Ano
6*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2133
Amanhã é o Dia
Mundial do Meio Ambiente. Estamos na Semana
do Meio Ambiente. Estamos no mês da Rio
+20. Ontem, no Rio de Janeiro foi fechado solenemente um dos maiores
lixões a céu aberto.
Não falta assunto para um blogue que pretensamente
se diz fazedor (pensei que a palavra
não fosse dicionarizada; é sim: aquele
que faz) de alfabetização científica. Ratifico aqui aquilo que anunciei na
abertura junina: o meio ambiente será, também, assunto este mês. Parece que a notícia vinda do Rio de Janeiro é prenúncio
de ações significativas para este mês. O aterro sanitário de Gramacho foi oficialmente fechado neste
domingo, em cerimônia com clima de festa, no local, em Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense. Presente à cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, afirmou que o local será um exemplo de recuperação de passivo
ambiental. "Gramacho será uma referência em termos de desenvolvimento
sustentável, e servirá de referência para outros lixões do País".
O lixão de Gramacho funcionava há 34 anos, e
abrigava cerca de 1.600 trabalhadores. A prefeitura do Rio anunciou que os
catadores terão indenização de pelo menos R$ 14 mil cada um pelo fim das
atividades no local. Outra ação para tentar compensar o fechamento do lixão
para quem dependia dele é a abertura de cursos profissionalizantes. Muitos
trabalhadores já estão aprendendo um novo ofício, em um programa em parceria
com a Central Única de Favelas (Cufa).
Há 20 anos, aconteceu não muito distante do
lixão às margens da Baia de Guanabara a Cúpula da Terra. Então, os líderes
mundiais concordaram com um plano ambicioso para um futuro mais seguro.
Procuraram equilibrar as exigências do
crescimento econômico e as necessidades de uma população crescente com a
conservação dos recursos mais preciosos: ar, terra e água. Concordaram que a
única maneira de fazê-lo era romper com o velho modelo econômico e inventar um
novo. Chamaram-no de desenvolvimento
sustentável.
Agora, duas décadas depois, volta-se ao
cenário da ECO-92. Os desafios que a humanidade enfrenta hoje são praticamente
os mesmos, só que maiores.
Ban Ki-Moon, de 67 anos, um diplomata
sul-coreano que é secretário-geral da ONU diz que “se eu oferecesse conselhos,
concentraria nos três ‘conjuntos’ de resultados para que a Rio+20 seja um
divisor de águas.
Em primeiro
lugar, a Rio+20 deve
inspirar um novo pensamento -e ação. Em muitos lugares, o crescimento estagnou.
Os empregos estão em movimento retardatário. As lacunas entre os ricos e os
pobres estão crescendo. Vemos a escassez alarmante de alimentos, combustível e
recursos naturais.
No Rio, os negociadores vão se basear no
sucesso dos objetivos de desenvolvimento do milênio, que têm ajudado a tirar
milhões da pobreza. Uma nova ênfase sobre a sustentabilidade pode oferecer o
que os economistas chamam de "triple bottom line" —crescimento
econômico com aumento dos empregos associado à proteção ambiental e inclusão
social.
Em segundo
lugar, a Rio+20 deve ser
sobre pessoas: um encontro que ofereça esperança concreta para a real melhoria
no dia a dia.
As opções antes das negociações incluem a
declaração de um "fome zero" do futuro: zero desnutrição em crianças
por falta de alimentação adequada, desperdício zero de alimentos e insumos
agrícolas nas sociedades onde as pessoas não têm o suficiente para comer.
A Rio+20 também deve dar voz àqueles que
ouvimos com menos frequência: mulheres e jovens. As mulheres sustentam o peso
de metade do mundo, merecem tratamento igualitário. E os jovens são o rosto do
nosso futuro. Estamos criando oportunidades para os quase 80 milhões que vão
entrar no mercado de trabalho a cada ano?
Em terceiro
lugar, a Rio+20 deve
convocar para uma ação: não desperdiçar. A mãe terra tem sido boa para nós.
Façamos a retribuição da humanidade, respeitando seus limites naturais.
Como muitos dos desafios são globais, exigem
uma resposta global. Não é o momento para brigas superficiais. É momento para
os líderes do mundo e seus povos se unirem no propósito comum em torno de uma
visão compartilhada de nosso futuro: o futuro que nós queremos”.
Caro Attico,
ResponderExcluiraqui em Uruguaiana teremos uma semana do meio ambiente bem estruturada,diferente de todas já organizadas na cidade,com oficinas de aprendizagem voltadas a população em geral em praça pública,local que administro nos últimos seis anos,com a união da UniPampa,prefeitura e povo, vai ser de grande valia para nossa mãe Terra.
Caro Attico,
ResponderExcluiro tema da tua blogada de hoje é muito oportuna. Estamos às portas de um evento que promete grandes debates em torno do meio ambiente. O Brasil irá receber mais de uma centena de representações governamentais. Espero e faço votos que, diferentemente de outros eventos, esse consiga superar os discursos inflamados e as receitas prontas para que as nações em desenvolvimento cumpram seu papel enquanto os ditos 'desenvolvidos' continuem fazendo suas bagunças e dando a conta para os 'em desenvolvimento' pagar, seja em recursos econômicos, seja em créditos de carbono.
Um abraço,
Garin
Caro Chassot,
ResponderExcluirParece que, finalmente, o Homo sapiens está se dando conta que é responsável pelo Planeta e que tudo que posso acontecer de bom ou ruim neste planetinha azul deve ser creditado na conta desse bípede até agora apenas predador. Talvez novas atitudes como "Desenvolvimento sustentável" sejam a opção que estávamos esperando para "arrumar" o que foi desarrumado ao longo do tempo. Abraços ambientais e parabéns por mais essa blogada necessária e producente, JAIR.