ANO
8 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2556
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Minha
quarta-feira termina em Chapecó, onde devo chegar, via aérea, ao anoitecer.
Esta viagem sabe a reencontros. Já referi, que quando vamos a uma instituição
onde nossos ex-orientandos atuam, é quase como visitar a ‘casa de um filho’. Tenho
uma fala amanhã pela manhã na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus de
Chapecó, onde o Diretor Acadêmico é o Antonio Valmor de Campos. Em 2005/06 o orientei
uma das produções que mais me gratificou enquanto orientador de mestrandos e
doutorandos. A dissertação do Antônio se fez livro MILHO CRIOULO: SEMENTES DE
VIDA do qual com muito orgulho fiz o prefácio. Destacava, no mesmo, três
dimensões da pesquisa: 1) que agricultores que cultivam milho crioulo possam
ser reconhecidos como pesquisadores; 2) que estes agregam valor às sementes que
beneficiam; 3) e, por esta razão, detêm propriedade intelectual sobre as
sementes que melhoram geneticamente.
Mas esta
blogada vem titulada por uma assertiva emblemática. Provocativa, talvez.
Mentirosa, dirão uns. Desrespeitosa, assumem outros. Óbvia, para alguns. Blasfema,
dirá o crente.
Na Folha de S.
Paulo, desta terça-feira, dia 8, Reinaldo José Lopes, Editor de Ciência+Saúde,
publicou Raciocínio lógico pode afetar fé em Deus, diz pesquisa
que vale apreciar e por tal transcrevo o relato na íntegra.
O "ministério da cultura"
adverte: contemplar a escultura "O Pensador", do francês Auguste
Rodin (1840-1917), pode fazer com que você fique menos religioso. A frase soa
como loucura, mas esse é um dos achados de um estudo que acaba de sair na
revista "Science".
Trata-se, na verdade, de um caso
particular de um fenômeno mais amplo: aparentemente, levar as pessoas a
pensarem de modo mais "racional", por meio de influências sutis (como
a exibição da célebre imagem do homem refletindo), reduz as tendências
religiosas dos sujeitos.
A pesquisa é assinada por Ara
Norenzayan e Will Gervais, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), que
estão entre os mais destacados estudiosos da psicologia da religião. Eles partiram
de uma hipótese apoiada por outros estudos, segundo a qual pessoas religiosas
preferem usar a intuição ao processar dados, enquanto os não religiosos usam o
raciocínio detalhado.
Exposição a imagens de 'O Pensador' e
verbos como 'ponderar' faz as pessoas se declararem menos religiosas. Os
religiosos, por exemplo, acabam caindo com mais facilidade em
"pegadinhas" lógicas, independentemente de seu QI ou nível
educacional.
A dupla de pesquisadores combinou esse
dado com uma técnica comum de psicologia experimental, o chamado
"priming", que envolve o uso de um estímulo prévio para
"preparar" a mente do participante de forma a reagir de certa
maneira.
Sabe-se que o "priming"
funciona em contextos educacionais. Se alunos de uma escola da periferia leem,
antes de uma prova de ciências, sobre garotos pobres que se tornaram grandes
cientistas, tiram notas melhores.
No estudo canadense, dezenas de
voluntários tinham de realizar tarefas, metade das quais poderia levar a um
"priming" do pensamento analítico, enquanto a outra metade era
neutra.
Sabe-se que até ler um texto com
letras miúdas pode favorecer a ativação desse tipo de raciocínio. Os
voluntários que fizeram as tarefas "analíticas" tiveram menos
propensão a se declarar religiosos depois.
Para os pesquisadores, um motivo
possível para isso é que a religiosidade depende de processos mentais
intuitivos, como detectar "personalidade" no mundo -mesmo em
contextos inanimados, como a natureza, o que levaria à crença em deuses. O
raciocínio analítico poderia bloquear isso.
E, eu
acrescento: os jesuítas qualificaram a Enciclopédia
francesa de “materialista e ateia” alegando que
passagens políticas e filosóficas eram demasiadamente subversivas e
“contaminadas pelo espírito voltairiano”. Com essa argumentação chegaram a proibi-la.
