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sábado, 12 de outubro de 2013

12.— HOJE É FERIADO! POR QUE?

ANO
 8
Em trânsito IJUI/P0A

EDIÇÃO
 255


Na extensa e fecunda sexta-feira, o 33º EDEQ teve um dia pleno de atividades, que envolveu em torno de meio milhar de participante.
Parece que contemplamos a proposta síntese: “Movimentos curriculares da educação química - o permanente e o transitório". Agora, já colocamos em nossas agendas de 2014: outubro 10 e 11:       34º EDEQ na UNISC em Santa Cruz do Sul.
Quando esta edição sabática entrar em circulação estarei quase chegando à Porto Alegre. E, então curtir um feriado nacional hemi-dilapidado, por ocorrer em sábado.
Já que hoje não é feriado pelo dia da criança e também não (como em muitos países da América) pelo aniversário do início de um dos maiores genocídios, praticado ado por Cristóvão Colombo et caterva, em 12 de outubro de 1492. O dia não laboral é para a celebração de uma das muitas invocações marianas, exclusiva dos de fé católica. Por tal, antecipo aqui o artigo que o jornalista belenense José Carneiro, colaborador deste blogue, publicará amanhã no Diário do Pará. Ele narra um dos mais impressionantes atos de religiosidade do Brasil, que está entre os eventos que ainda desejo assistir.
O Círio: de Plácido à internet A exuberância religiosa e gastronômica da festa do Círio de Nazaré já está devidamente sacramentada – usando uma palavra adequada à liturgia do catolicismo – nos mais de dois séculos de sua existência e nas diversas facetas que, ao longo desse tempo, o evento conseguiu acumular, incluindo a programação dos quinze dias de duração da festa religiosa que movimenta a população e a economia num fenômeno que se assemelha ao natal. Tal fenômeno leva o belenense, em geral, a admitir ter dois grandes eventos para reunir a família, o natal e o círio de Nazaré.
No seu decurso histórico, a partir do momento em que a imagem encontrada pelo caboclo Plácido passou a ser cultuada em romaria, o Círio sofreu alterações dos mais variados tipos, ora de estilo, ora de segurança. Por causa da chuva da tarde, adotou-se o período matutino para a procissão. Registrou-se a exclusão temporária, logo restabelecida, da corda dos promesseiros – hoje o principal ícone da procissão, depois da berlinda com a imagem da Virgem de Nazaré. A suspensão da corda se deu em 1926, pelo arcebispo Dom Irineu Jofily, e foi retomada cerca de cinco anos depois, devido às articulações feitas pelo interventor Magalhães Barata, inclusive junto à Santa Sé, em Roma. São coisas do passado e já esquecidas, porém, todas essas intercorrências convergiram para o status quo vigente de que se reveste, hoje.
Uma das características do Círio de Nazaré é a demanda de romeiros, que chegam a Belém. Se antes essa peregrinação recebia grande contingente do povo do interior – motivo até de anedotário entre os belenenses – hoje os romeiros surgem de todas as partes do Brasil e, quiçá, do mundo, em movimento turístico sem precedentes na região.
Considerada a maior procissão católica, eventualmente é superestimada ou subestimada na sua grandeza, de acordo com a ótica do observador. No primeiro caso, citem-se as diferenças a respeito da quantidade de público que se concentra no dia da procissão, acompanhando ou assistindo a passagem da berlinda. Desde mensurações técnicas oficiais, passando por palpites de mesa de bar (de devotos e agnósticos) até estimativas bairristas, por exemplo, que suscitam dúvidas sobre ser esta a maior procissão do mundo, se supera Aparecida do Norte, quem sabe Fátima, em Portugal, e por aí afora, tantas são as procissões existentes. Até o Dieese, agora, é chamado para as reuniões estratégicas da diretoria da festa. De qualquer maneira, o crescimento indiscutível do evento suscita providencias públicas, privadas, eclesiásticas e até profanas, com vistas a exibir o espetáculo e garantir uma festa minimamente segura para curiosos e devotos.
Juntamente com a principal procissão do segundo domingo de outubro, outros eventos foram se somando ao longo dos anos, transformando e complementando o espetáculo que a televisão se encarrega de difundir para o mundo. O traslado na sexta feira, da Basílica até Ananindeua, de lá nova romaria até Icoaraci, de onde parte no sábado a romaria fluvial pela baía de Guajará, o mais recente grande evento, datado de cerca de 30 anos, ao que se acrescentou a moto romaria. A trasladação no sábado à noite, praticamente rivalizando, em número de pessoas e em tempo de duração, com a própria procissão do domingo. Atualmente, são muitas as romarias que acontecem antes e depois do círio. No paralelo ao religioso, a tradição cultural da venda de artefatos de miriti, que já tem vida própria com direito a espaço exclusivo para exposição; o arrastão do círio (boi-bumbá); Auto do círio e a Festa da Chiquita. Por fim, a aguardada queima de fogos de artifício e o recírio encerram a quadra nazarena.
No decurso das adaptações, o Círio de Nazaré entrou na era virtual e digital: já transmitido ao vivo pela internet, agora o evento conta com programas e aplicativos que facilitam, sobretudo aos turistas de fora do estado, o conhecimento dos mais importantes detalhes a respeito da sua programação. Coroando as mudanças, a participação de igrejas evangélicas no dia da procissão, doando água aos romeiros, parece sintetizar o ecumenismo desejado pela Igreja Católica. São tradições em transformação.

Um comentário:

  1. Limerique

    Se tenho que labutar então berro
    Minha vontade de imediato enterro
    Em paz no meu lar
    Sem me preocupar
    Descanso, porque ninguém é de ferro.

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