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quarta-feira, 20 de junho de 2012

20.- MAPAS DA APPLE E GOOGLE QUESTIONADOS



Ano 6*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2149
Abro esta edição com votos de um feliz inverno/verão aos meus leitores do Hemisfério Sul/Norte. À noite, —20h09min— temos ‘oficialmente’ mudança de Estação, que a natureza não reconhece com rigor que a Astronomia legisla; a ver o inverno que já tivemos neste final de outono.  Adito ainda votos de um clima agradável aos meus leitores das regiões equatoriais.
Mais de uma pessoa já me questionou acerca do detalhe de colocar (e atualizar) minha agenda em www.professorchassot.pro.br. Alertam-me para a segurança. Há os veem nisso narcisismo. Talvez, seja o contrário: não me julgo tão importante que alguma máfia planeje algo em função de minha agenda. Para mim parece ser um facilitador para agendamento de convites para atividades.
Agora, em termos de segurança há uma novidade: A Apple e a Google estão a ser questionadas por um senador estadunidense, que afirma estar preocupado com o detalhe das imagens nas novas versões dos programas de mapas das duas empresas.
Eu consigo identificar, com o Google maps, detalhes de meu prédio, onde se inclui ver folhagens e árvores que tenho no meu jardim. Isso em nada se transmuta em medo em mim. Não vejo minha segurança e nem minha privacidade ameaçada.

Esta privacidade é a cada momento invadida pela frase: “Sorria você está sendo filmado!” versão pós-moderna da onipresente admoestação de meus tempos de Ginásio: “Deus me vê!” Imaginem quanto pecados contra o sex(t)o mandamento esta frase, presente até nos banheiros, evitou. 
Já me hospedei em um hotel no Rio de Janeiro onde havia um aviso tal como: “Todas as dependências deste estabelecimentos estão continuamente monitorada por câmaras de segurança!” Isso e mais sério que as fotos disponibilizados pela Apple e/ou Google.
As preocupações foram expressas por Charles Schumer numa carta enviada a Tim Cook e Larry Page, CEOs [estrangeirismo: Chief executive officer (Chefe do gabinete executivo ou Presidente)] da Apple e Google, respectivamente, onde este senador considera preocupante o fato de as tecnologias utilizadas nas novas versões dos programas de mapas das duas empresas poderem resultar em violações de privacidade dos cidadãos ou na ajuda ao planejamento de ataques terroristas.
A maior preocupação de Charles Schumer é o alto detalhe das imagens captadas pelas empresas, o que o leva a pedir à Apple e à Google para darem máxima prioridade à «privacidade e segurança dos americanos» quando estão a «implementar novas funcionalidades de mapas e imagens».
O senador estadunidense realça ainda que «os mapas em 3D de alta resolução podem ter algumas aplicações bastante práticas e úteis, mas a tecnologia que se diz que está a ser utilizada por estas empresas traz um nível de precisão que nunca foi utilizado para fins públicos».
Para Charles Schumer esta questão «levanta questões de privacidade importantes e as pessoas têm o direito de saber quando as suas casas e comunidades são mapeadas e se imagens altamente detalhadas deles e das suas casas vão ser publicadas on-line».
O senador considera ainda ser «imperativo que estas empresas apresentem os seus planos para proteger a privacidade, tanto dos indivíduos como de infraestruturas sensíveis, as suas intenções com a publicação [das imagens] e os seus planos para incluir o consentimento público no processo de mapeamento».
Parece natural esta preocupação de um país como os Estados Unidos que vivem guerreando inimigos. Ali se surfa na rede do medo.
Sétimo dos sete temas pré-estabelecidos pela ONU para a RIO+20
7 Prevenção de catástrofes naturais O crescimento das cidades torna-as mais vulneráveis a ocorrência de catástrofes climáticas. Quanto maiores são os centros urbanos, mais riscos eles correm de serem alvo de problemas ambientais. Já que não se pode impedi-los, a saída seria desenvolver uma cultura de prevenção e ação. – Quando a sociedade está preparada, o processo de reconstrução é mais rápido. Temos como exemplo o que houve com o Japão, em 2011. Eles são muito preparados – explica o professor Rualdo Menegat.