Afinal, se o povo tiver conhecimento, deixará de ouvir a Igreja e o Rei.
Encerro com uma citação do filósofo e historiador escocês
David Hume (1711-1776) que muito repito em minhas falas: “Se
acreditamos que fogo esquenta e a água refresca, é somente porque nos causa
imensa angústia pensar diferente!”
ResponderExcluirSeu chassot,
não lhe dou o titulo de professor ou doutor porque o senhor não merece.
Muito menos de mestre, que estas aluninhas tietes lhe dão, certamente para serem aprovadas em exames;
O senhor é um estulto.
Não sabe falar de pulgas e elefantes e outros lorotas que o senhor inventa neste seu blog pernicios, agora se mete a falar de fé e razão.
Quanto bobagem na sua postagem de hoje.
Eu acredito em Deus por que penso. A sua salvação está em perigo porque pensa como um tolo.
Vade retro satanás!
Oseias Sá de Oliveira
Exmo. Senhor Oséias!
ExcluirPrimeiro poderia deletar seu comentário por ser agressão raivosa.
Respeito e não retiro a mais dura agressão que recebi em mais de sete anos de blogue.
Seu Deus ensina o amor e não o ódio.
Assim eu acho que o senhor poderá ir para o inferno, se não se emendar.
Segundo, sua ira deve ser contra os dois pesquisadores acerca de religiosidade canadenses.
Meu pecado — e peço ao seu Deus absolvição — foi fazer o título da postagem nem tão original e os comentários iniciais e os parágrafos finais. O texto sob fundo azulado não de minha autoria e cito autor e fonte.
Fique com Deus e com a sua paz.
attico chassot
Sr. Oseias.
Excluirli seu comentário e, s.m.j. percebi duas possibilidades: ou o senhor não entendeu a postagem do Prof. Chassot, e por isso merece nossa preocupação, ou, se entendeu, ratifica plenamente a pesquisa focada pelo blogue. Isso porque a sua crença lhe impede perceber o foco e o valor do conhecimento trazido pela pesquisa. São dimensões distintas. Uma é a das Ciências da Religião e outra é a da Fé. Nas ciências, o conhecimento é sempre importante porque nos oferece visões distintas sobre a realidade humana. Na dimensão da Fé, importa apenas o que reforça a minha opção religiosa. Ambas são significativas e se complementam, mas se confundem. Posso entender a fé e ampliar o meu conhecimento e conservar a minha crença em Deus.
Lamento a forma como v.s. tratou o autor do blogue. Trata-se de um pesquisador sério e profícuo.
Ass.
Norberto Garin - cristãos salvo pela Graça de Cristo
correção: "não se confundem. .."
ExcluirA postagem do sr Oséias é o mais claro exemplo de como a pesquisa citada pelo Prof. Doutor, Attico Chassot faz SENTIDO!
ExcluirQuem "dá ou deixa de dar" um título de professor não é o Sr. Oséias. A carreira de um professor universitário é uma sequencia de conquistas, seja pelo empenho em cursar e concluir a graduação, mestrado e doutorado. Depois em ser suficientemente competente para passar em um concurso e terceiro para manter seu emprego AO LONGO DE UMA PROLÍFICA CARREIRA, com a do Prof. Dr. Chassot.
Fica aqui o melhor argumento para acabar com um criacionista: deixá-lo abrir a boca!
Limerique
ExcluirPor certo um leitor beligerante
Oséias que crê no inferno de Dante
Mostrou estultice
Só merda ele disse
No fundo, apenas um ignorante.
Limerique
ExcluirEsse um leitor sem qualquer talento
Pois contra fatos não há argumento
Chassot, prócer terrestre
É um verdadeiro mestre
Porém Oséias é somente jumento.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirPrezado Seu oseias,
Excluirtanta lucidez e ternura acordam minha curiosidade.
Poderia brindar-nos dizendo qual é sua confissão?
Digo, qual seria sua "espécie" de cristão? Católico apostólico? ortodoxo? calvinista? luterano? dominicano? neopentecostal? testemunha? enfim...
Aguardo sua resposta.
Cordial abraçø!
Bravo Mestre Chassot.
