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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

30.- FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO


Ano 6 ***    UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL      *** Edição 2007
Quando tive minha formação religiosa, aprendi que existia ‘pecado de omissão’. Faço pública minha expiação.
Aconteceu em Porto Alegre e na região Metropolitana (Gravataí, Canoas, São Leopoldo, e Novo Hamburgo) de 24 de janeiro até ontem (29) o Fórum Social Temático (FST) 2012. Este é um evento que se insere no processo altermundista iniciado pelo Fórum Social Mundial (FSM), em 2001. As atividades do FST 2012 debateram questões referentes a três temas: a crise capitalista que atinge a Europa principalmente e a busca por justiça social. A proximidade da cúpula da ONU para o desenvolvimento sustentável (Rio+20), que acontece em junho, no Rio de Janeiro, e a Cúpula dos Povos, reunião alternativa à Rio+20, colocam a pauta ambiental em evidência e motivam a formulação pelos movimentos sociais de propostas alternativas às que serão apresentadas pelos governos.
Tendo participado ativamente das edições do FSM que se realizaram em Porto Alegre: 2001, 2002 (pela imprensa, pois estava no pós-doutorado), 2003, 2005, 2010, sem encontrar explicações, me omiti nesta edição do FST, limitando-me a acompanha pela TVE e Cultura FM, a partir do dia 25. Esta edição do blogue é uma tentativa de trazer algumas informações e decisões ocorridas.
O FST é um evento altermundista organizado por um grupo de ativistas e movimentos sociais ligados ao processo do Fórum Social Mundial. O tema de 2012 foi Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental. O FST 2012 se propõe ser um espaço de debates preparatórios para a Cúpula dos Povos, reunião alternativa à cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece em junho, no Rio de Janeiro. 
A Assembleia dos Movimentos Sociais, constituída no Fórum Social Temático 2012, sobre justiça social e ambiental, convocou na tarde deste sábado (28), uma jornada de lutas das entidades a partir do dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. Durante o encontro, foi aprovada uma carta assinada pelos movimentos que defende, entre outros pontos, a centralidade da luta por justiça ambiental em oposição ao modelo de desenvolvimento capitalista.
A data das mobilizações ocorre 10 dias antes da Cúpula dos Povos, programada para ocorrer paralelamente à Conferência Rio+20, da Organização das Nações Unidas (ONU).
 Segundo a organização do evento, a Coordenação dos Movimentos Sociais, cerca de 1.500 pessoas lotaram o auditório da Usina do Gasômetro, na margem do Rio Guaíba, em Porto Alegre (RS). Durante toda a assembleia 30 entidades, 20 nacionais e 10 internacionais, se revezaram na defesa de suas bandeiras e propostas por um outro mundo possível, lema do processo do Fórum Social Mundial.
 Como descreve o documento o documento final da Assembleia do FST deste sábado, protesta contra políticas conduzem a "guerras, ocupações militares, tratados neoliberais de livre-comércio e medidas de austeridade expressas em planos econômicos que privatizam bens, cortam salários, reduzem direitos, multiplicam o desemprego e exploram os recursos naturais".
João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST), foi nomeado responsável para dar um panorama geral da conjuntura internacional. Ele alertou que os trabalhadores estão apáticos e que os movimentos tem uma grande responsabilidade nisso, no sentido de acordar a classe trabalhadora. "Nós ainda precisamos tirar os trabalhadores da apatia", exclamou. Para Stédile, o cerne da mobilização deve ir direto na produção do capital. “Se quisermos realmente derrubar o capitalismo temos que parar a produção.”
Outro desafio colocado na fala do dirigente do MST é o controle dos meios de comunicação. “A burguesia controla a população através da televisão. Precisamos enfrentar o problema dos meios de comunicação de massa”.
Os movimentos sociais do Fórum Social expressaram em nota sua "rejeição as falsas soluções para crise" e denunciaram que "os agrocombustíveis, a geoengenharia e os mercados de carbono" são "somente novas fantasias de um mesmo sistema".
A intenção dos movimentos do Fórum Social Mundial é alertar os governantes mundiais que a "sociedade civil" exige o fim do "processo de "destruição" do planeta.
O objetivo é que a mobilização global seja similar ao movimento contra a globalização de 15 de fevereiro de 2003, que levou 15 milhões de pessoas às ruas de centenas de cidades do mundo inteiro para protestar contra a Guerra do Iraque.
Neste sábado, o movimento contra a globalização confirmou que durante a Rio+20 fará no Rio de Janeiro o que batizou de "Cúpula dos Povos", um protesto pela falta de compromisso real contra a mudança climática causada pela ação depredadora do homem.
"O aquecimento global é resultado de um sistema capitalista de produção, distribuição e consumo" dominado pelas "multinacionais, instituições financeiras e organismos que não querem reduzir suas emissões" de gases poluentes, diz o comunicado divulgado neste sábado pela Assembleia dos Movimentos Sociais.
O comunicado denuncia que "agora pretendem impor a economia verde como solução da crise ambiental e alimentícia", mas afirma que isso "agravará o problema e vai resultar na mercantilização e privatização da vida".
A "tentativa de 'tornar verde' o capitalismo, acompanhado pelos novos instrumentos dessa economia verde, é um alerta para que os movimentos sociais reforcem a resistência e assumam obviamente o papel principal na construção de novas alternativas à crise", acrescenta.
Com relação à questão ambiental, as organizações sociais expressaram "solidariedade a luta dos povos do mundo contra a lógica depredadora e neocolonial das indústrias extrativistas e as mineradoras multinacionais".
No que diz respeito à situação financeira global, a nota indica que "todos os povos do mundo sofrem atualmente os efeitos do agravamento da profunda crise do capitalismo" E adita que os "agentes do sistema", identificados como "bancos, multinacionais, grandes grupos de mídia, instituições internacionais e Governos a seu serviço", buscam "aumentar os próprios lucros por meio de políticas intervencionistas e neocoloniais".
Ajudemos para que UM OUTRO MUNDO SEJA POSSÍVEL      

3 comentários:

  1. Caro Chassot,

    sempre estás em tempo: o ideal que todos perseguimos de "um outro mundo é possível!" será sempre atual enquanto permanecer a esperança e a luta que a alimenta.

    Não resta dúvidas de que o 'sistema' sempre muda para não mudar nada.

    Um abraço,

    Garin

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  2. Ola Mestre Chassot
    Eu também devo fazer uma expiação, pois creditei pouca importância ao evento e sequer escrevi uma linha sobre ele. E a sua importância não pode ser relegada a segundo plano, principalmente quando se discutem questões relevantes de interesse coletivo. Necessito uma reflexão, pois me vejo acometido de um sentimento egoista e individualista quando negligencio a importancia do FST. Também participei da edição de 2005, onde fui voluntário na área de recepção das comitivas de lingua espanhola. Obrigado pela lembrança.
    Abraços JB

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  3. Caro Chassot,
    A paz do mundo e a perpetuidade do Homo sapiens no Planeta dependem de novas maneiras de pensar o gasto de energia e o capitalismo predatório. Dentro dessa maneira de ver o futuro, o Fórum em foco é de uma importância maior que se imagina. É de importância "megalodôntica", para usar um neologismo que acabei de inventar. Abraços e boa semana, JAIR.

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