Pelo
horário da Região Norte na virada sexta-feira/sábado estarei viajando desde
Manaus à Boa Vista, porém pelo horário de Brasília (+2 horas) esta postagem
ainda ocorre em Manaus. Na única capital de estado que fica no Hemisfério
Norte tenho hoje ~~ pela manhã e tarde ~~ duas bancas de qualificação das professoras Iliane Margarete
Ghedin e Leila Márcia Ghedin; orientandas das professoras Patrícia Macedo de
Castro e Ivanise Rizzati, respectivamente.
Ontem
pela manhã prosseguiu o seminário com os alunos da REAMEC. Já houve o
planejamentos das atividades das próximas segunda, terça e quarta feiras.
Esta
blogada sabática se faz diferente. Como no ano passado, o professor Guy Barros
Barcellos, está no verão brasileiro nos Estados Unidos. Ele volta repetir a experiência
de 2012, enviando suas observações estadunidenses. Biólogo, Mestre em Educação em Ciências e
Matemática / PUCRS e doutorando da mesma área e docente de Ciências e Biologia da Rede de Escolas da
ULBRA e desde novembro professor da Rede Pública do Rio Grande do Sul.
Talvez esta recente função faz que nosso
correspondente, em sua primeira crônica nos mostre uma escola publica estadunidense.
Eis olhar daquele (na foto) que tem expertise em museus da Natureza.
Sempre que viajo fico
curioso em saber como funcionam as escolas inseridas nas diferentes culturas e
nações. Como é sua infraestrutura, qual tipo de filosofia permeia seu ensinar,
quais conhecimentos são trabalhos e por quê. A partir da satisfação de minha
curiosidade faz-me ainda mais feliz traçar paralelos entre nossas escolas
(gaúchas, as que conheço) e aquelas de outros mundos. Melhor ainda: copiar
aquilo que têm de bom, ou ao menos adaptar...
Recentemente li um
artigo francês intitulado “Os segredos da Finlândia” onde o autor relatava como
os escandinavos conseguiram chegar a níveis bárbaros (com o perdão do
trocadilho) nos resultados do PISA, e como haviam atingido o zimbório da
educação mundial. Durante a leitura muitas vezes vi-me com os olhos marejados
de encantamento e alva inveja. Encantamento por ver que compartilho de muitas
ideias de liberdade e desgosto em perceber que ainda estamos presos ao mais
rupestre e primitivo dos sistemas de educar...
Durante o concerto de
réveillon na Atlanta Symphony Orchestra tive a felicidade de sentar-me ao lado
de dois educadores. Entre a “Dança das Horas” da ópera Gioconda e “La Moldava”
de Smetana acabamos nos descobrindo. Ao término recebi o gentil e irresistível
convite para conhecer as escolas onde trabalham Mr. e Mrs. Power, pelo qual sou
muitíssimo grato. Donna é a PISC (Parent
Institutional Support Coordinator) de uma Middle School e John é o headmaster
de uma High School, ambas estaduais e
com clientelas de classes c e d.
É sobre a visita à “Louise
Radloff Middle School” que tratarei nesta crônica, ocorrida na última
terça-feira (08/01/2013). A escola está localizada em um setor comercial da
cidade de Duluth, satélite de Atlanta, não sem um motivo: apesar de, comumente,
ficaram em zonas residenciais esta escola fica em local atípico porque foi
instalada nas antigas imediações de um jornal. Antes de pensarmos em um
“remendão” vejamos o que segue...
O prédio, imenso, fica
em um local amplo e muito arborizado, estacionamos no setor de visitantes e
fomos à portaria, que controla todos que entram e que saem... Donna, que é
doutora em educação, recebeu-nos alegremente (minha mãe acompanhou-me na
visita) em sua confortável sala com cadeiras de veludo e espaldar alto, onde
tivemos uma conversa de uma hora, precedendo um delicioso almoço no refeitório.
Este localizado no antigo parque gráfica. Muito bem iluminado, limpíssimo, com
teto que absorve som. Bufê muito bem apresentado, servido por funcionários de
luvas, tocas e máscaras, que saíam de uma cozinha envidraçada impecavelmente
limpa. Comemos frango agridoce, salada, rolinhos primavera e arroz com
espinafre... Menu preparado pela nutricionista da escola. Após o almoço começou
nossa visita.
Devido
a extensão do relato, reservo para a blogada de domingo a parte final da crônica
do Prof. Guy. Até então.
Estou muito curiosa pela continuação dessas crônicas!
ResponderExcluirLimerique
ExcluirCerta vez houve uma interrogação
Quem quer ser primaz na educação?
Brasil a mão levantou
E grave decisão tomou
Com a voz alta e clara disse não.
Este relato me trouxe a lembrança do saudoso educador Darcy Ribeiro, que tanto lutou por um Brasil melhor. Idealista, visionário e gênio.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Sempre um prazer estar neste blogue.
ResponderExcluirAbraços aos comentaristas e ao mestre
Deixou um gosto de "quero (ler) mais"!
ResponderExcluirDepois da descrição sobre a infraestrutura, estou ansiosa para saber como se dá a organização pedagógica!
Um relato muito interessante....
ResponderExcluirQ acaba deixando aquela vontade de ver o dia seguinte....