ANO
8 |
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2741
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No retorno de ontem, que correu da maneira
desenhada, uma vez mais em papos com meus vizinhos de voos, amealhei saberes
conversando com uma jovem oftalmologista carioca que vai bimensalmente a Boa
Vista para tratar retinas, com um comandante de avião e com um produtor de
frangos. Encanta-me saber dos fazeres de outros.
Nesta manhã de sábado tenho atividade quinzenal
no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão do Centro Universitário
Metodista do IPA.
Ofereço, em cima de uma muito continuada
observação de pessoas digitando em smartphones, em toda a parte, um texto de Stefanie Silveira
publicada na Folha de S. Paulo
Do dia 07ABR14.
Teclar demais no celular pode causar
"WhatsAppinite" Uma mulher de 34
anos recebeu o diagnóstico de 'WhatsAppinite', inflamação nos polegares e
punhos pelo uso excessivo do smartphone e do aplicativo de mensagens de texto
WhatsApp. O caso foi descrito na revista de medicina "The Lancet" por
uma médica da Espanha.
A paciente chegou ao
hospital com fortes dores nas mãos e relatou que, na véspera de Natal, ficou
trabalhando, por isso no dia seguinte passou cerca de seis horas trocando
mensagens de boas festas.
O movimento contínuo
e repetitivo com os polegares causou a 'WhatsAppinite'. O tratamento prescrito
foi abstinência total do telefone, além de anti-inflamatórios.
A inflamação nos
músculos da região da mão e antebraços pelo uso de dispositivos tecnológicos
não é nova. Na década de 1990, médicos relataram a 'Nintendinite', ou 'Nintendo
thumb', diagnosticada em usuários constantes de videogames. Nos anos 2000, veio
a 'BlackBerry thumb' e a 'Tendinite de SMS', que ocorriam nos donos dos
primeiros celulares.
Segundo o
ortopedista Mateus Saito, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP, a
'WhatsAppinite' é mais comum do que se imagina e o número de pessoas atingidas
cresce diariamente.
"Muitos
profissionais tentam transformar o smartphone num escritório portátil, mas
esses aparelhos não estão adaptados a um uso tão constante e repetido."
Saito ressalta que
uma das formas de evitar problemas é utilizar smartphones e tablets para
consumir informação e não para produzir textos longos.
"A interface
desses aparelhos ainda precisa melhorar. Não dá para substituir um computador
quando se quer saúde para as mãos."
O fisioterapeuta
Rodrigo Peres diz que, para usuários constantes de dispositivos móveis, é
importante fortalecer os músculos.
"Exercícios
localizados e fisioterapia ajudam a reduzir as dores." Outras dicas são
alternar as posições de uso e usar compressas geladas para amenizar o processo
inflamatório.
O ortopedista José
Ribamar Moreno, especialista em dor, recomenda que, caso seja necessário teclar
por mais de 45 minutos, sejam feitos intervalos de 15 minutos. Segundo ele, há
fatores que podem gerar mais risco de desenvolver tendinite.
"Gravidez,
obesidade, estresse, tabagismo e sedentarismo são fatores de risco. É
importante não somar fatores."
O médico ainda
ressalta a importância do diagnóstico de "WhatsAppinite", que ligou a
dor ao uso de um dispositivo específico. "O interessante do diagnóstico é
que a autora conseguiu fazer a relação direta do uso no WhatsApp e do quadro
que apareceu logo em seguida. Foram seis horas diretas de uso do app, um fator
que desencadeou a tendinite."
Apesar do problema,
a paciente diagnosticada com "WhatsAppinite" não cumpriu a indicação
médica e voltou a enviar mensagens pelo aplicativo na véspera de Ano Novo.
Qualquer coisa que se use continuamente de forma indiscriminada vai trazer alguma consequência, muitas vezes não benéfica. Penso ser algo natural e compreensível. Requer-se o uso moderado, principalmente no que diz respeito às novas tecnologias. Estas que trazem na sua configuração elementos que provocam verdadeiro fascínio, principalmente dos mais jovens. O que pode levar a uma prática viciante.
ResponderExcluirGrato pelas informações e um bom sábado.
Se formos considerar o uso exacerbado dos celulares, tablets e afins, ainda haverão mais diagnósticos de "WhatsAppinite"
ResponderExcluirUm abraço da amiga manauara
Acredito que o mal maior se deva na substituição do contato tradicional por essas novas formas. As pessoas viram verdadeiros beocios ambulantes alienados a tudo e a todos.
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