Ano
7*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2228
Antes de
trazer o que é anunciado na manchete, um breve registro acerca da manhã de
ontem. Em minha história, especialmente, enquanto morador de Porto Alegre e
professor em Montenegro e São Leopoldo (São José, Pedro Schneider e Unisinos),
devo ter passado centenas de vezes por Sapucaia do Sul, de trem, de carro ou de
ônibus. Mas talvez, na manhã de ontem, entrei, pela primeira vez na “Terra do
Zoo”, município emancipado no ano que iniciava o meu ser professor (1961).
A cidade está
a 19 km de Porto Alegre e pareceu-me muito simpática. Meu destino era o Colégio
São Lucas da Ulbra, para uma fala na Feira do Livro da Escola. Por cerca de 1,5
hora falei a alunos e professores do 3º ano do ensino médio que já haviam lido A Ciência é masculina? É, sim senhora!
Ao
final a Natália, em nome do grupo entregou-me um artístico troféu de “Autor
homenageado” e fiz dedicatórias autografadas a diversos jovens leitores.
Minha reflexão
neste feriado de dia da independência fica
por conta de uma notícia que li na quarta-feira. Uma pessoa — muito rica é
claro — define quanto se deva pagar a operários, que ela importa de outros
países porque os locais são muito caros.
Um país assim submetido a senhora
Rinehart é livre?
Mulher mais rica do mundo diz que
salário ideal é o africano, de R$ 4 por dia
A mulher mais
rica do mundo e herdeira de um império de mineração, Gina Rinehart (foto), afirmou nesta
quarta-feira (5) que a Austrália está ficando muito cara para as mineradoras e
disse que conseguiria contratar trabalhadores na África por menos de US$ 2 por
dia (cerca de R$ 4).
“As evidências
são inquestionáveis de que a Austrália está ficando cara demais e pouco
competitiva para negócios voltados à exportação”, disse Rinehart em uma rara
aparição pública no Clube de Mineração de Sydney. Um vídeo com a fala da
bilionária foi divulgado no site da entidade.
“Os africanos
querem trabalhar, e seus trabalhadores desejam trabalhar por menos de US$ 2 por
dia”, disse ela. “Tais números fazem eu me preocupar com o futuro desse país”,
disse. “Estamos nos tornando uma nação de alto custo e alto risco para
investimentos.”
Rinehart pediu
que as mineradoras possam levar trabalhadores estrangeiros para a Austrália, e
sua empresa Hancock Prospecting conseguiu aprovação, em maio, para contratar
pouco mais de 1.700 funcionários de construção estrangeiros para um projeto no
oeste australiano.
Limerique
ResponderExcluirMinas da Austrália ótima produção
Explorar os minérios foi sua opção
Mas para encher cofres
Não importa quem sofre
Gina Rinehart introduz a escravidão.
Caro Chassot,
ResponderExcluirDado a relevância do assunto, devo esclarecer o seguinte. Meu filho mais novo, Adriano, que é cidadão australiano, trabalha numa mina de carvão na localidade de Mudgee no leste australiano. Detalhe, os mineiros de carvão são responsáveis pela extração desse que é o minério mais abundante naquele país e que trazem mais divisas em exportações. A senhora Gina, provavelmente, está pensando com os botões dela que a riqueza deve ficar concentrada no capital como no capitalismo selvagem, os trabalhadores que se explodam. Pobre Austrália, uma país com grande diversidade que dá oportunidade de trabalho e crescimento a tanta gente, abrigar uma energúmena desse calibre! Abraços, JAIR.
Jair,
Excluirmuito estimado colaborador deste blogue,
passando ao largo dos primorosos e sempre instigantes limeriques, tua trazida acerca de teu filho e a associação com o reflexão do “Dia da ‘Independência’” e o exemplo doloroso da Austrália do Adriano acerca do quanto o capital monopolizado em mãos predadoras, como as da despótica Gina, torna países ‘livres’ submetidos.
Com agradecimentos por a cada dia enriqueceres este blogue e, especialmente, hoje narrares uma situação tão tocante
attico chassot
Limerique
ResponderExcluirTrabalhar na mina não é bobagem
Mineiros ao bom salário reagem
Mas a senhora Gina
Maior dona de mina
Prega aos céus capitalismo selvagem.
Como já disse Thomas Hobbes "O homem é o lobo do homem". Desde o início de nossa história que a exploração do semelhante é caracteristica inerente ao ser humano. Com o surgimento do capitalismo, substituiu-se a chibata material pela moral. Somos apenas números, e nossa coloração não pode adquirir a cor vermelha no balancete. Os ideais da Revolução Francesa a muito foram distorcidos e esquecidos, afinal "acabar com os privilégios" hoje soa apenas como uma frase bonita. Perdemos os melhoes anos de nossa vida em função do sistema capitalista. E quando velhos e já sem saúde somos punidos com um parco provento e o rótulo de inválidos. Afinal só os produtivos interessam.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
E eu ainda achava que ganhava mal... aloka. Mestre, saudades de você. Estou morando em Brasilia sabia? Abafa. Como o senhor tem passado? COnheces Canela?? Tenho namorado aquela cidade de longe, e quando eu ganhar na mega, vou comprar um apto lá.. e mudar de vez. Tenha um lindo feriado. Um beijo e um queijo de minas pra ti. Gabi.
ResponderExcluirMeu caro Chassot
ResponderExcluirEu sempre acreditei que a trajetória humana é feita de evolução e aperfeiçoamento, incluindo ai as atitudes e comportamentos. Mas cada vez que me deparo com uma pessoa como esta senhora, e sua forma de pensar esta relação Trabalho X Lucro sou tomado por extrema decepção. Talvez se passem gerações e nunca conseguiremos atingir uma vida plena evoluida onde todos tenham as mesmas oportunidades e reconhecimento. Infelizmente....JB
Muito querida Gabriella,
ResponderExcluirhá quanto tempo! Não sabia que trocaste Governador Valadares por Brasília. Agora minha torcida (viva o pensamento mágico!) é que ganhes na loto e venhas te arranchar na simpática Canela e curtir seu inverno e ver as florada de hortênsias.
Agradeço teu retorno
attico chassot
Mestre,
ResponderExcluirreitero minha imensa admiração por ti e tua obra, bem como minha gratidão por nossa amizade.
Afagos,
Guy.
Boa noite, Mestre!
ResponderExcluirComo o objetivo da moça é a máxima eficácia econômica, dissociada de qualquer consciência humanitária, pode-se dizer que ela está certa, pelo menos para os seus propósitos!
Agora, que os propósitos dela são legítimos e benéficos para tornar a humanidade mais civilizada e justa, isto já não pode ser afirmado!
Mas, por aqui, tem gente fazendo coisas piores, mesmo para os seus compatriotas!
Abraços!
Prezado Mestre chassot,
ResponderExcluirinfelizmente não pude estar presente em sua visita ao Colégio Ulbra São Lucas devido a compromissos pessoais inadiáveis. Recebi inúmeros relatos de alunos e de colegas sobre o quão edificante e rica foi sua palestra em nossa Feira do Livro. Fico muito agradecido por ter aceito nosso convite e muito honrado em tê-lo como amigo de nossa Escola. Espero, em breve, agendarmos uma nova visita para que eu possa conhecê-lo pessoalmente. Um grande abraço."