01.- Inaugurando JULHO

Ano 5

Niterói

Edição 1793

Inauguramos um novo mês e novo semestre. A clássica constatação ‘tempus fugit’

não a retomo, uma vez mais, para não parecer redundante. Começamos um mês que se diz atípico em sua edição de 2011, por suas cinco tríades – SEX+SAB+DOM – que evocam lazer. Se diz que isso é inusitado que ocorrerá de novo daqui a 823 anos; Aliás, este sétimo mês – havia um tempo – era gostosamente esperado: as férias de julho. No Hemisfério Norte, junto com agosto, é o período de férias. Agora temos um recesso de aulas, mas temos densas avaliações, que exigem para sua apropriação dominarmos ‘software’ que para ser usados com competência, requerem cursos que chegam lembrar as aulas de cálculo.

Esta edição é postada desde Niterói, outra cidade que se insere como mais um local, na listagem de edições deste blogue. Neste julho, provavelmente, este blogue será postado de pelo menos cinco cidades europeias das quais três inéditas para mim. Já, aqui e agora, pré-anuncio sumarentos ‘diários de um viajor’.

Como anunciei ontem vim à antiga capital do Estado do Rio de Janeiro (quando o município do Rio de Janeiro constituía o Estado da Guanabara, que existiu de 1960-1975, em sucessão do então Distrito Federal). Era aguardado no Galeão (ou melhor: no aeroporto Maestro Antonio Carlos Jobim) pela Profa. Dra. Maura Ventura Chinelli, uma colega de Química que é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense. Mais uma vez me encantei na travessia dos quase 15 quilômetros da ponte Rio-Niterói. Lembro de reportagens do início simbólico das obras em 1968, com a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II.

À noite proferi a palestra “Das disciplinas à indisciplina: caminho ao inverso para a leitura do ‘mundo real’”. Na solenidade de abertura no VII Seminário de Práticas Discentes, Pesquisa e Extensão na Formação do Professor onde se inaugurou a segunda fase do PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - da UFF, para 12 Licenciaturas diferentes. A atividade foi no auditório da Faculdade de Educação da UFF. Foram quase duas horas de fala para cerca de uma centena de diferentes estratos acadêmicos, alunos de licenciaturas envolvidos em estágios, professores de escolas que recebem os estagiários e pesquisadores em Educação cientifica. Foi muito bom reencontrar parceiros de outras jornadas. A Deia (autora das fotos) Josemar, Schmidt, Jairo. Ao final recebi demonstrações de carinho e autografei muitos dos meus livros.

Jantei em um restaurante com comidas típicas mineira em companhia mineira em companhia da Maura, Sueli – que me trouxe um livro enviado por seu esposo e querido amigo Renato Oliveira – e Jairo. Comi algumas iguarias bastante exóticas: sarapatel, angu, feijão tropeiro, rabada, língua, carne, seca desfiada. Ao encerramento ainda tive a alegria de encontrar a Sandra, que com o Jairo me trouxe ao hotel, já quase meia noite.

Pareceu-me oportuno nesta inauguração de novo mês, no qual no dia 30 este blogue completa seis anos de ininterruptas postagens diárias, olhar algo acerca das trinta postagens juninas, especialmente acerca da repercussão das mesmas traduzidas pelos comentários dos leitores, que além da frequência é um indicador quase exclusivo. A frequência manteve a média dos meses anteriores: cerca de 120 acessos diários, dos quais cerca de 10% são do exterior, destes a liderança está com Portugal (cujo registro total contém um erro que não consigo reparar) e Estados Unidos.

Os assuntos juninos foram muito variados: o ‘livro que ensina errado’ que já fora assunto em maio, teve edições (dias: 03 e 09) e ainda comentários trazidos sobre o assunto de minhas aulas de Conhecimento, Linguagem e Ação Comunicativa. Educação como mercadoria, também apareceu em duas edições (02 e 10). Duas edições trouxeram assuntos que merecem ampliações: ¿O que é tanatologia? (dia 06) e ¿Religiões (des)ajudam? (dia 07).

Na esteira de comemorações, neste junho houve uma edição especial acerca do dia

do meio ambiente (05) dos namorados (12) e dia do Químico (18) e mais de uma vez destaque a 2011-Ano Internacional da Química. Marie Curie foi a estrela do mês. Nesta mesma dimensão, a homenagem prestada a Liba Knijnik teve uma edição muito especial. Uma edição me frustrou pela não repercussão do meu investimento: as cinzas vulcânicas (dia 14) e aquela que mais me gratificou: “as manhas da escrita” (dia 17), tida por alguém como um texto antológico.

Quanto ao número de comentários, neste mês de junho eles foram pródigos: aproximadamente 300 (como estão computados minhas respostas, a quase todos) temos em média 5 comentários externos a cada dia. Significativamente os dois comentários acerca da Bíblia tiveram o menor número de comentários externos: Rei James: dois e edições vernaculares: apenas um; mas o Lésbicas de Cristo, teve seis externos. O que mereceu mais comentários foi a blogada sobre Marie Curie, do último sábado: 12 externos e o mais polêmico foi: ¿E as nossas aulas de Ciência? que teve 8 externos, mas bem mais extensos e opiniático que os demais. Outro muito comentado foi o artigo de Leonardo Boff sobre DSK (dia 16) com 8 externos.

Em termos de comentários sou especialmente grato aos meus colegas blogueiros Norberto Garin, presente nas 30 edições juninas e a Jair Lopes, com 29 comentários. Este teve razão de não querer comentar dois blogues bíblicos seguidos, Razão tem ele. Aliás, não gostaria de levar a pecha de ‘igrejeiro’ por ter feito uma blogada sobre santo Antônio, traduções da bíblica e pastoras lésbicas. Defendo a tese que não se pode conhecer a História da Ciência sem conhecer a História das religiões.

É preciso dizer que os comentários, ao lado de se constituir um retorno acerca do que escrevemos, saciam uma constante interrogação: ¿Quem são os meus leitores? Por exemplo, há continuados acessos da Islândia dos quais não tenho ideia que possa ser. Ho mesmo poderia dizer acerca de cidades brasileiras, estadunidenses ou portuguesas.

Foi bom, na pré-comemoração dos seis anos trazer algo da ‘cozinha’ deste blogue. Sonhadoramente espero que com isso tenha animado algum leitor ‘oculto’ a postar algum comentário. Esta aí uma boa dica de presente de aniversário ao blogue.

Esta manhã, retorno ao Rio de Janeiro às 7 horas (há que se precaver com possível engarrafamento na ponte). Às 10 horas voo para Porto Alegre. Chego a tempo de ter meu almoço das sextas-feiras com meu trio ABC. Ainda um convite: amanhã uma dica de leitura desde a Morada dos Afagos. Lemo-nos, então.