azevedo, que deve ter
sido autor usado no Ginásio e no Científico. Sei que estudei (hoje não sei
mais) afluentes da margem direita e da margem esquerda do rio Amazonas. Aprendi
a comparar as extensões dos Rios Amazonas, Nilo e Mississipi. Sabia que São
Francisco era o ‘rio da unidade nacional’. Também recordo que aprendi que no
Nordeste havia rios intermitentes e me lembro dos mesmos representados pontilhados
nos mapas.
Aprendi também as capitais dos estados brasileiros e
também de países da Europa e da Ásia. Na África parece que só havia três
países.
Outro assunto que era ensinado era tipos de vegetação,
mas não sei bem explicar porque hoje estou na região do agreste. Mas, uma vez
sabia o que eram tundras, estepes e savanas, mas acho que isto era na Rússia.
Sabia que no Brasil não tinha desertos nem terremotos porque éramos um povo
querido pelo Criador, que nos abençoara com lindas praias. Nesta dimensão recordo
de aulas de corografia (= descrição particular de uma nação ou de uma área
geográfica).
Sabia o que eram nuvens cúmulos nimbos e outras mais, que
não sei, hoje, distinguir, mesmo que seja um encantado observador de nuvens.
Não sei dizer porque o Guaíba agora é um lago, e não mais
um rio, mesmo que parece que aprendi a diferença entre rios e rias, e estas só
me remetam a Aveiro.
Só tínhamos aulas de Geografia Física. Não lembro de nenhuma
aula de Geografia Humana. Tenho a sensação de ter aprendido mais Geografia
colecionando estampas Eucalol que em aula.
Escrevendo estas reminiscências (nada gloriosas) aqui em
Campina Grande, dou-me conta que não sei como é o ensino de Geografia hoje. Sei
que os livros são mais bonitos, pelo menos mais coloridos.
Não sei se entre os quase 300 acessos diários que tem
este blogue há algum professor de Geografia. Mas, seria muito bom se alguém nos
respondesse aqui a esta pergunta. Seria magnífico se algum leitor ratificasse
ou retificasse minha leitura a respeito das aulas de Geografia. Está feito o
pedido. Com expectativa, votos de um bom dia de Marte, mesmo que essa alusão
tenha outro referencial: a astronomia.
No providencial relato do Mestre, faço um pequeno aparte. O ensino no Brasil necessita urgente de uma estrutural reforma. Há de se rever a quantidade e a qualidade de nossas grades. O mundo mudou, e com a mudança vieram novas realidades e prioridades. Cadeiras como educação no trânsito, direitos e deveres,(culinária?) e muitas outras formam uma imprescindível aptidão para os nossos dias, muito mais necessárias que muitas que nos assombram os bancos escolares.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirEra uma vez um Guaíba chamado
Que rio era então considerado
Mas rio tem nascente
Este é diferente?
Não, este é lago quase quadrado.