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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

30- Paquistão: Socorro!!!


Porto Alegre Ano 5 # 1488

Uma segunda-feira que marca início de mais uma semana de agenda plena. Há dias não vemos o sol aqui. Mas há uma convicção: ele ainda existe. Mas parece que ainda não será hoje que ele aparecerá. As chuvaradas arrastaram parte das cinza em suspensão, fazendo, por exemplo, as piscinas tintarem-se um cinzento intenso. O domingo exigiu uma antecipação da poda da parreira, pois os veranicos anteciparam brotações.

Há uma tragédia no Paquistão. Não escrevi houve. Há uma tragédia continuada no Paquistão. A escala do desastre desafia a compreensão. Em todo o país, estima-se que entre 15 e 20 milhões de pessoas foram afetadas.

Isso é mais do que toda a população atingida pelo tsunami no oceano Índico, pelo terremoto da Caxemira em 2005, pelo ciclone Nargis em 2007 e pelo terremoto deste ano no Haiti – juntos.

Por que, de uma maneira geral a comoção, especialmente, dos meios televisivos são menores? Ban Ki-Moon, Secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), escreveu nos principais jornais do Planeta, nesta fim de semana, um chamamento: O Paquistão precisa de nossa ajuda, agora. Ele também pergunta e responde: Por que o mundo tem sido lento para captar a dimensão desta calamidade? Talvez porque este não seja um desastre "feito para a TV", com um impacto repentino e resgates dramáticos.

Um terremoto pode tirar milhares de vidas em um instante; em um tsunami, cidades inteiras e as suas populações desaparecem em um piscar de olhos. Parece que precisamos da instantaneidade para sermos chamados a atenção. Ontem a televisão brasileira repetiu a rodo a implosão, em poucos segundos, do estádio da Fonte Nova na Bahia, como um espetáculo midiático, mesmo que há dias estivesse programado. Em contrapartida, uma catástrofe em câmera lenta como a do Paquistão – que se constrói ao longo do tempo e está longe do fim – parece não comover.

No Paquistão as águas da enchente levaram milhares de cidades e vilas. Estradas, pontes e casas foram destruídas. Há milhões de pessoas aterrorizadas, vivendo sob a ameaça de não poder alimentar seus filhos e protegê-los da próxima onda da crise: a disseminação de diarreia, hepatite, malária e – a mais mortal – cólera.

Ouso levantar outra hipótese para a nossa alienação ao Paquistão. Eles – os paquistaneses – são os outros. Nos envolvemos com o Haiti; vibramos com o equatoriano que por se fingir de morto escapou a maior massacre imposto por narcotraficantes a 76 emigrantes ilegais no México, entre os quais choramos quatro brasileiros; acompanhamos emocionados a tragédia dos 33 mineiros do Chile, até por 4 dias foi destaque a agonia de uma baleia que encalhou na costa gaúcha. Parece que nesses casos evocados há um sentimento de pertença. Eles são dos nossos. Eles são latino-americanos. Os paquistaneses são o que mesmo? Onde fica o Paquistão? Quantos amigos paquistaneses tu tens? Quem são esses ‘outros’?

O Paquistão (em urdu پاکستان , oficialmente República Islâmica do Paquistão, اسلامی جمہوریۂ پاکستان), é um país do sul da Ásia. Localizado na região onde convergem o sul da Ásia, a Ásia Central e o Oriente Médio, o país limita com o Irã e o Afeganistão a oeste, a China a nordeste e a Índia a leste, e banhado pelo Mar Arábico ao sul, com um litoral de 1 046 km de extensão.

As duas porções do território do Paquistão em 1970 (em verde). O Paquistão Oriental (em verde, à direita) declarou-se independente em 1971, com o nome Bangladesh. O Paquistão é o sexto país do mundo em população e possui uma das maiores populações muçulmanas do planeta. Seu território pertenceu à Índia Britânica e tem uma longa história de assentamento e civilização, inclusive a civilização do Vale do Indo. A região já foi invadida por gregos, persas, árabes, afegãos, turcos e mongóis. Foi incorporado à Índia Britânica no século 19. O Estado moderno do Paquistão foi criado em 14 de agosto de 1947, na forma de dois territórios majoritariamente muçulmanos nas porções leste e noroeste da Índia Britânica, separados pela Índia, de maioria hindu. Desde a sua independência, o país tem se caracterizado por períodos de crescimento militar e econômico intercalados com instabilidade política.

Sua capital é Islamabad e sua maior cidade, Karachi. O Paquistão é uma potência nuclear, com um arsenal de armas atômicas.

Trago como encerramento as palavras com as quais o Secretário- geral da ONU concluía o artigo que referi antes: Nós simplesmente não podemos ficar parados e deixar que este desastre natural se transforme em uma catástrofe feita pelo homem. Vamos apoiar o povo do Paquistão em cada passo do longo e difícil caminho pela frente.

Uma muito boa segunda-feira para abrir uma semana que tem a chegada de setembro. Hoje tenho aulas na UAM - Universidade do Adulto Maior para prazerosamente inaugurar a semana.

2 comentários:

  1. Olá professor!
    Fiquei feliz ao verificar que posso voltar a comentar aqui!
    Abraços com votos de um bom final de semana
    Ieda Giongo

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  2. Viva Ieda!
    É muito saber que tenha podido ativar um dispositivo que amplia possibilidades de comentários.
    Um muito bom retorno.
    Retribuo e agradeço os votos pelo fim de semana;
    Um afago do
    attico chassot

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