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sábado, 24 de agosto de 2013

24.— MONGÓLIA... ¿QUE PAIS É ESSE?


ANO
 8
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2523

Quando esta edição sabática circular já estarei deixando Frederico Westphalen rumo à Porto Alegre, onde nesta manhã tenho um seminário na Disciplina de Pesquisa II no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão. Acredito que, ontem na URI, tenha migrado de solilóquios a colóquios (como discerni, aqui, na edição de quinta-feira).
Quando na terça-feira comentei o filme ‘Bebês’ fiz uma promessa: traria algo acerca da Mongólia, com comentários a livro, que li há um tempo. Das quatro crianças trazidas no filme — da Namíbia, da Mongólia, do Japão e dos Estados Unidos — nos desperta mais curiosidades, quanto o cenário, aquela que vive no 19º maior país do mundo e o menos povoado (a menor densidade populacional: dois habitantes/km2; 57% da população vive nas cidades). É também o segundo maior país do mundo sem costa marítima (o 1º é o Cazaquistão). A Mongólia possui pouquíssima terra arável, sendo a maior parte de sua área coberta por estepes, com montanhas ao norte e ao oeste e com o deserto de Gobi, ao sul. Aproximadamente 30% da população são nômades ou seminômades. A religião predominante na Mongólia é o Budismo tibetano. Cerca de 20% da população vive com menos de US$ 1,25 por dia.
Na esteira do filme, a dica sabática de hoje é o livro Mongólia, no qual por meio das tessituras de três relatos vivemos uma aventura indescritível em um país que conhecemos muito vagamente. Saber das venturas e aventuras de homens e mulheres que vivem literalmente no outro lado do planeta é um privilégio àqueles que desfrutarem deste premiado romance de Bernardo Carvalho.
CARVALHO, Bernardo. Mongólia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, 187 p. ISBN 85-359-10422-0

Bernardo Carvalho, jornalista e escritor, com livros publicados com sucesso em vários países da Europa, usufruiu por dois meses, na Mongólia, de Bolsa criada por instituição portuguesa. Depois de percorrer ali mais de cinco mil quilômetros, produziu o romance Mongólia, que entre outras consagrações recebeu o Prêmio Jaboti 2004.
Muito provavelmente, no imaginário da maioria dos leitores deste blogue a Mongólia não passe de desertos inóspitos, situado na fronteira da China. Depois de viajarmos no texto de Bernardo de Carvalho nossos conhecimentos se tornam avantajado sobre aquilo que estudamos em distantes aulas de geografia e talvez mesmo superam aqueles obtidos se visitássemos o país como turistas do tipo de “dar uma chegadinha” para amealhar mais um carimbo no passaporte.
Mongólia é redigido de forma magistral pela tessitura de três relatos. No primeiro, na voz do escritor, o autor nos traz a narrativa da busca de um jovem brasileiro, que visitava o país e desaparece. O segundo texto é narrado por diplomata escolhido para fazer uma viagem oficiosa à Mongólia para localizar o desaparecido. O terceiro são excertos do diário do jovem objeto da busca. É na instigante interlocução destas três narrativas que viajamos à Mongólia, quase sentindo as intempéries no deserto de Gobi e das estepes mongóis. Travamos contatos com monges budistas, sabemos das histórias de criadores de renas nas geladas fronteiras com a Rússia ou aquelas dos criadores de camelos no deserto de Sharga. Ainda conhecemos feitos dos falcoeiros ou ouvimos remanescentes dos sobreviventes da dominação russa.
Assim na aceitação do convite de para fruir Mongólia está uma excelente contrapartida: conduzido pelo perspicaz escritor Bernardo Carvalho viajar a fronteiras quiçá nunca dantes imaginadas.
O livro e o filme me excitaram. Coloco a Mongólia em meus sonhos de consumo turístico. Talvez, um dia...

6 comentários:

  1. Também li este livro Mestre Chassot, e também gostei muito.
    Marcelo R L Oliveira

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  2. Também li este livro Mestre Chassot, e também gostei muito.
    Marcelo R L Oliveira

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  3. Meu Caro Mestre Chassot
    Também me deixou bastante curioso tua chamada para a leitura de MONGOLIA. Realmente, minha ideia a respeito deste país é muito superficial e carregado de preconceitos. Vou tentar buscar a obra para leitura, e também gostaria de colocar este destino em meus sonhos de consumo.
    Abraço do JB e bom final de semana.

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  4. Falar da Mongólia sem mencionar Temudjin, ou como todos o conhecem Gengis Khan,seria uma injustiça. O Imperador guerreiro tem uma das mais emocionantes histórias, apesar de seus rastro de guerras e aniquilações, vale a pena pesquisar.

    Abraços
    Antonio Jorge

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  5. Limerique

    Lá vem Chassot com outra boa dica
    Vou à livraria para ver como fica
    Mongólia país estranho
    Sabe a coisa d'antanho
    E, parece, uma visita suplica.

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  6. Ainda não li o livro, nem olhei o filme. Seu povo, sua cultura confesso que me fascina. Conhecer de perto, sonho "utópico" de um professor em país que não VALORIZA o Ensino, o Conhecimento, a Educação...Sendo uma dica vindo do mestre já está anotada. Grande abraço!

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