ANO
8 |
www.professorchassot.pro.br
|
EDIÇÃO
2737
|
Ao final da tarde de hoje parto para uma viagem
transcontinental, pois deixo o paralelo 30ºS com destino ao paralelo 02ºN. Hoje
vou, uma vez mais a Boa Vista. Esta é minha primeira das três viagens à
Amazônia que tenho este semestre. Em maio, vou primeiro a Belém e depois a
Manaus.
Como desde novembro de 2012, esta é minha quarta
viagem à capital de Roraima, dela amealho gostosas evocações. Espero que
aquela que elejo para dar o mote a esta edição, não me faça desagradado com os boa-vistenses
que me acolherão nesta quarta e quinta-feira. Os peixes da bacia do Rio Branco
são saborosos, por muito os apreciá-los, em mais de uma oportunidade, já voltei
com espécimes variados.
Em relação à piscicultura, notícias
dos jornais do fim de semana me surpreenderam. Trago alguns excertos de
notícias, que vão na contramão defesa de sermos localívoros (que se alimenta de produtos produzidos na
proximidade de onde vive) que já defendi aqui em blogadas em dezembro.
Mesmo que detentores de uma imensa costa de 7,3
mil quilômetros e a maior reserva de água doce do mundo, os brasileiros põem na
mesa cada vez mais peixes que vêm de cantos longínquos do mundo. Somente nos
últimos cinco anos, as importações do Vietnã dispararam 1.567,68%, enquanto as
da China avançaram 1.096,10%.
A receita do sucesso do pescado estrangeiro no
Brasil é simples, mas com uma pitada de polêmica. Mesmo vindo de longe, peixes
como o panga ou a polaca, também chamada de merluza-do-alasca, chegam ao varejo
muito mais baratos do que o produto nacional. Em um dos maiores grupos de
supermercados com atuação no país, o quilo do filé congelado de ambos é vendido
a cerca de R$ 10, enquanto a tilápia de criatórios brasileiros chega a custar
R$ 25. Capturada na América do Norte, a polaca faz ainda uma escala na China
para ser processada e embalada antes ser embarcada congelada para o Brasil.
A diferença no preço é explicada pela maior
escala da indústria pesqueira e pelos menores custos de criação, de mão de obra
nas fábricas e de tributos na Ásia. Outro problema é a legislação ambiental.
Aqui no Brasil é muito difícil conseguir licença para criar peixes — diz Armando
Burle, presidente do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (Conepe). Hoje,
até dois terços do pescado comercializado nas lojas do grupo vêm do Exterior.
Apesar das queixas sobre a enxurrada de
importados, dados do Ministério da Pesca e Aquicultura indicam que a produção
de pescado no Brasil praticamente dobrou nos últimos cinco anos, chegando a 2,5
milhões de toneladas. Para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO), o Brasil tem potencial para multiplicar este número por
oito.
Outra boa notícia é o aumento do consumo,
sinônimo de alimentação saudável. Conforme o Ministério da Pesca, no ano
passado o país alcançou a marca de 14,5 quilos por habitante, 120% a mais do
que uma década atrás e acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
de 13 quilos por pessoa.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirIctiofagia
ResponderExcluirNo país assunto que se comente
E que muito piscicultor se queixe
Como pode nadar desdo Oriente
Esse pequenino panga, o peixe?
Também intriga maioria da gente
E esse tal peixinho polaca então
Que num turismo muito diferente
Vai do Canadá à China de avião?
Não sei e não sabe toda mente
Porque peixe emigrado comprar
Neste país verdadeiro continente
Com milhares de milhas de mar.
Portanto que fique bem assente
Brasil é o paraíso a se explorar.
No tocante aos peixes temos dois extremos, o pescado importado que usurpou o direito de muitos propriciando um preÇo irreal, e o pescado brasileiro superfaturado com valores proibitivos. Em nossa Nitteroi temos esse exemplo prático do conhecido Mercado de Peixe frequentado pela maioria de uma classe com mais recursos.
ResponderExcluirDica impressionante eu amei e já indiquei para meus amigos muito obrigado por compartilhar conosco.
ResponderExcluir