ResponderExcluirNunca como na blogada de hoje o senhor merece o título de Mestre,
Mirian,
Desejando ser uma das suas tietes como quer o tal de Oseias
Mestre Chassot, e meu amigo sr. Oséias. Somos humanos pois somos plurais. O Deus que acredito pregou o livre arbítrio. Poderia citar aqui diversos filósofos e teólogos, prós e contra o criacionismo, porém nenhum deles nos ensina a ser mal educado. Ofender uma mente tão brilhante que tanto tem feito pela educação cinetífica de nossos jovens é deplorável. E amigo Oséias, não preciso passar de ano, já sou aposentado e estou em paz com Deus, a fé de cada um de nós não depende do grau de agressividade com que expomos nossas opiniões. O respeito pela opinião alheia é o princípio da boa convivência. Sinceramente e a contrariado sinto-me obrigado a lembrar ao nosso querido Mestre Chassot um dito popular antigo: "Os cães ladram e a caravana passa..."
ResponderExcluirAbraços
Mestre,
ResponderExcluirO senhor é uma referência de vida para nós alunos-professores, continue sempre sendo esse nosso guia de dedicação e que Deus possa dar tudo o que o senhor nos ajuda em dobro!
Muito obrigado.
Atenciosamente,
Ricardo de Almeida
Limerique
ResponderExcluirDesnecessário qualquer argumento
Ciência é rocha crença é como vento
Se você raciocinar
Deus não tem lugar
Fé some com força do pensamento.
Querido Mestre!
ResponderExcluirO Cuidado faz com que aqui me manifeste.
Escrever e ler pressupõe entendimento sobre símbolos. Exige, também, empenho por compreensão.
Nem todos sabem escrever. Poucos sabem ler como convém: com abertura, com empenho por compreender.
Não raras vezes a incompreensão leva a manifestações reativas como a que lhe atingiu.
Sabe o senhor muito bem (e tem se empenhado por ensiná-lo às tietas e aos tietos(!) também) que a sabedoria consiste em respeitar e argumentar com cuidar.
Minha sincera admiração pelas ousadas blogadas e pelas perspicazes retomadas.
Não lhe leio ou comento por aprovação ou busca por. Leio-o pelo prazer de lê-lo e, com isso, saber mais, conhecer melhor.
Grande e carinhoso abraço: Lia, a Ilíria que ainda lê
Quero me solidarizar com o querido mestre Chassot, que em seu esforço para divulgar um estudo científico (gostem os Oseias ou não, é um estudo), foi duramente agredido por palavras intempestivas. Só tenho a lamentar, amigo e mestre, que o dogmatismo continue emburrecendo e brutalizando as pessoas, seja em matéria religiosa ou política.
ResponderExcluirEsqueci de me identificar: o comentário do dia 09/10, feito às 11:22, é de Renato José de Oliveira
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirNão é descobrimento hodierno
Tampouco conhecimento moderno
Nossa mente é alçapão
Que nos leva à perdição
Porquanto quem pensa vai pro inferno.
Olá Attico,
ResponderExcluirRenato José de marcou você em uma publicação.
Renato José de escreveu: "Solidariedade ao amigo e mestre Attico Chassot
Compartilho com os demais amigos do face a indignação que tive ao saber que Chassot, um conceituado pesquisador na área de ensino de química, foi grosseiramente ofendido por um leitor do seu Blog, de nome Oséias. Motivo: a divulgação de um estudo feito por pesquisadores canadenses, no campo de psicologia da religião, o qual concluiu, entre outras coisas, que "a exposição a imagens de 'O Pensador' e verbos como 'ponderar' fazem as pessoas se declararem menos religiosas". Embora considere que há temas bem mais relevantes a serem investigados nessa área do conhecimento, como, por exemplo, a relação entre fatores psíquicos e intolerância religiosa, é preciso conhecer o estudo completo, publicado na Revista Science, antes de criticar suas conclusões. Não é o que fez o tal Oséias, que movido por brutal intolerância, ofendeu Chassot apenas por ter divulgado a referida pesquisa."
Oi Prof. Attico,
ResponderExcluirna mensagem do sr Oseias temos um exemplo vivo de que pensar, de fato, prejudica a salvação daqueles que teimam ser ignorantes.
