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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

31.- QUANDO 1 = 15.000.OOO



Ano 6 *** www.professorchassot.pro.br *** Edição 2008

Hoje, dia 31 de janeiro, às 18h será celebrada missa de sétimo dia, em memória do Professor Roque Moraes. Esta ocorre na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, situada na Rua Dario Totta, nº 24, em Teresópolis, Porto Alegre.



Li no texto Colesterol e desigualdade de Moisés Naím [Folha de S.Paulo, p. A14 27JAN2012] que existe (assim como o colesterol) 'desigualdade boa' e 'ruim', mas que o truque consiste em conter a segunda no nível mais baixo possível.
O referido artigo é a propósito do quanto, nos Estados Unidos e em outros o principal tema político de 2012 será a desigualdade. Neste ano, haverá eleições em países que concentram 50% da economia mundial. E, em todos eles, os protestos contra a desigualdade e as promessas de reduzi-la farão parte do debate.
Para Moisés Naim a “desigualdade não é nova. O que é novo é a intolerância em relação a ela. As grandes maiorias nos países mais ricos, alquebradas por desemprego e austeridade, começaram a interessar-se pela distribuição de renda e pela riqueza. E o interesse pelo tema se globalizou. Por muito tempo o mundo viveu em coexistência pacífica com a desigualdade (com ocasionais revoluções que interromperam a coexistência)”.
A propósito o autor apresenta uma manchete do "Los Angeles Times", "os seis herdeiros da Wal-Mart são mais ricos que a soma dos 30% dos estadunidenses com renda mais baixa". Fiz uma ‘continha’. Se os Estados Unidos tem cerca de 309 milhões de habitantes, seis deles têm o mesmo que têm outros 92,7 milhões. Ou seja, cada um dos herdeiros da Wal-Mart tem o mesmo que outros 15 milhões de estadunidenses. Isto é aproximadamente 1,5 vezes a população do Rio Grande do Sul,
Parece ser senso comum que há ai deve ter dinheiro mal havido, especialmente se entendermos que a Wal-Mart — talvez a maior multinacional do Planeta — tem cerca de 50 anos e opera no setor de supermercados e lojas de departamentos. É difícil ficar insensível a tamanha desigualdade. Mesmo que no Brasil o lema seja: “Wal-Mart – É pagar menos. É viver melhor”
Mas nem todos criticam a riqueza. O banqueiro Jamie Dimon, presidente do JPMorgan Chase, declarou exasperado: "Não entendo nem aceito essa coisa de criticar o sucesso ou agir como se todos os bem-sucedidos fossem maus". A perplexidade de Dimon é baseada na suposição de que riqueza é o modo como a sociedade estimula e premia inovação, talento e esforço. Quem é rico merece sê-lo.
Mas nem sempre. Grandes riquezas também podem ser fruto de corrupção, discriminação ou monopólios. Na lista dos mais ricos do mundo, há muitos milhares de milionários que chegaram a isso mais graças ao Estado do que ao mercado.
É ainda de Moisés Naim a afirmação: “A desigualdade econômica em alto grau é prejudicial à saúde de um país: acarreta instabilidade política maior, mais violência e também prejudica a competitividade e, no longo prazo, o crescimento”.
Talvez esta blogada pudesse ter o mesmo encerramento que a postagem de ontem: Façamos algo (e torçamos nos países em ocorrem eleições) para que UM OUTRO MUNDO SEJA POSSÍVEL 

3 comentários:

  1. Caro Chassot,

    nunca fiz uma pesquisa, mas tenho por certo que as grandes fortunas são, na maioria das vezes mal havidas, senão, no mínimo, uma indecência. Agora que acorda está apertando no pescoço dos países ricos o povo de lá está lembrando as 'desigualdades': muito interessante!

    Um abraço,

    Garin

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  2. Caro Chassot,
    Blogada nota 10, a desigualdade social será o mote da próxima convulsão social em caráter planetal que virá, não tenhamos dúvida. Hoje, por acaso, enfoco a desigualdade em meu blogue também. Abraços, JAIR.

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  3. A desigualdade social é uma pandemia, a pior de todas.Uma boa notícia: o recém nascido que precisava de UTI, foi operado e já esta em casa e alimentando-se normalmente.
    Edu

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