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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

30.— PULGAS E PULGOS IRRITAM ATÉ ELEFANTES

ANO
   8
A R A R A Q U A R A – S P
EDIÇÃO
 2528


Abro esta edição, postada ainda em Araraquara, com a transcrição de comentário de Jair Limerique Lopes, postado na edição de segunda-feira: Paul Singer que você se refere é economista. O Singer acima é Peter, filósofo. O Chassot se enganou. Abraços, JAIR. Respondi assim: Muito estimado e atento Jair, realmente o Chassot, se enganou. Das três blogadas destas segunda, terça e quarta feiras, na primeira vez que citei o nome do contestado filósofo australiano Peter Singer, nomeei-o como Paul Singer, num lapso por evocar aquele que é talvez a nossa maior referência em economia solidária: Paul Israel Singer (Viena, 24 de março de 1932),um economista e professor brasileiro nascido na Áustria. Ao desculpar-me de ti e de meus leitores, nesta errata homenageio um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Com estima, achassot
No frutuoso dia de ontem, vivi privilegiados momentos no XI Evento de Educação Química; pela manhã uma palestra: “Currículo, políticas públicas e formação de professores”.  Para justificar porque tangenciaria em alguns tópicos do título (na última hora a mesa redonda em que eu falaria 20 minutos, transmutou-se em uma palestra de mais de 2 horas) iniciei contando uma historieta: “Certa vez, renomado zoólogo recebeu um convite para falar acerca de elefantes. Durante praticamente toda exposição discorreu sobre pulgas. Discutindo, com detalhes as diferenças anatômicas entre o pulgo e a pulga e a maneira como se dá o intercurso sexual destes insetos sem asas. Mostrou como os sifonápteros são parasitas externos que se alimentam do sangue de mamíferos e aves. Destacou que pulgas e pulgos podem transmitir doenças graves como o tifo e a peste bubônica, especialmente a animais de estimação, como o gato, o cachorro, entre outros. Trouxe curiosidades como: pulga é capaz de pular a um metro de distância, o equivalente, em proporção de tamanho, a um humano saltar o comprimento de um campo de futebol. Concluiu gloriosamente sua fala dizendo que esses quase microscópicos insetos são capazes de irritar e transmitir doenças elefantes, os maiores animais terrestres da atualidade pesando em média entre 4 a 6 toneladas e medindo cerca de quatro metros de altura. O conferencista mereceu muitos aplausos”.
Ao final, comigo, na manhã e noite de ontem, houve algo semelhante. Após a palestra autografei vários exemplares de meus livros e tirei muitas fotos. Comovi especialmente com as demonstrações de afeto do Adriano, vindo desde Belém do Pará.
À noite, por quase quatro horas em um minicurso mostrei o quanto a História e Filosofia da Ciência são excelentes catalisadores para propostas transdisciplinares para o ensino de Ciência. Não precisei falar nem de pulgas nem de elefantes.
Tive muitas manifestações de apreço. Permito-me destacar duas.
Uma: o Prof. Leinig Perazolli (comigo na foto), doutor na área de cerâmicas contou-me que sou responsável pela sua conversão à área de História e Filosofia da Ciência, pois assistiu a uma palestra minha a dez anos e aderiu à História da Ciência. Hoje é autor de livros e artigos na área.
O Agenor, aluno da Pedagogia, teólogo, por dez anos sacerdote católico, agradeceu-me emocionado por quanto aprendera no meu minicurso sobre religiões e história da Igreja.
Essas duas manifestações e muitas outras, gratificam e minimizam qualquer cansaço. Valeu muito ter estado no 1º. 3º e agora no 11ºEVEQ. Já sou convidado para a palestra de abertura do 21ºEVEQ em 2023.
O XI EVEQ, com participantes de vários estados do Brasil, encerra hoje. Parece que se possa afirmar que o evento cumpre sua proposta "Educação inclusiva: uma nova maneira de ensinar química".
Nesta manhã retorno a Ribeirão Preto, aonde nesta noite falo para professores e alunos do USP. Então, não precisarei de circunlóquios, pois para o tema “O que é Ciência, afinal?” tenho assunto quase tanto como outro palestrante tem sobre pulgas.

9 comentários:

  1. Tive o privilégio de ouvir a história sobre pulgas e elefantes em primeira mão! Obrigada, Mestre Chassot, por sua presença cativante e grande contribuição. A Comissão Organizadora do EVEQ agradece!

