ANO
8 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
|
EDIÇÃO
2564
|
Esta
edição é um espraiamento da edição de ontem. Com pertinência foi me cobrado
posicionamento acerca da proposta da SEDUC-RS para o ensino médio.
Quando
escrevi e comentei aqui Um
prelúdio para outro Ensino Médio, p. 7-13, prefácio mais orelha que escrevi para
o livro Reestruturação
do Ensino Médio: pressupostos
teóricos e desafios da prática [AZEVEDO,
José Clovis; REIS, Jonas Tarcísio (orgs). São Paulo: Fundação Santillana e
Moderna, 2013, 192 p. ISBN N 978-85-6348-915-9*]
admitira
ter feito fé pública em favor da politecnia.
*O
livro está disponível na íntegra, gratuitamente, em www.educacao.rs.gov.br/dados/ens_med_reestruturacao_ensino_medio.pdf
ou
em www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A8A8A823FF41A5E013FF86039142B96
O
título desta postagem traz explicita minha posição. Ratifico meu posicionamento
transcrevendo um dos comentários à edição de ontem que endosso, mas, antes um
convite para uma sobremesa saborosa ao final ‘Limeriques do poeta Jair C.
Lopes, sobre generalista versus especialista’:
Muito
estimado Mestre Chassot,
primeiro
estranhava que há muito o senhor permanecia silente acerca das propostas da
SEDUC-RS para o ensino médio. Perguntava-me: será que o Chassot é contra?
Depois li, vez que outra, o senhor referindo palestras para/em algumas CREs,
mas nunca li posicionamento mais explicito seu. Claro que alguém que há tantos
anos escreve e fala sobre as exigências de um ensino indisciplinar não poderia
ser contra as propostas como estas que se implementa no Rio Grande do Sul.
Em
uma de suas falas no 33º EDEQ na UNIJUI, na semana passada, o senhor não só
apoiou, com todas as letras a politecnia, como fez uma fala brilhante mostrando
possibilidades. Falar na necessidade de um ensino indisciplinar (como tem sido
seus escritos e palestras) em um encontro disciplinar como o EDEQ (que afinal
tem 34 anos) é fazer ruir castelos carcomidos por ranços cartesianos. Não é sem
razão que suas posturas feyerabendianas são execradas por alguns.
No
seu blog hoje o senhor traz uma das questões mais relevantes que nós
professores estaduais vivemos: óbice que existe com duelo desigual:
especialista versus generalista. Permita-me repetir aqui a sua frase que é
muito contestada (leia-se não aceita) pelos meus colegas professores de
Química: “Afilio-me à defesa da formação generalista na Educação Básica e mesmo
na graduação. A especialização deveria ocorrer somente na pós-graduação”. Este
afã de querer transformar criancinhas em cientistas mirins é pernicioso.
Parece
que os professores de Química são os mais resistentes. A fala do dito fundamentalista
que o senhor escreve: “Sou professor de Química e cabe-me ensinar bem Química e
não Biologia, muito menos História e jamais envolver-me com filosofia” é
descritiva de conversas em sala de aula, pelos que resistem à politecnia. Entre
os mais de 500 professores que estavam no EDEQ, talvez seja esta ainda a fala
da metade. Aliás se estes foram à UNIJUÌ para ratificarem suas posturas tomaram
o ônibus errado. Lá afora comentários laterais, as outras falas foram em
sintonia com posturas como a do senhor. Os fundamentalistas não ouviram loas a
seu deus cartesiano.
Mestre
Chassot, tentando aderir cada vez mais a tese que já ouvi o senhor defender
muitas vezes: a ciência cresce com a especialização; por outro lado para lermos
o mundo com os óculos da Ciência e mesmo para contribuir para que ela ajude a
explicar e transformar o mundo para melhor, é cada vez mais necessária uma
ampla visão generalista.
Professor
obrigado por esta blogada,
Marcelo,
lavoisierano, sim; mas, feyerabendiano, também.
Especialista: "Só faço minha parte!"
"Afinal, da ciência sou baluarte" O mundo é vário, contudo Não existe o sabe-tudo Generalista vê o mundo com arte. |
Palavra de ordem nessa parada
É, portanto, sapiência variada Não se ater só a conteúdo É saber um pouco de tudo Especialista sabe tudo de nada. |
Limerique
ResponderExcluirReceita para formatar um burrão:
Atenha-se à sua especialização
Seja cartesiano puro:
"Eu sei, estou seguro!"
"Portanto ao ecletismo digo não".