Havia desenhado uma edição onde evocaria ‘Dias de finados’ de minha
infância. Coloquei no Google “toties quoties”. A terceira sugestão foi a edição
deste blogue de 02NOV2010. Ali estavam duas evocações desta data: As repetidas entradas
e saídas às igrejas — toties quoties” = Tantas vezes quantas vezes —para rezar pelos
mortos e ‘essa’ o estrado onde se coloca o caixão do cadáver durante as
cerimónias fúnebres; catafalco. Há um sinônimo
que a etimologia grega traduz bem: cenotáfio 'túmulo
honorário, do grego kénotáphion, ou 'túmulo
vazio'. Enquanto ajudante
de missa, muito montei e desmontei a essa.
Conclui quando já edito pela sétima vez uma edição
nesta data, corro riscos de autoplágio. Resolvo silenciar.
Cada uma e
cada um de meus queridos leitores têm, como eu, seus mortos a prantear. Para
eles lágrimas de saudades.
Quando vejo em minha cidade um verdadeiro êxodo para a região oceânica, quilômetros de carros abarrotados ávidos por curtir o feriadão. Penso, feriadâo? Meu Deus os hábitos estão mudando. Quando criança, nesta data, minha mãe proibía-nos até de ligar o rádio. Lembro-me que na minha inocência produzia com ela este breve diálogo ante a proibição;
ResponderExcluir-Por quê?
-Porque é dia dos mortos.
-Mas não tem nenhum morto na família...?
-Mas na dos outros tem!
abraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirEm Floripa se escarnece a beça
Quando a inimizade começa
Para desejar a morte
Como se fosse sorte:
"Obrigado, te encontro na essa!"