Sua resposta foi fina e educada. Mas me preocupa o alto grau de intolerância, e consequentemente de violência, de certos grupos religios e politicos no Brasil.
Meu querido prof. Attico: Não se chateie e nem se afaste de sua missão que é a de levar as pessoas a pendatem e a terem informações.
Com estima e admiração,
José Luís Corrêa Novaes
Professor do Centro Universitário Metodista do IPA
Rede Metodista de Educação do Sul
Meu Caro Chassot!
ResponderExcluirNão me impressiona não o comentário de Oséias. Grande parcela de humanidade tem sido influenciada por religiões que anulam o senso crítico e a capacidade de reflexão do indivíduo. Por isso, a alienação também é um processo originado muitas vezes pela influência de crenças que apregoam a necessidade da aceitação de dogmas sem contestação. Tenho certeza de que o mundo seria bem melhor liberto destas influências. Não preciso nem advogar em tua causa neste caso, meu querido e sempre Mestre Chassot...
Abraço do JB...
Limerique
ResponderExcluirAgora um estudo levanta o véu
Descobriu que a fé tem seu papel
Ciência a essa altura
Com fé não se mistura
Pois aquele que pensa não vai pro céu.
Mestre Cchassot:: É triste como ainda existe gente ignorante mente atrasada, isso é patético e ridículo.Mestre prá mim você é um sábio, e um dia de um sábio vale mais que a vida toda de um ignorante. Valeu Mestre pela tua resposta a esse tal de Oseias. Um forte abraço Ley
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirAfinal uma afirmação oportuna
Que preenche antiquada lacuna
Mente e crença lado a lado
Cada um no seu quadrado
Pois ciência à fé não se coaduna.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu grande Mestre e admirável Chassot, para sempre nossa inspiração com palavras sempre tão inquietantes e transbordantes de nossos pensamentos, dúvidas, questões de vida e de convivência. Como diziam os antigos com quem eu muito aprendi e sempre busco a sabedoria possível aos que têm sede de conhecimento e sabem o quanto ele é vasto e inatingível por mais que nos esforcemos em buscá-lo. O que o senhor sofreu hoje deve servir como combustível para que jamais desista de compartilhar o conhecimento imenso que tem. Conhecimento que transborda, que ultrapassa compreensões e possibilidades de assimilação, por isso muitos, por mais que quisessem jamais conseguiriam alcançá-lo, pois preferem ficar presos aos seus dogmas, cristalizados, revoltantes, discriminatórios, que eliminam toda a qualquer outra ideia que não a sua. Imagino que não seja nada agradável nem nos permita passar incólume alguém que tenta nos desconstituir com tamanha voracidade tentando reduzir toda sua admirável história e trajetória a nada como se ela pudesse ser negada de forma tão inconsequente ou leviana. Talvez minhas palavras não o acalentem professor, mas saiba que sou solidária com seu momento, seja lá qual for o seu sentimento. Saiba que essa pessoa, seja também ela quem for, pois pode ter se identificado de forma equivocada ou fantasiosa como suas colocações, talvez só esteja demonstrando em suas palavras o que tem dentro de si para oferecer a partir do que é ou conseguiu até então, com toda sua frustração por talvez não ter conseguido chegar nem perto do seu reconhecimento. Em função disso entende classifica os(as) que o admiram com seus(suas) tietes como se em educação e ciência pudéssemos nos resumir ao mundo das tietagens efêmeras. Não professor, o senhor não cabe nessa classificação, pois o senhor é pra sempre, desde os idos anos de docência até os muitos mais que Deus ainda lhe permitir viver e levar aos corações de nossos jovens e, por consequência, daqueles que estes puderem atingir com uma proposta de ensino que para além do conhecimento também ensine que é possível fazer o que se faz com amor, encantamento, alegria e muito sentido sem nos apegarmos à dureza de dogmas que não admitem outros posicionamentos ou orientações de qualquer ordem. Mesmo que de forma singela, aceite a solidariedade nesse seu momento de uma simples professora que lhe conheceu e redescobriu em suas palavras a alegria e o sentido de ensinar e aprender sempre, em todos os momentos das nossas vidas, com todas as pessoas que passarem por ela. Abraços com carinho grande e pra sempre meu Mestre Chassot.
