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sexta-feira, 22 de julho de 2011

22.- Madeleine: uma pérola de Paris

Ano 5

Paris

Edição 1814

10/23 DIARIO Pode parecer muito próprio a um diário de viagem iniciar com citação de quem tem expertise em turismo. Assim abro a décima edição destas evocações nas quais venho narrando “minha Europa 2011”, com a ratificação de máxima citada com pertinência por meu amigo Rubens Santana, proprietário do aprazível e acolhedor Borghetto Santanna – www.borghettosantanna.com.br – e o merchandising aqui é merecidamente consentido: “Até Paris, com chuva é menos palatável para turismo!” Mas dizer que a chuva que se alternou com momentos de sol, pudesse empanar emoções parisienses também é exagero.

Outro cotidiano de quem faz turismo do tipo ‘trota-mundo’ é com muita frequência trocar de registros. Assim olho dois dias, duas cidades: Londres / Paris. Dois países que muito se guerrearam, duas moedas que competem, dois modelos antípodas de trânsito, duas línguas com códigos muito diferenciados, dois sistemas de metrô, dois destaques diferentes para o transporte individual em um a bicicleta e em outro a moto; enfim, quem é alienígena que se adapte, e, não há que achar exótico, que uma mulher que está num restaurante na mesa ao lado, tomar um papel especial e colocar nele fumo picado e preparar um cigarro ou outra tomar ao colo um cachorro do tamanho de uma criança de 10 anos para atravessar a rua.

Partindo da tese que em que estar em lojas é como estar em museus de arte moderna estive por um tempo ‘dans les grands magasins’ encantado talvez com dois dos ícones do consumismo: ‘Printemps’ e ‘Galeries Lafaiettes’. É impossível descrever a imponência e magnitude destas duas catedrais da moda.

Se ontem contei algo de uma rua subterrânea, que é o endereço postal de mais de 10 mil pessoas, a maioria das quais tem vistas maravilhosas da cidade-luz, mesmo que tivesse trazido apenas ilustrações tétricas, desta minha quinta-feira em Paris, quero contar algo de uma pérola que aflora majestosa.

Ontem, eu me juntei a um dos mais de 600 mil visitantes que cada ano sobem a escadaria larga e margeada com lindas flores multicoloridas que conduz ao santuário onde são veneradas relíquias de Santa Maria Madalena, a pecadora arrependida, que segunda a tradição cristã foi a primeira testemunha da ressurreição de Jesus, a quem é confiada a missão de anunciar a boa nova aos apóstolos.

Visitei a Igreja da Madalena situada perto da Praça

da Concórdia, em dos pontos nevrálgicos do comércio da ‘haute couture’ francesa. L’Église de la Madeleine é uma igreja católica consagrada a Santa Maria Madalena. Se destaca pela arquitetura em forma de templo clássico grego.

A construção começou próxima do ano 1764 por Contant d´Ivry, sendo logo refeita com planos de Guillaume Couture (1777). Durante a Revolução Francesa, as obras foram suspensas de 1790 a 1805. Em 1806, por conta da tendência anticlerical da época, se transformou em um templo em homenagem ao Grande Exército, função que desempenhou até a construção do Arco do Triunfo, que a substituiu nessa função.

Em 1842, foi consagrada como igreja católica, função que continua desempenhando na

atualidade. O célebre músico francês Camille Saint-Saëns trabalhou nela como organista entre 1858 e 1877.

Muito poderia destacar acerca das obras de arte que igreja apresenta desde o imponente conjunto de mármore de Santa Maria Madalena ladeada de dois imensos anjos com outros dois anjos. Nas duas folhas da porta principal, estão os dez mandamentos em bronze alto relevo.

Esta manhã, quando a

maioria dos leitores estiver acessando este blogue estarei viajando para om fim de semana no Ardeche. Às 7h (2h no Brasil) de TGV devemos estar partindo para Montelimar de TGV, e dai de carro para Balazuc, onde os pais do Benjamin tem residência de verão. Assim, desejo aos meus leitores uma muito boa sexta-feira. As três próximas edições circularão, limitadas por (in)disponibilidades internéticas.

5 comentários:

  1. Ave Chassot,

    estou a beira do Índico lendo esta excelente blogada. É bom ter-te por perto mesmo tão longe.

    Grande abraço do amigo Guy direto das Ilhas Maurício.

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  2. Caro Chassot,

    chama a atenção a tua visita ao templo dedicado à Maria Madalena: conforme a tradição bíblica, foi uma das mais humildes mulheres, profissional do sexo, a primeira a contemplar o Cristo Glorificado. Esse cuidado com os mais desprotegidos sempre em encanta na doutrina cristã - marca significativa na trajetória do cristianismo genuíno.

    Boa viagem!

    Garin

    http://norberto-garin.blogspot.com

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  3. Caro Chassot,
    Vejo que sua sensibilidade continua apurada, "descobre" joias arquitetônicas como essa do texto e nos brinda com um texto criativo interessante. Fico agradecido por nos brindar com suas observações, JAIR.

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  4. Olá!!!!Gostaria de agradecer o compartilhar de uma viagem como esta. Desde que li a blogada de hoje, percorro os locais já trilhados pelo sr.
    Um forte abraço!!!!! iluminados caminhos!!!!
    Sandra

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  5. Após ler as suas blogadas de Londres e Paris, só posso dizer que meu sentimento se resume em uma única expressão " aaaaaaaaaaaaiiiiiii que inveja!" (risos). Adorei os post's, aguardo ansiosa cenas dos próximos capítulos!!...Abraços "Sor"!
    Janice Pacheco

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