01.- Agora!... Setembro

Ano 6

PORTO ALEGRE

Edição 1855

Viva! Estamos inaugurando setembro. Agosto, como referi, na sua despedida na edição de ontem, não negou a tradição: foi (também) um mês de desgosto. Mas agora, já vivemos em plenitude um mês que é sempre esperado. Encerrava a blogada de ontem, convidando para um prosear ‘Quando setembro vier...’

Com este convite, não há como não evocar um filme já cinquentão, que embalou distantes matinés [Quando setembro vier (Come September), Direção: Robert Muligan, USA, 1961]. Na comédia romântica, o rico empresário Robert Talbot (Rock Hudson) chega mais cedo do que o de costume para suas férias anuais em sua luxuosa villa italiana e se depara com algo imprevisível: a sua eterna namorada Lisa Fellini (Gina Lollobrigida) desistiu de esperar por um pedido de casamento e resolveu casar-se com outro homem. Quem quiser reavivar saudades de uma dupla (Lollobrigida e Hudson) que foi um dos ícones do cinema do século 20, pode dar uma espiadela na sugestão que encerra a blogada. São menos de três minutos para grandes recordações.

Mas a chegada de setembro inaugura um novo quadrimestre. Como parece exótica esta nominação de um terço do ano, enquanto o bimestre, o trimestre e o semestre soam mais simpáticos.

A natureza tem sabor diferente para curtir setembro. Os sabiás – dizem que são as sabiás que cantam para atrair os machos – já decretaram o fim do inverno, chamando-nos ao despertar. A iluminação artificial parece que os fazem antecipar o alvorecer. A cada manhã coloco cascas de mamão para os passarinhos e nestes dias sabiás alijam os demais – afinal, são mais grandote – se fazendo donos do terreiro.

Em Porto Alegre as floradas de diferentes árvores se sucedem. Agora, quem fornece raro

espetáculo são os ipês rosa. Na segunda-feira, ao voltar da aula na Universidade do Adulto Maior, fotografei, sob chuva, aquele que fica no canteiro central da Goethe com a Castro Alves. Ofereço a contemplação como presente de abertura setembrina. A minha azaleia explodiu de repente em flores esta semana. A foto das flores magentas que dão o tom aos jardins da Morada dos Afagos foi feita ao entardecer de ontem. Esta semana devem florir os ipês amarelos, árvore símbolo da Semana da Pátria. No sábado já os vi floridos no ABC.

Mas o esperado advento do mês da primavera que se faz com sol, tem quatro aniversários na constelação familiar que são por demais significativos: hoje, 1º – a Liba, minha muito querida sogra, faz 90 anos; por ela tenho uma imensa admiração e, esta manhã, estarei com ela para um café da manhã surpresa. Dia 5, a celebração do aniversário do Emar, meu irmão caçula. Dia 8, o Felipe, meu neto filho da Ana e do Eduardo faz um ano e estaremos com eles em Estrela em uma celebração dia 10. Dia 13, meu filho André é outro setembrino que aniversaria e oportuniza celebração da vida.

Esta manhã, viajo a Curitiba e de lá, por via rodoviária, viajo 250 km, em direção ao centro-sul do Paraná, para chegar a Guarapuava (PR). Lá, amanhã, faço a primeira palestra de uma série de sete, que tenho em seis Estados neste setembro. Na semana que vem, não tenho viagem, devido ao feriado da Independência. No dia 14 vou a Niterói (RJ) e de lá a Uberlândia (MG). No dia 20 viajo a Manaus (AM) e no retorno à Taquara (RS). No dia 28 vou a Curitiba (PR) e depois a Salvador (BA). Assim será um setembro movimentado, sendo que a agenda me permite cumprir com todas as minhas aulas de Conhecimento, Linguagem e Ação Comunicativa e na Universidade do Adulto Maior. Só não desejo que alguém se apiede de mim por tão densa agenda. Ao contrário: rejubile-se. É isto que me traz e pé, usando a referência de meu pai ao necessário prato de feijão diário.

E agora com votos de que um bom setembro seja inaugurado com uma excelente quinta feira, o fazer saudades prometido: www.youtube.com/watch?v=WyLVoJFOe6Q