ANO
8 |
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2736
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Nesta primeira segunda-feira aprilina urge
retomar o tema deste sábado: a destruição
de abelhas. Mesmo que aquela edição tivesse 420 visitas (sábados e
domingos, por razões óbvias, os acessos são mais baixos). Só para
exemplificar, na segunda-feira passada houve 587 acessos. A propósito: fico
confortado se pelo menos um quarto doas visitas sejam de leitores, pois há que
ter presente, que há muitos acessos acidentais, que não consumam em leitura.
Por que retomo o assunto? Há um
pressuposto que nem todos os leitores fruem dos comentários postados, até
porque, alguns comentários são aditados, depois de alguns leitores já terem lido
a edição. Muitas vezes, contribuições, que superam minha edição, ficam esmaecidas.
Neste sábado, a grave mortandade a
abelhas devido a agrotóxicos teve dois comentários que a edição de hoje vê
importante destacar.
O Prof. Vanderlei Farias, da Escola
Estadual Sepé Tiaraju em Frederico Westphalen e mestrando no Programa de Pós
Graduação em Educação da URI, conhecedor das lides do campo, foi sintético e
preciso:
A enxada já é
peça de museu. Mesmo os pequeno agricultores fazem uso de secantes,
pesticidas...veneno, veneno e mais veneno!!! A capina química é a
moda; isto é, se coloca veneno naquilo que antes se retirava com enxada e
simplesmente se mata a vegetação, que antes se constituía em matéria orgânica
foliar, que enriquecia o solo.
Já o escritor Jair Lopes, publicou em
duas secções um texto muito elucidativo onde trás informações sobre dois insetos
— bicho da seda e abelha — que são (talvez o tempo verbal muito breve seja eram) parceiros dos humanos. Há destaque,
para o quanto na situação das abelhas, não só há a perda de produção de mel,
mas, e principalmente, a diminuição de alimentos (frutas, cereais...) originados
de plantas que, por não serem polinizados pelas abelhas, permanecem estéreis.
Vale conhecer o texto do Jair. Ele, também poeta, soneteou acerca da tragédia anunciada,
catapulto seus versos dos comentários para a edição de hoje.
Um dia a
casa cai
Esse tal homem, gigolô de inseto
Um verdadeiro rei dos convênios
De mordomias e regalias repleto
Vivendo na boa vida há milênios,
Sem vergonha a abelha explora
Faz desse bichinho seu escravo
Como sempre fez desde outrora
Sem sofrer por isso algum agravo.
Mas abelhas morrem por incúria
Do mesmo Homo sapiens erudito
Inocentes vítimas são de sua fúria.
E então engolfado pelo conflito
A civilização entrará em penúria
E será o fim do tirano maldito.
Esse tal homem, gigolô de inseto
Um verdadeiro rei dos convênios
De mordomias e regalias repleto
Vivendo na boa vida há milênios,
Sem vergonha a abelha explora
Faz desse bichinho seu escravo
Como sempre fez desde outrora
Sem sofrer por isso algum agravo.
Mas abelhas morrem por incúria
Do mesmo Homo sapiens erudito
Inocentes vítimas são de sua fúria.
E então engolfado pelo conflito
A civilização entrará em penúria
E será o fim do tirano maldito.
Elogiável a sensibilidade de pessoas, de educadores e mestres como o senhor em abordar temas em que carregam, na preocupação aos assuntos mencionados, reflexões imprescindíveis que dizem respeito a elementos que denunciam a extinção de formas saudáveis e de vidas na terra. Isto atenta para a necessidade em proteger, conforme os gregos, a nossa grande casa: A Terra. Os homens(essencialmente humanos) precisam proteger o seu meio ambiente. O mercado, as cegados pelo dinheiro é que não protegerão.
ResponderExcluirGrande abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirApocalípise
ResponderExcluirHomo sapiens, o ápice da criação
Assim esse energúmeno se acha
Colocou até insetos sob servidão
E frutos desse trabalho não racha.
Abelhas lhe produzem o doce mel
Sem ganhar nada de nada em troca
Contudo a doçura está virando fel
E nem por isso o mandrião se toca.
Deduz-se que não pode ficar assim
Porque parece próxima a extinção
De abelhas voando no nosso jardim.
Se diz gigante o mentalmente anão
Homem que coloca na vida um fim
Por incompetência e falta de visão.
Estultice
ResponderExcluirHomem coloca inseto a seu serviço
Como se fosse o supremo soberano
Sem sequer pensar algo sobre isso
Explorando as abelhas de ano a ano.
Não lhe acode algum compromisso
Com o mínimo bem estar do inseto
Deseja que as plantas tenham viço
Insensível ao politicamente correto.
Porém chega o dia que vira o feitiço
E a natureza lhe trata com desdém
E um cataclismo medonho, maciço
Nas asas de um corcel alado advem.
Então o mundo se torna enfermiço
E Homo stultus desaparece também.
É a irracionalidade do extrativismo, o lucro pelo lucro, mesmo sentimento que leva os produtores do leite adicionar formol.
ResponderExcluirSim, lucro, mercado, marcas de nossos tempos... O que conforta/conforma é saber que tudo passa. Muitas civilizações tiveram seu ápice e sumiram e não será diferente com a nossa, da era do consumo pelo consumo. O que virá depois? Bem, esse é o nó da história. Não sabemos, não temos como, do ponto de onde olhamos, prever...
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