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segunda-feira, 4 de junho de 2012

04.- JUNHO DO MEIO AMBIENTE



Ano 6*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2133
Amanhã é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Estamos na Semana do Meio Ambiente. Estamos no mês da Rio +20. Ontem, no Rio de Janeiro foi fechado solenemente um dos maiores lixões a céu aberto.
Não falta assunto para um blogue que pretensamente se diz fazedor (pensei que a palavra não fosse dicionarizada; é sim: aquele que faz) de alfabetização científica. Ratifico aqui aquilo que anunciei na abertura junina: o meio ambiente será, também, assunto este mês. Parece que a notícia vinda do Rio de Janeiro é prenúncio de ações significativas para este mês. O aterro sanitário de Gramacho foi oficialmente fechado neste domingo, em cerimônia com clima de festa, no local, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Presente à cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o local será um exemplo de recuperação de passivo ambiental. "Gramacho será uma referência em termos de desenvolvimento sustentável, e servirá de referência para outros lixões do País".
O lixão de Gramacho funcionava há 34 anos, e abrigava cerca de 1.600 trabalhadores. A prefeitura do Rio anunciou que os catadores terão indenização de pelo menos R$ 14 mil cada um pelo fim das atividades no local. Outra ação para tentar compensar o fechamento do lixão para quem dependia dele é a abertura de cursos profissionalizantes. Muitos trabalhadores já estão aprendendo um novo ofício, em um programa em parceria com a Central Única de Favelas (Cufa).
Há 20 anos, aconteceu não muito distante do lixão às margens da Baia de Guanabara a Cúpula da Terra. Então, os líderes mundiais concordaram com um plano ambicioso para um futuro mais seguro.
Procuraram equilibrar as exigências do crescimento econômico e as necessidades de uma população crescente com a conservação dos recursos mais preciosos: ar, terra e água. Concordaram que a única maneira de fazê-lo era romper com o velho modelo econômico e inventar um novo. Chamaram-no de desenvolvimento sustentável.
Agora, duas décadas depois, volta-se ao cenário da ECO-92. Os desafios que a humanidade enfrenta hoje são praticamente os mesmos, só que maiores.
Ban Ki-Moon, de 67 anos, um diplomata sul-coreano que é secretário-geral da ONU diz que “se eu oferecesse conselhos, concentraria nos três ‘conjuntos’ de resultados para que a Rio+20 seja um divisor de águas.
Em primeiro lugar, a Rio+20 deve inspirar um novo pensamento -e ação. Em muitos lugares, o crescimento estagnou. Os empregos estão em movimento retardatário. As lacunas entre os ricos e os pobres estão crescendo. Vemos a escassez alarmante de alimentos, combustível e recursos naturais.
No Rio, os negociadores vão se basear no sucesso dos objetivos de desenvolvimento do milênio, que têm ajudado a tirar milhões da pobreza. Uma nova ênfase sobre a sustentabilidade pode oferecer o que os economistas chamam de "triple bottom line" —crescimento econômico com aumento dos empregos associado à proteção ambiental e inclusão social.
Em segundo lugar, a Rio+20 deve ser sobre pessoas: um encontro que ofereça esperança concreta para a real melhoria no dia a dia.
As opções antes das negociações incluem a declaração de um "fome zero" do futuro: zero desnutrição em crianças por falta de alimentação adequada, desperdício zero de alimentos e insumos agrícolas nas sociedades onde as pessoas não têm o suficiente para comer.
A Rio+20 também deve dar voz àqueles que ouvimos com menos frequência: mulheres e jovens. As mulheres sustentam o peso de metade do mundo, merecem tratamento igualitário. E os jovens são o rosto do nosso futuro. Estamos criando oportunidades para os quase 80 milhões que vão entrar no mercado de trabalho a cada ano?
Em terceiro lugar, a Rio+20 deve convocar para uma ação: não desperdiçar. A mãe terra tem sido boa para nós. Façamos a retribuição da humanidade, respeitando seus limites naturais.
Como muitos dos desafios são globais, exigem uma resposta global. Não é o momento para brigas superficiais. É momento para os líderes do mundo e seus povos se unirem no propósito comum em torno de uma visão compartilhada de nosso futuro: o futuro que nós queremos”.

3 comentários:

  1. Caro Attico,
    aqui em Uruguaiana teremos uma semana do meio ambiente bem estruturada,diferente de todas já organizadas na cidade,com oficinas de aprendizagem voltadas a população em geral em praça pública,local que administro nos últimos seis anos,com a união da UniPampa,prefeitura e povo, vai ser de grande valia para nossa mãe Terra.

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  2. Caro Attico,
    o tema da tua blogada de hoje é muito oportuna. Estamos às portas de um evento que promete grandes debates em torno do meio ambiente. O Brasil irá receber mais de uma centena de representações governamentais. Espero e faço votos que, diferentemente de outros eventos, esse consiga superar os discursos inflamados e as receitas prontas para que as nações em desenvolvimento cumpram seu papel enquanto os ditos 'desenvolvidos' continuem fazendo suas bagunças e dando a conta para os 'em desenvolvimento' pagar, seja em recursos econômicos, seja em créditos de carbono.
    Um abraço,
    Garin

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  3. Caro Chassot,
    Parece que, finalmente, o Homo sapiens está se dando conta que é responsável pelo Planeta e que tudo que posso acontecer de bom ou ruim neste planetinha azul deve ser creditado na conta desse bípede até agora apenas predador. Talvez novas atitudes como "Desenvolvimento sustentável" sejam a opção que estávamos esperando para "arrumar" o que foi desarrumado ao longo do tempo. Abraços ambientais e parabéns por mais essa blogada necessária e producente, JAIR.

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