4 comentários:

  1. Mestre Attico Chassot, como ja havia dito antes minha "praia" era outra, por coincidência esta. Me especializei em eletrônica e seguindo a evolução neste segmento da vigilância eletrônica. É impressionante constatar que vivemos uma verdadeira paranóia no mundo moderno de desconfiança mútua, sejam donos de mercados, sejam mães preocupadas com suas babas, sejam empresas etc. Todos querem estar onipresentes, num desejo latente de superar o binômio "criador criatura". Se a tudo vejo me equiparo ao que tudo vê.
    Quanto a matéria do Rio+20, comento que moro aqui no Rio em bairro próximo a tragédia do "Bumba" é afirmos-lhe, foi terrivelmente impressionante vivenciar esta "reação" do meio ambiente.

    Antonio Jorge

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  2. Caro Chassot,
    Escrevi o texto abaixo há três anos para externar minha opinião sobre a invasão de privacidade sob a qual vivemos todos os dias:
    "Na oportunidade que a rede Globo importa um programa consagrado em outros países, com o fito de impor-se em audiência na frente de outras emissoras, é interessante lembrar que o Big Brother original foi concebido por George Orwell, escritor inglês de esquerda, desiludido com os rumos que tomava a revolução bolchevique na Rússia. No magistral romance futurista “1984”, levado às telas por Hollywood, Orwell descreve uma sociedade oprimida por um governo totalitário na qual os cidadãos são bisbilhotados e fiscalizados em todos os momentos e em todos os lugares por milhares de câmeras de TV, controladas por uma organização central do Estado. Este onipresente Grande Irmão, assim chamado, imiscui-se nos mais íntimos recônditos da vida de cada cidadão, suprime a privacidade das pessoas tornando-as meras peças substituíveis da máquina do Estado; verdadeiros andróides, peças sem vontade e sem iniciativa próprias. Resta-lhes apenas pensar. O pensamento é a única forma “livre” de contestar, ainda que forma solitária, já que ao expressar o que pensa o cidadão é, fatalmente, identificado e corre o risco imediato de ser enviado para “reeducação” em campos criados para esse fim. O Grande Irmão exerce a mais perfeita forma de supressão da liberdade. Descontada a inexistência de um órgão central controlador, algo semelhante ocorre na nossa moderna sociedade. Literalmente não há local algum nas cidades atuais em que não estejamos sendo observados por câmeras, ocultas ou não. “Sorria, você está sendo filmado” aparece em lojas, oficinas, mercados, barbearias, hotéis, elevadores, biroscas, bancas de revistas, padarias, cinemas, escritórios, corredores, portarias e até em banheiros públicos. O que quer que façamos, onde quer que estejamos a qualquer hora do dia ou da noite estamos sendo observados, filmados, registrados, monitorados. Parece haver um olho eletrônico para cada cidadão do planeta. Em nome de uma suposta segurança, ou por uma inexplicável paranóia global uns invadem a privacidade dos outros, devassam nossa intimidade e reduzem-nos a imagens e sons a serem arquivados em fitas e discos magnéticos. Todos observam todos. A comunidade em que vivemos tornou-se abelhuda. Vivemos, trabalhamos, descansamos, estudamos, dormimos, fazemos compras como espécimes sob o atento olho do cientista ao microscópio. Somos obrigados a nos policiar vinte e quatro para que não sejamos pegos em atitude suspeita ou apenas distraídos quando deveríamos estar atentos. O Grande Irmão tem o dom da ubiqüidade, está em toda parte. Encontra-se me observando, apesar das paredes, enquanto escrevo. SOCORRO!"

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  3. No comentário acima onde digo "há três anos", na verdade é a quase oito anos, pois escrevi esse texto em 11/12/04. Desculpe o engano, JAIR.

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  4. Caro Chassot,
    como falaste, é compreensível que os estadunidenses estejam invocados com a invasão de privacidade, pois vivem se metendo na privacidade das outras nações. Consequentemente alguém deve estar interessado em descobrir quais são os seus próximos movimentos. A mim também não importa estar sendo espionado o tempo todo. Aliás, será um auxílio para talvez um dia tenha que provar que estava em algum lugar e não em noutro. Sempre que visito museus, galerias, amostras, enterros etc. faço questão de assinar o livro de visitas. Talvez um dia tenha como comprovar onde estava em algum momento.

    Um abraço,

    Garin

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