ANO
8 |
WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR
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EDIÇÃO
2758
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Um terça-feira de uma ida ligeira à São Paulo. Parto
no final da manhã de Porto Alegre, falo em um seminário no final da tarde e ao
terminar o dia devo estar já retornado.
Antes de comentar algo desta viagem, uma
referência à comemoração, pretensamente atrasada. Defendo a tese que comemorar
atrasado oferece vantagens: espraia a comemoração.
Assim, ontem poderia ter prestado aqui uma
homenagem a Liba Juta Knijnik, pelo transcurso do ‘dia da sogra’. Esqueci. Não
busco justificativas. Faço hoje, e assim expando a celebração.
Pois, então aqui e agora, adiro à comemoração
de uma data que, como já disse em outro 28 de abril, entre nós, merece ser reeducada. Talvez, nas redes familiares
da civilização ocidental, não exista figura mais marcada por preconceitos, que
aquela que merece loas pelo Dia da Sogra. Não conheço
os tributos que se faz na tradição oriental àquela que é mãe do cônjuge. Entre nós
a sogra — e não o sogro — são alvos, de maneira usual, de chiste que beiram a
maledicência.
Nos
pejorativos ditos populares, há uma frase que vi em para-choque de caminhão,
que remete a gênese da tradição judaico-cristã que poderia ser tida como
síntese dos preconceitos: “Feliz foi Adão que não teve sogra”. Talvez,
em outra leitura mítica, se pudesse dizer que infeliz foi a humanidade; pois se
Eva tivesse uma mãe para orienta-la é provável que não comeria a maçã. Então,
hoje ainda viveríamos no paraíso.
Não
vou fazer análises do porquê dos preconceitos. Pode-se dizer apenas que sogras
são muito mais amadas que se imagina. Parece, também, que entre os homens, se
comparado com as mulheres, o afeto pela mãe da esposa é muito maior.
Pessoalmente
tenho o privilégio de ter uma sogra fabulosa. A Liba, em seus quase 93 anos de
intensa vitalidade, surpreende-me há 27 anos pelas lições de vida que oferece a
cada uma e cada um. Ela é mãe, sogra, avó e bisavó exemplar. É para esta leitora diária que tenho aqui a minha
pública homenagem neste segundo dia de celebração. Eu tenho encantos por minha
sogra. Na foto ela com o Antônio um de seus bisnetos com sete anos; juntos
fazem quase um século.
Minha
fala desta tarde é no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de
Ciências, que foi criado em 1973 na modalidade Física e complementado com as
modalidades Química, no ano de 1998, e Biologia, no ano de 2005. É um programa
interdisciplinar, sob responsabilidade da Faculdade de Educação, do Instituto
de Física, do Instituto de Química e do Instituto de Biociências da
Universidade de São Paulo.
Neste
contexto pretendo apresentar no seminário para o qual fui distinguido com
um convite o tema DAS DISCIPLINAS À INDISCIPLINA pretende trazer
espaços de discussão envolvendo Educação nas Ciências para
qual se propõe três movimentos: #1
– Uma protofonia: contemplando a Escola hoje: ela mudou ou foi
mudada? #2 – Um adágio: Das certezas à incerteza:
outra exigência para fazer Educação #3 – Um alegro vivo: e...a
Sala de aula hoje... Como?
Indisciplinar.
Corajosas são muitas sogras, umas vez que entregam suas filhas a certos indivíduos.
ResponderExcluirVitalidade é a deste moço que vais a São Paulo ensinar como se estivesse indo uma cidade próxima como Canoas, por exemplo.
Grande abraço mestre.
Estimado Vanderlei,
ResponderExcluirobrigado pela torcida.
Um abraço desde o Instituto de Física da USP, não sem um certo nervosismo.
Com amizade
Mestre Chassor,
ResponderExcluirEstou lhe enviando mensagem em separado mensagem que não consegui postar aqui, talvez por ser muito extensa,
Heráclito de Parma
Mestre querido! Como diz O Profeta, de Khalil Gibran, "Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não são vossos..." Sogras sabem disso, amam filhos e filhas, mas deixam a vida seguir seu curso... Um grande abraço!
ResponderExcluirMestre Chassot, muito bela e eloquente tua carinhosa homenagem a. Sogra Liba, Motivado pela breve, porem convicta, descrição virei fã da jovial senhora. Lembra-me minha mÃe também lúcida e coerente aos 93 anos.
ResponderExcluirAbraços
Ola querido mestre Chassot, estou mais uma vez em seu blogue e concordo em tudo que o senjor diz. As nossas queridas sogras deveriam ser mais valorizadas. Um abraço, Lethycia
ResponderExcluirOlá Querido Mestre Chassot! Sou aluno do curso de Licenciatura da Universidade Federal de Juiz de Fora e na disciplina Saberes Químicos Escolares com a Professora Cris Flôr estamos sempre seguindo suas publicações e somando sua experiência de vida à nossa formação acadêmica. É sempre bom homenagear as pessoas que nos fazem bem e esta homenagem foi perfeitamente fabulosa! Eu ainda não tenho uma sogra, mas quando tiver espero ter motivos para sempre comemorar tal data. Grande Abraço!
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