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    1. Obrigado querida colega Alessandra!
      Realmente quando comentava contigo, por telefone, a minha dificuldade em cumprir densamente a alteração de mesa-redonda em palestre, comentei que me inspiraria no zoólogo com expertise em pulgas convidado para falar em elefantes.
      Sou grato pela oportunidade de estar neste XI EVEQ e também para voltar (elo menos) em 2024.
      Com gratidão,
      attico chassot

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  2. Interessante que cheguei até comentar com minha esposa a Ley a feliz coincidência do Mestre Chassot estar falando de Paul Singer, e nós estarmos estudando suas obras na faculdade. Achei pitoresca a peculiaridade de defender os animais, muito embora ainda não tivesse lido essas referências em suas obras. Mas revendo os comentários acho que não ocorreram classificações contrárias. Quanto a blogada de hoje, gostaria de lembrar que é uma mísera bactéria ou um minúsculo vírus que nos matam.

    abraços
    Antonio Jorge

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  3. Em nosso familiar "café cultural" (cada vez com menos membros, afinal um já casou) tão ricamente recheado com os assuntos norteados com as blogadas do Mestre lembrei-me de uma anedota contada por um antigo professor de biologia em meu segundo grau há quarenta anos atrás sobre a memória dos elefantes, perdoe-me o Mestre se a mesma aqui não couber, mas não resisto a tentação de repassá-la;
    Determinado sujeito, conhecedor da peculiaridade sobre a memória dos elefantes foi a um circo e desafiou a plateia: - Aposto um milhão que faço esse elefante sentar!
    Burburinho geral, dinheiro recolhido e apostas feitas, o sujeito aproximou-se do elefante com uma mata-moscas vermelho e estrategicamente acertou as partes baixas do animal gritando "Senta!". Diante de tamanha dor o bicho não teve outra reação a não ser sentar para aliviar seu sofrimento.
    Passado algum tempo, aquele circo já em outra cidade, e o mesmo espertalhão viu que se tratava do mesmo elefante. Foi então a plateia e fez novo desafio; - Aposto um milhão que faço esse elefante responder sim ou não! Novo burburinho, dessa vez até um pouco maior, mas novamente dinheiro recolhido e apostas feitas. Dirigiu-se então o malandro para a plateia e exclamou: - Agora vejam o sim! Voltou-se para o animal balançando discretamente na mão o mata-moscas vermelho e sussurrou ao ouvido do animal que nessas alturas suava copiosamente fitando o artefato de tortura: -Está lembrado de mim? Ato contínuo o bicho balançou freneticamente a cabeça em afirmativa o que arrancou da plateia um sonoro OOOHH. Nisso o calhorda brada: - Agora vejam o não! Se aproximou novamente do paquiderme e sussurrou ao apavorado animal : - Quer levar outra daquela? Imediatamente o animal iniciou um balançar negativo com a cabeça enquanto instintivamente fechava as pernas protegendo as partes íntimas.
    Enfim "os elefantes nunca esquecem"

    abraços

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  4. Limerique

    Incomoda muita gente um elefante
    Paquiderme grandalhão, deselegante
    Mas pulga diminuta
    Bicho filho da puta
    Para ele é muito atemorizante.

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  5. Ao Nosso Grande Mestre: " Errar é humano, mas também é humano perdoar. Perdoar é próprio de almas GENEROSAS". UM forte abraço Ley

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  6. Ao sair de Belém para participar do XI EVEQ, embarquei um tanto sorumbático. Já que hoje, 30 de agosto, é a comemoração do primeiro aniversário de meu segundo filho José Heitor (minha primeira filha Lanna está em seu oitavo ano, faço este comentário para evitar ciúmes futuros). Entretanto, a jornada de retorno é repleta de júbilo, pois trago um novo AMIGO, Prof. Attico Chassot. Muito obrigado por suas palavras e pelo presente aos meus amados filhos. Sei que o José Heitor irá perdoar-me a ausência.
    Agradeço a todos os organizadores, pois o evento foi um sucesso, espero nos encontrarmos no XII EVEQ.

    Att,
    Adriano

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Tive o grande privilegio de assistir esta palestra e me encantei com as sabias palavras do senhor e serei contemplada novamente com grande conhecimento, pois terei a honra de revê-lo em minha cidade Anápolis em breve.
    Um grande abraço.
    Att, Priscilla

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