Ano 6 | M A N A U S | Edição 1874 |
Abro com uma explicação aos menos avisados: as cores da portada são as do pavilhão tricolor farroupilha, que inspirado na Revolução Francesa inscreveu na bandeira: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Esta referência se constitui em uma homenagem a data maior do Rio Grande do Sul, que canta a data na abertura de seu hino: Como aurora precursora / Do farol da divindade / Foi o 20 de Setembro / O precursor da liberdade.
Depois desta abertura, um refrão conclama: Mostremos valor e constância / Nesta ímpia e injusta guerra / Sirvam nossas façanhas / De modelo a toda terra / De modelo a toda terra / Sirvam nossas façanhas / De modelo a toda terra.
A segunda estrofe desafia: Mas não basta pra ser livre / Ser forte, aguerrido e bravo / Povo que não tem virtude / Acaba por ser escravo.
Este hino que foi o hino da República Rio-grandense (1835-1845) quando éramos separados do império do Brasil. Este, hoje é cada vez mais cantado. Nas solenidades de formatura (mesmo em universidades federais), estádios de futebol e nas mais diversas solenidades. Sua reprodução aqui é homenagem à data de hoje, que é feriado estadual.
Esta postagem é feita desde Manaus. É a primeira vez que este blogue é postado daqui, pois já faz mais de seis anos que estive na ‘Paris dos trópicos’ devido a seu patrimônio arquitetônico e cultural, com numerosos templos, palácios, museus, teatros, bibliotecas e universidades.
A primeira vez que estive aqui foi em janeiro de 1975, quando estando por um mês em Porto Velho (capital do ainda Território Federal de Rondônia), como professor no Campus Avançado da UFRGS, integrando como professor atividade do Projeto Rondon. Então, presenteei-me com uma vida ao ícone do consumismo da época: a Zona Franca de Manaus. Mais recentemente, estive duas outras vezes aqui em atividades acadêmicas. Destas estadas gostaria de rever pela ordem: o mercado municipal, o teatro estadual e o encontro do rio Negro com o Solimões para formar o rio Amazonas.
Parti às 18h e cheguei aqui à 00h10min que pelo horário de Brasília corresponde a 01h10min já desta terça-feira. Fiz a viagem em duas etapas: Porto Alegre/Brasília onde 2000 km são feitos em cerca de 2,5 h de voo e depois 3500 até Manaus em mais 3 horas. Neste segundo trecho uma gostosa novidade: a Gol estava lançando um modelo de Boeing 727-800, com novo design de iluminação e assentos– mais confortáveis (kibon!) e com o acesso é a Wi-Fi (apenas interno, kipena!).
Era esperado por alunos do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências da UEA. O hotel é muito bom, mas está – naturalmente – sem internet. Salva-me o 3G, também precário.
Estou aqui para participar do I SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NA AMAZÔNIA. Este é um evento inédito na região Amazônica. Seu objetivo principal é congregar pesquisadores da área de Educação em Ciências e áreas afins para a socialização de processos e produtos no campo do Ensino de Ciências.
Os grupos de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia, assim como de outros Programas apresentarão suas pesquisas, promovendo a reflexão e o debate sobre questões emergentes e capazes de favorecer o desenvolvimento da Educação e Ensino de Ciências na Amazônia.
Esta noite faço a conferencia de abertura no auditório da Universidade Estadual do Amazonas. Foi me proposto o seguinte título: “As concepções da educação em ciências no Brasil”. Não posso ter a arrogância intelectual e falar de um assunto tão amplo, pois não conheço as percepções de universo tão amplo. Escusar-me-ei e vou propor apresentar uma proposta que busca cada vez mais abandonar a visão disciplinar cartesiana de Ciência para migrar a uma visão indisciplinar feyerabendiana. Tenho ainda outras falas no evento e participo também de duas bancas de qualificação.
Espero até sexta-feira, quando retorno a Porto Alegre contar um pouco (do ensino de Ciência) da Amazônia. Assim com votos de uma terça-feira a cada uma e cada um o convite para acompanhar-me nesta estada na ‘Capital Ambiental do Brasil’.
Caro Chassot,
ResponderExcluirEm primeiro, cumprimento a todos os gaúchos pela data dessa querida terra a qual me identifico, gosto e da qual tenho só boas recordações, além de alguns amigos íntimos. Sempre que aí vou sou recebido como se estivesse na própria casa.
Quando a Manaus, enquanto viajei profissionalmente na aviação, foi a cidade que mais visitei e até morei uns meses num hotel aí. Salvo o calor úmido e sufocante que as vezes nos deixa desconfortáveis nessa cidade, o resto é só elogios. Boa estada e abraços, JAIR.
Caro Chassot,
ResponderExcluirpercebi, pela tua postagem, que irás te indisciplinar duas vezes: uma por não cumprires o tema proposto e a outra por te reportaras a indisciplina de Paul Karl Feyerabend.
Sucesso! Um forte abraço desde aqui dos pampas!
Garin
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDepois de um bom período de tempo, volto a ter fôlego para ler e comentar. A vida de acadêmico em tempos de TCC é complexa. É sempre uma alegria visitar o blog, Prof. Chassot. Essa data que tanto nos convida a pensar é um bom retorno na blogosfera.
ResponderExcluirA primavera se aproxima. Tempo de primaverar.
Que sua passagem por Manaus seja de boas experiências.
Forte abraço.
Ass.
Prof. Luís Dh
(Professor estou terminando a leitura do Ciência é Masculina, em breve comento)
Meu estimado Jair,
ResponderExcluirparceiro de peregrinações. Obrigado pelo reconhecimento ao Rio Grande do Sul.
Manaus é bela, mas úmida. Estes contrastes para que chegou da seca Uberlândia são difíceis.
Uma boa estada em São Paulo
attico chassot
Meu estimado colega Garin,
ResponderExcluiraprendi contigo que ‘indisciplinar, é preciso!’
Cumprimentos pela data farroupilha desde Manaus com imensas dificuldades internéticas,
attico chassot
Muito estimado Luis,
ResponderExcluirque bom que retornaste, nestes tempos que saúdas como de primaverar.
No bloque de domingo há um comentário acerca do “A Ciência é masculina?” de uma menina de 12 anos que é impressionante;
Com alegria por tua presença aqui
attico chassot
Ave Chassot,
ResponderExcluirsaudações farroupilhas!
Manaus também é a capital operística do Brasil.
Apresenta todos os anos uma qualificada temporada operática, com grandes montagens de renomados diretores e cantores de alto gabarito. Tudo isto no Teatro Amazonas, um dos melhores do mundo.
Grande abraço e boa viagem,
votre ami Guy
Meu querido Guy,
ResponderExcluirna edição desta quarta-feira narro algo do Teatro Amazonas abrindo com citação tua.
Com admiração
attico chassot