Ano
7*** CAMPINAS
***Edição 2242
Esta postagem
é ainda de Campinas. Devo deixar Viracopos às 6h15min.
Ontem pela
manhã, dividi uma mesa-redonda acerca das ‘Ciências
Exatas nas Ciências Humanas’ com meu colega Dario Fiorentini— coordenador
do maior Programa de Pós Graduação em Educação do Brasil [cerca de 130
professore e quase 700 mestrandos e doutorandos]. Ele em sua fala referiu o
quanto foi significativa minha participação na sua transição de ‘um matemático que
passa fazer educação com a matemática. Fiquei comovidamente surpreso. Dei ao
meu segmento o mote ‘do eSoterismo ao
eXoterismo’. Acredito que tenha ajudado a responder a pergunta que foi
recorrente na fase de preparação do evento: "Educador(a), que
form[a]ção é essa?"
Esta
interrogação também esta na camiseta que me foi presenteada pelos
organizadores.
Almocei com
quatro professores da Unicamp: Dário, Pedro da Cunha. Heloisa Rocha e Inês
Rosa. As discussões da manhã prosseguiram. Também o RUG assuntado aqui ontem
mereceu severas análises.
À noite por
mais de três horas cumpri a segundo parte do minicurso. Mais uma vez fui
acarinhado pelos estudantes.
Para esta
blogada não ficar com o tom exclusivo de ‘diário de viagem’ algo da imprensa
desta semana, que tem como manchete: DESCOBERTA POLÊMICA. A tese trazida não é
nova. A hipótese é muito provável, se nos dermos conta como as mulheres foram
apagadas na história do cristianismo. Eis a notícia:
Um fragmento
de papiro que provavelmente data do ano 350 da Era Cristã retrata Jesus usando
a expressão “minha mulher”. Segundo a historiadora da Universidade de Harvard
(EUA) Karen King, responsável pela análise do texto antigo, que ela apelidou de
“Evangelho da Mulher de Jesus”, o fragmento não traz informações confiáveis
sobre a figura histórica de Cristo, já que a narrativa quase certamente teria
sido composta séculos depois da morte dele.
O que o texto
mostra, no entanto, é o intenso debate sobre os prós e contras do sexo e do
casamento nos primeiros séculos do cristianismo – uma controvérsia que ainda
deixa marcas em temas como o celibato dos padres ou a ordenação de mulheres,
por exemplo.
O “Evangelho
da Mulher de Jesus” vem a público com uma aura de mistério, além da inevitável
polêmica que o tema do fragmento traz. Sua procedência exata é desconhecida.
Sabe-se apenas que, em 2010, um colecionador de antiguidades (cuja identidade
está sendo preservada) mandou um e-mail para Karen King, especialista em
cristianismo antigo da Escola de Teologia de Harvard.
O colecionador
queria ajuda para traduzir o fragmento – uma única folha de papiro, medindo
oito centímetros de largura por quatro centímetros de comprimento. O texto foi
escrito em copta, idioma descendente da língua dos faraós que era falado pela
maioria dos egípcios na época do Império Romano (e ainda é usado na liturgia
dos cristãos do Egito).
A pesquisadora
pediu a ajuda de outros especialistas em papiros e na língua copta e acabou por
decifrar o que restou do texto. A descoberta foi anunciada pelo jornal The New
York Times. Os fragmentos dizem, entre outras coisas, “Maria (Madalena?) é
digna disso” e, logo depois da menção a “minha esposa”, “ela será capaz de ser
minha discípula” e “eu habito com ela”. Dá para esperar um debate acadêmico
feroz em torno do manuscrito. Entre os especialistas que revisaram o artigo da
revista especializada The Harvard Theological Review no qual está a análise do
manuscrito, dois chegaram a questionar a autenticidade do material.
O preconceito e a clara intenção de manobrar as opiniões deixaram ocultos os escritos ditos como apócrifos, negando a todos o direito de conhecer segmentos da história e tirar suas próprias conclusões.Acompanhamos tambem uma ferrenha briga no mundo islâmico por uma sátira irresponsável. O fanatismo nos leva além da razão, perdemos o senso critico e passamos a cometer sandices.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirSe o Messias era casado ou não
Torna-se irrelevante questão
Por que excluir mulher?
Sem explicação qualquer
Dessa misógina cristã religião?
Querido Chassot,
ResponderExcluirNós da Faculdade de Educação da Unicamp ficamos imensamente gratos pela sua presença Semana de Educação, evento promovido e organizado pelos(as) alunos(as) da Pedagogia e Licenciatura Integrada em Química e Física. A sua disponibilidade e as atividades que desenvolveu foram momentos que certamente marcarão a formação desses jovens.
Em nome de todos, muito obrigado.
Pedro da Cunha