Ano 6 | SAINT PETERSBURG | Edição 1824 |
· * * *Esta edição é de segunda-feira, 01 de agosto de 2011* * *
20/23 DIARIO Começa o 2011/2 letivo e a viagem que transmuta, por uns dias, este blogue em ‘diário de um viajor’ está no seu ocaso. Amanhã será o ultimo dia completo aqui em St. Petersburgo. Na quarta-feira começamos a longa volta St. Petersburgo/ Frankfurt/Londres/São Paulo/Porto Alegre.
Nosso ensolarado domingo com temperatura agradável na linda cidade quando os russos celebravam o dia da marinha e aos milhares estavam nas ruas com trajes de marinheiros: camisetas listradas e/ou quepes navais e bandeiras da Rússia e da Marinha, sentia-se um grande ufanismo patriótico nas manifestações.
Algo eu também parece ser típico: casamento nas ruas. Vimos noivos vestidos a rigor fotografados em parques aonde chegam em limusines de vários metros adornadas com alianças ou em carruagens puxadas por cavalos adornados com símbolos matrimoniais.
Começamos nosso domingo turístico com a visita ao Museu Hermitage (em russo: Госуда́рственный Эрмита́ж. Já em Porto Alegre contratamos uma guia que falasse espanhol. Apresentou-se no hotel a senhora Larissa, que também falava português. Porém neste idioma era mais caro sua hora. Mantivemos, assim, o contratado.
O Hermitage é um dos maiores museus de arte do mundo e sua vasta coleção possui itens de praticamente todas as épocas, estilos e culturas da história russa, europeia, oriental e do norte da África, e está distribuída em dez prédios, situados ao longo do rio Neva, dos quais sete constituem por si mesmos monumentos artísticos e históricos de grande importância. Neste conjunto o papel principal cabe ao Palácio de Inverno, que foi a residência oficial dos tzares quase ininterruptamente desde sua construção até a queda da monarquia russa. Independente das obras de arte este prédio vale a visita. Nas fotos este prédio e um dos outros.
O museu mantém ainda um teatro, uma academia musical e projetos subsidiários em outros países. O núcleo inicial da coleção foi formado com a aquisição, pela imperatriz Catarina II, em 1764, de uma coleção de 225 pinturas flamengas e alemãs do negociante berlinense Johann Ernest Gotzkowski.
Organizado ao longo de dois séculos e meio, o Hermitage possui hoje um acervo de mais de 3,7 milhões de peças e se uma pessoa parasse um minuto em cada peça levaria 8 anos para a visitação. Por exemplo, só a para a pintura francesa está em 47 salas. Assim, como na manhã de domingo nos juntamos a milhares de visitantes, ficamos duas horas com a Larissa e mais uma hora sozinhos, podemos imaginar que vimos uma pequena, mas preciosa fração do acervo.
Ao sairmos do Hermitage quase 14 vimos visitamos as adjacências onde se destacam o arco do triunfo que celebra a vitória russa sobre Napoleão também evocada nas obras de Tchaikovsky, Tolstoi... para tal alugamos um triciclo, tracionado por um jovem, que percorreu a rua dos milionários e nos deixou na badalada ‘Perpective Nevrski’, onde vimos a ‘rua da Tolerância religiosa’ com templo para vários credos.
Fizemos um pequeno lanche, e às 16h iniciamos um tour de 1 hora em pequeno barco pelo rio Neva e dezenas presentes na ‘Veneza do Norte’. Uma prova que a maioria dos numerosos turistas são russos, e que grandes barcos com guias em russo partem a cada hora. Conseguimos um com guia inglês, em horário restrito, com mais cinco passageiros. Convencemo-nos então quanto Saint Petersburgo é linda. Trago algumas fotos que fiz desde o barco, como amostra.
Fizemos depois uma longa caminhada para chegar ao hotel. Passamos em um supermercado 24 horas, para comprar algo como janta. Estando na Rússia, além de hering e cerveja compramos caviar.
A Wikipédia ensina que caviar é um alimento e iguaria de luxo, consistindo em ovas de esturjão não-fertilizadas salgadas, sem qualquer outro tipo de aditivo, corante ou preservante. As ovas podem ser "frescas" (não-pasteurizadas) ou pasteurizadas, tendo estas muito menor valor gastronómico e monetário.
Tradicionalmente a designação "caviar" é apenas utilizada para as ovas provenientes das espécies selvagens de esturjão, principalmente as do Mar Cáspio e seus afluentes, em regra oriundas da Rússia ou do Irão (caviar Beluga, Ossetra e Sevruga). Estas ovas, consoante a sua qualidade (sabor, tamanho, consistência e cor), atingem presentemente (fevereiro de 2010) preços entre os 6.000€ e os 12.000€ o quilo no mercado europeu ocidental, estando associadas a ambientes gourmet e de alta cozinha (haute cuisine).
A designação "caviar" pode igualmente ser utilizada para ovas de outras espécies de esturjão selvagem ou para ovas de esturjões criados em aquacultura (das espécies do Cáspio ou outras).
Como pagamos por 250 g 47 rublos (menos de três reais) queremos crer que o nosso não era de melhor qualidade. Assim ao menos pareceu na saborosa janta que fizemos no apartamento.
Encerro mais uma edição de relato de viagem, com votos de um muito bom agosto a cada uma e cada um e que segunda-feira de abertura seja maravilhosa. Amanhã, provavelmente nos leremos aqui.
Caro Chassot,
ResponderExcluirao contrário de St. Petersburg, aqui na nossa P. Alegre o clima foi de inverno horrível: frio, ventoso e com chuva. Meu turismo se reduziu a ir até à caixa do correio do edifício buscar o jornal. Hoje recomeça o 2011/2 e tenho aula de Ética, Sociedade e Meio Ambiente para o curso de Lic. em Ed. Física.
Com votos de um belo dia aí na Russia, envio um forte abraço.
Garin
Caro Chassot,
ResponderExcluirImagino como sua mente e seus olhos ficaram saturados de beleza dessa cidade ímpar. O convívio com uma cultura assim tão diferente da nossa é algo impagável. Parabéns pela postagem e aproveite ao máximo. JAIR.