ResponderExcluirAmigo Chassot,
ResponderExcluirnão consegui elencar palavras para qualificar o comentário deste mujahid cristão.
A flatulência verbal do sujeito apiedou-me. É primário, paupérrimo e repleto de inveja.
Além da petulância em considerar-se na autoridade de julgar se a salvação de alguém será ou não "homologada"...
Meu engulho inicial converteu-se em uma risada!
Não há relevo neste tipo de agressão a ti... Aquilae non capit muscas.
Abraços solidários
PS: os limeriques do Jair estão impagáveis. Bravo!
ResponderExcluirPai
ResponderExcluirSaudades e orgulho de ser teu filho
Bernardo
Tem já muita gente se solidarizando contigo, meu amigo Attico, assim que a minha não vai ser a diferença. Ainda assim, é claro que um ataque desses não pode ser ser ignorado, pelo que aqui vai meu apoio!
ResponderExcluirPorém, interessa-me mais conversar sobre o tema da postagem. Faz parte da minha experiência pessoal o fato de que desenvolver a capacidade crítica, o questionamento a tudo e o não aceitar nada ser passa-lo por um escrutínio rigoroso faz com que seja difícil participar de uma religião, porque todas elas requerem que você aceite muita coisa sem questionar. Fui católico e hoje não o sou mais. No Catolicismo ainda tem uma certa margem para questionar, tal vez porque por ser antiga, aprendeu que ser excessivamente dogmática é ruim a médio e longo prazo e mesmo assim, não é possível escapar de um núcleo dogmático.
As novas "legendas religiosas", ditas de evangélicas, são puro dogma, sem espaço para pensar e incapazes de ver contradições evidentes, de forma que quando sentem-se questionados e, por tanto, ameaçados, só sabem atacar virulentamente, mostrando mais uma contradição com uma religião que dizem ser de amor e compaixão.
Gosto de separar a aceitação de uma religião da crença num ser superior, nominalmente deus. Sempre digo que não sou ateu pelo mesmo motivo pelo que não sou religioso, porque assim como não posso aceitar os dogmas sem questionar e não posso demonstrar a existência de esse ser superior, também não posso negar a mesma. Isto não é dizer que aceito essa existência, na verdade ela me é indiferente. Não sei ao certo se isto me faz um agnóstico ou simplesmente um "ateu funcional".
Pensando que quanto mais poder exige mais responsabilidade, assumo que deus, se estiver aí, tem a responsabilidade de se mostrar e de me convencer da sua existência, e não de esperar, infantilmente, a minha reverência e adoração que, obviamente, não faria diferença nenhuma para ele.
Em fim, devaneios e coisas do tipo que, no fundo, é a minha experiência pessoa que concorda com o tema da postagem.
Um grande abraço, me desculpa pela liberdade de "viajar" no teu blog e, novamente, minha solidariedade!
Prezado professor
ResponderExcluirO que falar de pessoas que combatem argumentos com agressões?
Na Filosofia aprendi que podemos discordar e concordar com tudo desde que possamos fundamentar com argumentos válidos.
O nobre Oseias deveria ter refutado a tese fundamentando seus argumentos e provando o contrário. Mas agindo da forma que agiu somente reforçou o que diz o texto.
Este é o argumento apresentado por Oseias:
Todos que acreditam em deus, pensam.
Eu acredito em deus.
Logo, penso.
Ele contradiz a própria lógica, porque afirma que os "tolos" também pensam.
Se os "tolos" pensam, então fazem parte dos "todos que pensam", logo também acreditam em Deus.
Portanto, não se preocupe, sua "salvação" está garantida.
Prezado professor, infelizmente uma grande parte da população, especialmente cristã, não suporta a ideia de alguém que possa ser virtuoso e não professar nenhuma crença. Essa é uma batalha que estamos enfrentando no Brasil. A laicidade passa necessariamente pelo respeito por quem pensa diferente de minha crença e dos que não tem crença. No último Censo (2010) 15% se declararam sem religião.
O respeito à diversidade e a liberdade de expressão precisam ser reforçadas.
Um abraço.
Clemildo